- Elijah... - agarrei a sua mão com força - Leva-me para casa.
- Claro Esperanza. Mais memórias?
- Sim. Tenho de falar com o teu irmão. - de repente fiquei com frio.
- Toma... veste o meu casaco." Eu chorava, chorava com medo do que me pai podia fazer. As minhas damas de companhia não me deixavam sair do quarto. Como as odeio por isso. Como odeio o meu pai por me mandar prender. Quem pensa ele que é? - O rei pois eu sei.
O meu pai entrou no meu quarto e nada disse apenas me deu uma bofetada. Com uma mão no rosto perguntei
- Satisfeito meu pai?
- Vou ficar, dentro de instantes. Vais lá fora, vais assistir e nada vais dizer. Nem os olhos vais desviar. Vais ver o que acontece a quem toca na minha filha sem minha permissão. - o meu coração parou.
- Niklaus... - sussurreiCorri o mais que pude até ao pateo exterior. Niklaus estava amarrado a um poste, como se fosse um animal. Um dos empregados de confiança do meu pai estava ao seu lado, com o chicote na mão.
- Pare imediatamente com isto meu pai. - pedi
- Ele tem de aprender a não me desonrar na minha própria casa. E tu também vais aprender minha menina. A não me desobedecer - dizendo isto ele tira o chicote das mãos do empregado e bate violentamente em Niklaus.
Meu pai bateu em Niklaus durante toda a noite, mesmo eu me colocando a sua frente ele não parou. O meu corpo doía, também eu levei algumas chicotadas por desobedecer a meu pai. "Chego a casa Elijah olha-me com preocupação
- Eu preciso de falar com ele Elijah. Eu preciso de tentar entender o que se passa, o que se passou.
- Entendo pequena Esperanza.
-Obrigada pelo casaco - disse devolvendo-lhe timidamente o seu belo casaco e subindo para o andar dos quartosEsperei um pouco e tentei acalmar os meus pensamentos antes de entrar
Klaus estava deitado, dormia num sono agitado.
Não consegui parar a memória antes que essa invadisse a minha mente"Klaus deitado, todo ensanguentado numa cama de palha no celeiro " Onde se guardam os animais " dizia meu pai
- O meu pai bateu-te aqui e aqui e aqui. Aqui também. Tu sangraste tanto que pensei que fosses morrer.
- E o teu pai também te bateu - Klaus sentou-se na cama e num ápice puxou-me para o seu colo - ele bateu-te aqui - deu-me um beijo carinhoso no rosto - Ele bateu-te aqui nos braços também quando me abraçaste para que ele parasse
- Mas ele não parou e eu tratei de ti, às escondidas dele, eu cuidei de ti. Hoje sei que podias ter sarado as tuas feridas em menos de 1 dia. Porque não o fizeste?
- Teria de me alimentar de ti. Não podia perdoar-me se o fizesse. Não ia conseguir controlar-me se o fizesse
- De que te alimentavas então?
- Criados. Tinhas muitos na altura.
- Niklaus??? Porque foste embora? Porque me criaste e foste embora??? Porque apagaste as minhas memórias antes de ir? Tens noção do que me fizeste?
- Love... não fui eu quem apagou as tuas memórias. Foi uma bruxa Love. Teve de ser. Não tive coragem.
Eu mesmo pedi que me apagassem as memórias. Tentei de tudo para te esquecer, mas assim que te vi
- Voltaram todas - dissemos ao mesmo tempo.
- O meu pai estava a minha procura. A nossa procura aliás, eu e os meus irmãos separamo-nos para tentar despista-lo. Mas ele nunca deixou de nos procurar. Ter-te comigo... iria pôr-te em perigo. Tu estás em perigo... Aqui. Connosco. Nós destruímos tudo Esperanza.
- Klaus... Por favor... Eu não aguento, não saber quem sou ou quem fui destrói-me. E torturante.
- Ficar longe de ti... Isso sim... É tortura - Klaus segurou-me carinhosamente, a uma distância minúscula de si, como se pedisse permissão.
- O meu pai está morto Niklaus. Eu matei-o
- Tu mataste o teu pai.
- Ele disse-me que tu estavas morto. E eu matei-o, completando a minha transformação.
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What If?
Vampire"E se Damon Salvatore nunca tivesse voltado para Mystic Falls? " Este é o diário de Esperanza Salvatore, uma vampira que dedicou a sua vida a proteger e amar Damon Salvatore. Aqui vão ficar a conhecer um Damon diferente, menos arrogante, mas igualme...