Capítulo I - Aquela Química

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Olá o meu nome é...

...

Na verdade já não sei qual é o meu verdadeiro nome, mas respondo por Esperanza Salvatore à 150 anos.

Tudo começou em Itália, em 1870, eu era uma artista, o que facilitava muito a minha vida. Sendo uma vampira e uma artista escolher de quem é que nos vamos alimentar é muito fácil.

Certa noite estava em cima do palco a fazer a minha actuação quando ele entrou no cabaret, a aura dele transbordava sensualidade e perigo.

"Um vampiro" deduzi.

- Será que posso saber o seu nome?
- Damon Salvatore. E a menina?
- Ainda não decidi. - disse-lhe com um sorriso. - Os meus admiradores chamam-me Esperanza.
- Um lindo nome.
- Bom, Damon... os meus admiradores esperam-me. Há alguma canção que queira ouvir?
- Qualquer uma que a menina cante... - ele beijou e mordeu delicadamente a minha mão. - Doce... exactamente como imaginei.
- Muito obrigada, Sr. Salvatore...

A noite parecia nunca mais acabar... Para quem não sabe as emoções de um vampiro são amplificadas, logo sentimos tudo MUITO mais do que qualquer humano.

Confesso que sofro de luxúria, neste momento só consigo pensar no sabor dos lábios de Damon Salvatore.

- Bella, vou-me retirar por hoje.
- Mas o meu pai diz que tens de cantar até todos se irem embora. 
- Não, eu posso ir já embora. O teu pai mudou de ideias, logo não há problema nenhum.  Não é? - compulsão é uma das dádivas do vampirismo. Talvez a minha favorita.
- Não. Até amanhã Esperanza.

Estava faminta, procurei alguém de quem me alimentar mas a rua estava deserta.
Apenas Damon passeava calmamente.

- Vejo que já se alimentou, Sr. Salvatore.  Ainda trás um pouco da sua refeição consigo. 
- Tenho um pequeno banquete no meu quarto no hotel que fica a duas ruas daqui. Estava à espera que me quisesse acompanhar. Acredito que necessite de não levantar suspeitas quanto à sua natureza. 
- Sr. Salvatore, não sei se seria de bom tom acompanha-lo até ao seu quarto. E se alguém nos vê? Uma donzela como eu tem se proteger de homens como você. 
- As suas palavras ofendem-me profundamente.
- Não foi essa a minha intenção. O que posso fazer para compensa-lo?
- Aceite o meu convite. Garanto que não se irá arrepender.

A noite acabou, como devem imaginar, com dois corpos despidos.
E uma grande química entre eles.

Assim acabaram quase todas as minhas noites.

(...)

Acordei com o sol a queimar o meu rosto.  Corri para a primeira sombra que encontrei.

- Sr. Salvatore? Damon? - chamei.
- Menina Esperanza? Que faz debaixo da cama?
- O sol. Como é que não o queima?
- Por causa deste anel. Protege-nos do sol. Um pequeno presente da minha criadora. - Damon fechou as janelas para que eu pudesse sair.
- Muito agradecida. Onde posso encontrar um? - perguntei verdadeiramente curiosa.
- Não se encontram. Tem de encontrar uma bruxa disposta a fazer um.
- E se não encontrar?  Posso utilizar o seu?
- Não iria resultar. A pedra protege apenas o vampiro para que foi direccionada.
- A sua criadora deve gostar muito de si. Para lhe oferecer algo tão poderoso.
- Não vamos falar dela. Temos uma bruxa para encontrar.
- Eu não posso sair Sr. Salvatore.  Vamos ter de esperar até anoitecer.

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