Capítulo 25 | ALEKSIOS DOBREV.

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O som da água caindo no chuveiro abafa meu resmungo frustrado, mas o descontentamento ferve por dentro.

— Que mulher infernal! — murmuro, sentindo os músculos tensos enquanto a água escorre pelo meu corpo.

Nunca uma mulher me bateu.

Onde ela estava com a maldita mente quando fez isso?

Minha mente está uma tempestade, e cada gota de água que toca minha pele só aumenta a intensidade dessa tormenta. A lembrança do tapa ainda queima na minha pele, uma afronta que nenhum homem no meu lugar suportaria. No entanto, aqui estou eu, tomando uma ducha, tentando conter a crescente raiva e a confusão absurda que essa mulher provocou em mim.

— Aleksios... — a voz dela soa, suave e carregada de algo que eu não quero identificar. Não agora. Não estou pronto para essa conversa, não estou pronto para ela.

Maldita mulher!

Eu queria entender o que diabos estou fazendo aqui. Por que ela me afeta tanto? Continuo me lavando, ignorando-a completamente. Ela precisa entender, e eu não vou ser o homem que vai mostrar paciência ou compreensão. Não sou esse cara. Nunca fui. E ela vai ter que aceitar isso. O ato de me limpar é quase ritualístico, como se tentasse lavar a provocação dela da minha pele.

Mas não funciona.

O toque dela continua gravado em mim, uma marca que eu não pedi, mas que está lá, queimando.

Saio do chuveiro e me enrolo na toalha, meu corpo ainda quente pela água. Passo por ela na porta, sem olhar diretamente, mas sentindo sua presença como uma sombra constante. A proximidade dela mexe comigo de um jeito que me irrita, como se eu estivesse constantemente à beira de perder o controle.

Estamos parecendo um maldito casal.

Isso não está certo.

— Aleksios! — a voz dela é insistente, mas carrega algo a mais agora, um pedido talvez. Mas eu não estou no clima de conceder nada.

— Olha aqui, eu já tive paciência demais com você. — Minhas palavras saem afiadas, cortantes. — Não estou nenhum pouco a fim de conversar, eu tenho mais o que resolver.

Vou para o closet, pego uma cueca boxer e visto-a sob o olhar atento dela, que me segue com uma intensidade desconfortável. Sinto seus olhos em cada movimento, analisando, desafiando. Ela é boa nisso, sabe como mexer comigo.

— Eu... — ela começa, mas corto-a antes que continue.

— Você não vai falar mais nada. — Minha voz é firme, autoritária. — Tome o seu banho, certo? Eu vou me encontrar com Ivan para resolver o necessário para partirmos para a Rússia quanto antes.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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