Capítulo 33.

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Por Tiago:

Acordei no outro dia um pouco mais cedo, porque eu ainda iria passar lá em casa pra me arrumar então resolvi acordar a Mari.

- Acorda dorminhoca. - Falei lhe dando um selinho.

- Deixa eu dormir Tiago. - Falou sonolenta.

- A gente vai se atrasar. - Falei.

- cinco minutos, por favor. - Falou se virando pra o outro lado da cama.

- Ainda tenho que passar lá em casa Mari. - Falei e ela levantou e foi pro banheiro pisando fundo que nem uma criança.

Enquanto ela tomava banho, eu arrumei a sua mochila e a minha e quando ela saiu eu fui escovar meus dentes. Quando sai do banheiro ela não estava mais no quarto.

- Amor? - Falei descendo a escada.

- Tô na cozinha. - Gritou.

- Que cheirinho gostoso. - Falei assim que entrei na mesma.

- Estou fazendo sanduíches com suco de laranja. - Falou e eu me aproximei.

- Não me acostuma mal branquinha. Assim eu não te deixo nunca. - Falei no pé do seu ouvido.

-E quem disse que é pra deixar? - Falou e brotou um enorme sorriso no meu rosto.

- Vem, vamos comer. - Falou levando as coisas pra mesa.

Depois da gente tomar café. Pegamos nossas coisas e fomos andando pra minha casa, já que não era tão longe.

- Bom dia mãe . - Falei assim que entrei em casa.

- Bom dia filho. - Falou vindo ao nosso encontro. - Bom dia Mari. - Falou lhe dando um abraço.

- Bom dia sogrinha. - Falou retribuindo o abraço.

- Quanta intimidade. - revirei os olhos.

- Isso tudo é ciumes? - Mari perguntou.

- Claro que não branquela. - Falei e subi pra me arrumar.

Tomei meu banho, escovei os dentes e coloquei a roupa do treino na mochila. Quando desci as mulheres da minha vida estavam lá fofocando com o meu pai ao lado.

- Bom dia filho. - Meu pai falou.

- Bom dia pai. Bom dia maninha. - Falei depositando um beijo no topo da sua testa.

- Filho, a gente precisa conversar a respeito da empresa. - Meu pai falou.

- Pai, a gente já conversou sobre isso. Eu não me vejo administrando uma empresa. - Falei me sentando ao lado da Mari.

- Mas meu filho, esse é o meu sonho. Essa empresa é pra ser passada de geração. - Falou.

- Esse é o seu sonho pai e não o meu. Meu futuro é jogando bola. Viver viajando. - Falei e Mariana me olhou.

- Pensa bem meu filho, o mundo do futebol não é certo, um dia você tá no auge da fama e no outro você tá sem o que comer. - Disse friamente.

- Você pode até falar essas coisas pai, mas eu não vou desistir dos meus sonhos. - Falou em um tom de raiva e a Mari apertou minha mão.

-Daqui pro final do ano você muda de ideia, nem que seja forçado ou obrigado a morar em outro país. - Falou.

- Como? Você não pode me obrigar a fazer o que eu não quero. Me impedir de realizar meus sonhos. - Falei alto e me levantando.

- Calma amor, vamos pra escola. - Falou docemente e eu apenas assenti.

Saímos de casa e a Alice veio junto. Fomos o caminho todo em silêncio , quando chegou na porta da escola o pessoal estava lá, mas eu entrei direto, sei que meus amigos não tem nada a ver mas eu não estava afim de conversa.

Fui pra sala e fiquei lá esperando o professor chegar. Na primeira aula meus pensamentos ainda estavam longe, como meu pai pode ser tão egoísta a ponto de só pensar nele e nos seus negócios? Se ele pensa que vou parar minha vida para assumir uma empresa, ele está muito enganado. Fiquei preso em meus pensamentos até tocar o sinal indicando o intervalo.

O irmão da minha amiga .Onde histórias criam vida. Descubra agora