O irmão da minha amiga .

Capítulo 43.

Me sentei ali no chão, pus a mão no rosto e só sabia chorar , senti alguém sentando do meu lado, era a Alice.

- Calma Mari. - Falou.

- É o meu pai amiga. - Respondi.

- Eu sei, e se ele estivesse aqui iria torcer por você. Então vai lá e dedica essa vitória pra ele, que foi um guerreiro e batalhou durante esse tempo todo Mari, ele merece. - Falou.

- Tá bom, devo isso a meu pai. - Disse levantando.

- É assim que se fala. Agora vai lá, vai dar tudo certo. - Falou e eu assenti.

Voltei pra quadra e eu estava determinada, iria vencer pelo meu pai, pelo homem que sempre me apoiou e me incentivou, essa vitória seria exclusivamente para ele.

Nosso técnico me colocou na rede novamente mas pra que eu pudesse atacar.

Se aproximava o final do set e precisávamos apenas de um ponto para levar o título. E adivinha quem fez esse ponto? Eu mesma, não me contive e fiz uma pequena oração agradecendo e agradeci ao meu pai por tudo. Meu esforço, dedicação, foi tudo por ele.

Sei que se ele estivesse aqui teria orgulho de mim.

Logo as pessoas foram invadindo a quadra e minhas amigas vieram me abraçar, me surpreendi em ver O Tiago ali, meu Tiago .

-Parabéns Mari, e sinto muito pelo seu pai. - falou e não sei o que deu em mim, abracei o Tiago ali mesmo, e chorei como nunca tinha chorado antes.

-Calma, não fica assim. Ele está orgulhoso de você. -Falou e eu assenti.

- É difícil e doloroso. Eu não esperava que isso iria acontecer. - Falei.

-Ninguém nunca está preparado para uma notícia dessa. - Falou.

-Mari! - Mat chamou.

- Oi. - Respondi cabisbaixa.

- Sinto muito. - Falou e me abraçou.

Ficamos um tempo ali na quadra, até mesmo para receber a premiação.

Segui para casa do carro do Bruno, minha mãe já estava na sala com o rosto totalmente vermelho, o que indicava que ela havia chorado muito. Sentei ao seu lado e a abracei depositando todo o meu carinho.

- A gente vai ficar bem. - Tentei conforta-lá.

-Como vai ser daqui pra frente? Meu salário não dá para manter nós duas. - Falou.

- Mãe, não se preocupa com isso agora, irei dar um jeito. Que horas será o velório?

- Ás 17:00hs. - Falou e eu assenti subindo as escadas.