Capitulo VI

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E do nada vieram-me milhões de imagens, memórias e mais memórias.
Eu sentada num jardim, a vê-lo pintar. Ele sempre me intrigou. Mas nunca tive coragem de lhe perguntar o que ele era.

"- Sr. Niklaus, em que posso ajudá-lo? - pergunto educadamente, meio envergonhada. - O meu pai disse que pediu a minha presença.
- Gostaria de saber se me faz companhia por um momento. O seu pai disse-me que tem uma voz encantadora.
- O meu pai gosta muito de gabar-me.
- A Esperanza é de facto muito encantadora. Dará uma bela Rainha quando a altura certa chegar.
- Ainda tenho muito tempo para pensar sobre isso. Tenho 15 anos. Sou uma criança.
- Quando olho para si, não vejo de todo uma criança. Vejo uma mulher feita. Pronta para reinar Esperanza de LaVega. Rainha de Espanha.
- Esperanza, venha minha filha. Está na hora da sua aula de esgrima. Quer assistir Sr. Niklaus? Minha filha é uma óptima esgrimista.
- Seria um prazer. Também tenho uns certos dotes com espadas."

Abri os olhos, a minha respiração estava ofegante, Elijah segurava a minha cintura como se tivesse medo que eu caísse.

- Rebekah, leva a miss Esperanza para um dos quartos. Creio que ela precisa de repouso.
- Claro irmão. - Rebekah amparou-me e ajudou-me a subir a escadaria - Peço desculpa pelo comportamento de Niklaus, ele consegue ser de facto uma besta quando quer.
- A minha cabeça, parece que vai rebentar. Rebekah o que o seu irmão me fez?
- Aparentemente transformou- a e depois disso fez com se esquece-se de tudo. Só gostaria de saber porquê.

" - Esperanza, continue filha. Está a ir muito bem. Braço mais para cima. Costas direitas.
- Talvez eu possa ajudar a menina Esperanza no seu treino.
- Sr. Niklaus, seria uma honra se o fizesse.
- A honra seria minha, talvez nos possa deixar a sós. Eu prometo não magoar a sua amada Esperanza.
- Claro. Como o sr. quiser.

Começamos uma luta intensa. Sempre que um atacava o outro defendia, como se lêssemos as mentes um dou outro.

- Sr. Niklaus, luta com audácia. - já respirava com alguma dificuldade.
- Por favor Love, chame-me apenas Klaus quando estivermos sozinhos.
- Klaus, como preferir... podemos parar por um momento? Já começo a respirar com alguma dificuldade sr.
- Claro Love. - tínhamos a cara a milímetros um do outro, no entanto ninguém se desviava - Tão delicada, tão bonita, tão feroz... o que és tu exatamente pequena Esperanza?
- Não sei Klaus. Sou apenas uma criança.
- Tudo menos isso, minha pequena Esperanza.
- Minha filha, podemos dar a aula de hoje por terminada. Amanhã voltamos aos treinos.
- Claro meu Pai. Sr. Niklaus, a sua licença - eu respirava ofegante - vou retirar-me.

Nessa noite não consegui dormir, sentia-me que estava a ser observada. Levantei-me da cama e lá estava ele.
- Klaus?! Que fazes aqui?
- Ver-te dormir é deveras reconfortante.
- Estavas a ver-me dormir?
- Não estava só a ver. - ele mostrou-me o meu retrato
- Klaus... o meu pai mata-te se te apanha aqui.
- Vale a pena o risco - a minha respiração voltou a ficar ofegante. "

Estava deitada naquele que se tornou o meu quarto, Klaus estava ao lado da minha cama. Olhava pensativo.
- Que fazes aqui Klaus? Que fizeste a minha cabeça?
- Esperanza... desculpa Love. Eu fiz-te esquecer tudo o que vivemos.
- Porquê Klaus?
- Para te proteger. Para me proteger.
- Não consigo acreditar em ti. Onde está o Elijah?
- Esperanza, nunca irias entender Love. O meu pai matava-te sem excitar se soubesse da tua existência.
- Klaus, eu quero falar com o Elijah. - ele olhou-me com mágoa, baixou a cabeça e saiu do quarto.
- Miss Esperanza, o meu irmão disse que pediu a minha presença.
- Elijah? O que fez o teu irmão a minha cabeça? Porque me fez ele esquecer tudo?
- O meu irmão tem atitudes que não consigo compreender. Peço perdão. E aproveito para convida-la para jantar.
- Jantar?
- Sim. Fora da mansão. Sem a presença do meu irmão.
- Claro. Apenas preciso de me arranjar.
- Vou deixá-la então. Vejo-a dentro de 1hora talvez? Estarei no salão.
- Irei para lá assim que terminar.

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- Elijah?? Podemos a ir? - ele ficou um tempo a olhar-me - Claro

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- Elijah?? Podemos a ir? - ele ficou um tempo a olhar-me
- Claro. Desculpe menina Esperanza.

Decidimos ir a pé até ao restaurante, a noite estava agradável e aproveitamos para conversar.

- Não consigo perceber porque o teu irmão se diverte a brincar com a cabeça das outras pessoas. - acabei por desabafar.
- Não querendo de todo defender o meu irmão e as suas atitudes, acredito que ele o tenha feito para sua proteção menina Esperanza. Quando o meu irmão a conheceu ainda era Humana. Certo?
- Sim. Penso que sim. Comecei a ter sonhos com o teu irmão quando aqui cheguei. Eu era bem mais nova. Por isso só podia ser humana ainda.
- Mais uma vez as minhas mais sinceras desculpas. Aceita esta dança menina?
- Com muito gosto meu Senhor.

" - Klaus? O meu Pai quer que venhas comigo abrir a pista de baile. - digo com um sorriso
- Não vamos contrariar o teu Pai não é minha pequena?

Ele tomou o meu braço e levou-me até ao centro do salão, todos os olhares estavam em cima de nós. Os Homens desejavam-me, as Mulheres odiavam-me.
Nós dançávamos em plena sintonia, como um só. Quando a última nota tocou Klaus cortou a pouca distância que havia entre nós e beijou-me no meio do salão, com todos os convidados de meu pai como testemunha.

- Esperanza de LaVega!!!! Vai já para os teus aposentos. Sr. Niklaus espero por si no meu escritório.
- Menina Esperanza??? - ele olhava para mim enquanto as minhas damas de companhia me arrastavam para o meu quarto.
- Está tudo bem Klaus. Ele não vai magoar-me. Não teria coragem de o fazer.

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