Capítulo 25

2.9K 135 3
                                    

Acordei , fiz minha higiene, depois coloquei uma calça jeans e o uniforme da escola, prendi meu cabelo em um coque alto e passei apenas o pó e lápis de olho, peguei minha mochila e meu celular e desci pra tomar café.

- Bom dia filha, como foi ontem?- Meu pai perguntou.

- Bom dia pai, foi tranquilo lá. - Respondi.

- Hoje irei te pegar na escola e depois iremos ter uma conversa. - Meu pai falou levantando da mesa.

- Sobre o que? - Perguntei curiosa.

- Mais tarde você saberá. - Falou e eu apenas concordei com a cabeça.

Terminei de tomar café, peguei minhas coisas e fui pra escola. Quando cheguei lá estavam todos no portão.

- Bom dia gente. - Falei me aproximando.

- Bom dia tampinha. - Falou Mat.

- Olha o respeito Mateus. - Falei e ele riu.

- Estava pensando que depois da aula a gente podia ir na praia, o que vocês acham? - Perguntou Alice e todos concordaram.

- Eu vou mas não posso demorar, meu pai disse que temos que conversar ainda hoje. - Falei revirando os olhos.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou Ti.

- Não sei amor, só mais tarde pra eu saber . - Falei

- Não deve ser nada demais. - Falou me dando um selinho.

- Da pra parar de melação que a gente ainda esta aqui. - Bruno falou.

- Não tenho culpa se amo minha namorada. - Ti falou.

- Amar é uma coisa, melação é outra. - Bruno falou.

- Olha o recalque Bruninho. - Falei soltando um beijo.

- Recalque de uma branquela e de um viadinho? - Perguntou e todos riram.

- Aí amor, não fala assim. Vai assumir nosso caso agora mesmo? - Ti falou imitando voz de mulher.

-Para de viadagem Tiago. Vamos. - Bruno respondeu puxando a Lice pelo braço.

- Estamos indo estressadinho. - Ti falou.

Saímos dali e Tiago me deixou na minha sala e depois seguiu em direção a sua. As aulas estavam bastante legais e além disso o professor de educação física avisou que o campeonato de vôlei iria começar em menos de um mês, fiquei super ansiosa porque sempre sonhei com isso, amo vôlei e não vejo a hora de está na quadra jogando. O tempo na escola passou rapidamente, quando o sinal tocou, peguei minha mochila e sair. Falei com o Tiago e o resto do pessoal e segui o caminho para casa, já que íamos pra praia eu tinha que avisar a minha mãe.

Cheguei em casa, mandei uma mensagem pra minha mãe e falei que antes das 18:00hs eu tava em casa, subi, tomei um banho e coloquei um biquíni azul piscina com um short jeans e uma camiseta. Peguei uma bolsa e coloquei a canga e o protetor solar junto com o dinheiro e meu celular, tranquei a porta e sair.

Chegando na praia já estavam todos lá, eu me sentei ao lado do meu moreno e fiquei observando o mar.

- Não vai tomar banho?- Ti perguntou.

- Agora não, tô bem aqui. - Falei

- Tá bom. - Falou e eu levantei pra tirar meu short. Coloquei a canga na areia e me deitei pra tomar sol.

- Amor, passa o protetor na minhas costas por favor. - Falei lhe entregando o protetor solar.

- Claro, só não toma sol demais pra não ficar que nem um morango. - Falou e eu ri.

- Deixa de exagero Tiago. - Falei.

Fiquei ali deitada e os meninos como sempre foram jogar bola e as meninas foram pra água. De repente sinto alguém sentar ao meu lado.

- A gatinha tá sozinha? - Perguntou um jovem que era até gatinho.

- Não, porquê? Algum problema? - Perguntei me sentando.

- É que te vi sozinha e pensei que estava precisando de companhia. - Falou.

- Mas...- Antes que eu pudesse terminar a frase o Tiago chegou .

- Ela não precisa de companhia porque tem o namorado dela aqui, agora se você não quiser ficar com o olho roxo vaza daqui agora. - Falou.

- Calma aí, estou indo mas da próxima vez não deixa a mina sozinha não que é perigo. - Falou saindo.

- Não posso te deixar um minuto sozinha? - Perguntou irritado.

- Eu não tenho culpa amor. - Falei indo em sua direção.

- Nem vem, fica aí mesmo e veste esse short aí, se outro cara ficar de gracinha pro seu lado não sei nem o que sou capaz de fazer. - Falou.

- Vai começar? Se for eu volto pra casa agora mesmo. - Falei.

- Desculpa, perdi a cabeça, mas por favor veste esse short? - Perguntou

- Mas eu ainda vou pra água amor. - Falei.

- Tá Mariana. - Falou e saiu em direção aos meninos.

Eu sabia que o Tiago iria ficar estressadinho o restante do dia, mas eu não podia fazer nada. Ele sabia muito bem que eu odiava brigar com ele, mas não adianta.

A tarde passou rapidamente e já era hora de voltar pra casa. O pessoal me levou em casa e depois seguiram o seu caminho.

Cheguei e meus pais estavam sentados no sofá.

- Oi filha. - Minha mãe falou assim que me viu.

- Oi mãe, Oi pai, vou tomar um banho e já desço pra gente conversar. - Falei subindo a escada.

Tomei um banho um pouco demorado pelo fato de ter lavado meu cabelo, vesti um vestido florido e deixei meu cabelo solto para secar naturalmente. Peguei meu celular e desci.

- Podem falar. - Falei me sentando ao lado da minha mãe.

- Filha, você pode perceber que ultimamente eu e sua mãe estamos um pouco ausente aqui em casa não é?. - Falou e eu assenti. - É que eu estou fazendo um tratamento.

- Como assim? Tratamento de que? - Perguntei curiosa.

- Recentemente eu descobri que tenho um câncer próximo ao coração, então tenho que ir fazer algumas seções de quimioterapia. - Falou e eu entrei em estado de choque.

- Como assim pai? Não pode ser. - Falei chorando.

- Calma filha, seu pai está fazendo tratamento e se Deus quiser vai dar tudo certo. - minha mãe falou me abraçando.

- Com tanta gente ruim no mundo porque foi acontecer justo com você? Porque pai? - Falei aos prantos.

Eu não iria aguentar perder meu pai ou vê ele sofrer com essa maldita doença, sabe aquele momento que você se sente perdido e acha que sua vida acabou? Era assim que eu estava me sentindo, eu insistia em não querer acreditar nisso. Preferia pensar que era só um pesadelo e quando eu acordasse tudo iria passar. Mas ao levantar minha cabeça e vê o meu pai chorando isso partiu ainda mais meu coração.

- Pai eu sei que vai ver difícil, mas o senhor é forte e vai conseguir tá bom meu guerreiro? - Falei me aproximando dele.

- Deus te ouça minha filha. - Falou.

- Já está ouvindo pai. Não vamos deixar essa doença maldita acabar com você. Cadê aquele homem forte que me criou, aquele corajoso que sempre teve ao meu lado? Esse cara aí que vai vencer tudo isso. Você passou sua vida cuidando de mim, agora é minha vez de retribuir. - Falei e lhe dei um abraço, cheio de carinho e pude perceber que nada mais me importava naquela hora. Eu queria ver o meu pai bem e eu iria fazer de tudo pra vê ele feliz.

Sei que essa doença é horrível, mas eu tenho fé na sua recuperação, fiquei ali agarrada ao meu pai chorando tudo o que tinha pra chorar, quando não aguentei, subi pro meu quarto e me deitei na cama tentando me acalmar, afinal meu pai estava precisando de mim, e como eu o prometi irei cuidar dele até o seu último instante.

O irmão da minha amiga .Onde histórias criam vida. Descubra agora