Quando terminei de saciar minha sede, inclinei meu corpo para traz no acento do carro, olhando para o teto.
Lembrei-me do meu sonho duas semanas Atrás.
Eu estava parada ao lado de uma garotinha de aproximadamente quatro anos, ela tinha cabelos ruivos e olhos azuis, logo percebi que era eu quando criança.
Ela brincava em frente a uma gigantesca mansão antiga, num jardim rodeado de tulipas e gardênias.
De repente eu já não só via a garotinha, eu estava dentro dela vendo tudo pelos seus olhos e ouvindo seus pensamentos como se fossem os meus. O sonho se passava como se fossem em cenas.
Era sobre minha vida humana.
Descobri que morava em Berlim na Alemanha, era filha de dois nobres, meus pais eram Verena e Petros Heaster Sadrion.
No sonho vi que sempre fui mimada e adorada por todos.
Depois se passavam alguns anos, minha mãe ficou gravida.
Eu tinha quatorze anos quando ela deu a luz a um lindo menino que igualmente a meu pai tinha os olhos verdes e a pele branca com cabelos loirinhos, ele se chamou Joseph.
Vi que dês do primeiro instante que peguei aquele serzinho pequenino em meus braços,
eu o amei com minha vida.
Passou-se o tempo, Joseph já tinha dois anos.
Nós éramos muito apegados um ao outro.
Eu já tinha dezesseis anos na época, meu pai só me permitia sair de nossa casa com uma das criadas da casa,
pois achava que minha beleza atraia muitos homens e tinha medo de que algum deles pudessem me fazer mal.
Assim fazendo com que eu ficasse muito tempo enfurnada em casa aprendendo como deveria me comportar e todas as outras coisas que eu não via sentido nenhum em fazer.
Meu pai mesmo se preocupando tanto comigo não se importava em fazer com que todos soubessem quem era seu preferido,
eu não ligava nem um pouco, todo amor que ele não dirigia a mim era para Joseph e isso bastava.
Minha mãe era uma mulher muito bela, igualmente a mim tinha a pele branca alva, olhos azuis e cabelos ruivos longos.
Ao perceber que eu via claramente a diferença que ele fazia entre nós se sentiu responsável em explicar-me que, quando nasci ele esperava que eu fosse um menino para ser seu primogênito e herdeiro, porém quando viu que eu era uma menina desencantou-se, mas que ele só estava muito feliz em ter seu menino mas que mesmo assim ele continuava me amando da mesma forma e eu sabia que era verdade.
Quando já tinha completado dezessete anos, meu pai começou a alegar que deveria me escolher um marido e que já tinha passado mas que a hora de estar casada.
Implorei a minha mãe que barganhasse por mim, para que ele quisesse me casar só quando se passasse meu decimo oitavo aniversário com a esperança de adiar o "fim da minha vida" que eu achava que seria com o casamento.
Como sempre, minha mãe conseguia sempre o que queria dele, e acabou concedendo-me mais um ano de liberdade, avia sido um alivio ter esses meses a mais.
O tempo foi passando, quando estava faltando um mês para o meu aniversário comecei a ficar apreensiva pois sabia que meu pai não seria condescendente comigo após o termino do prazo.
Três dias anteriores ao meu aniversário, eu já estava tão desesperada com o fato de que poderia me casar com um homem desconhecido da qual não nutria nenhum tipo de sentimento a não ser o desprezo, me dava náuseas só de pensar.
Meu humor também estava a flor da pele e a única pessoa que me acalmava era meu pequeno irmãozinho que agora já tinha quase quatro anos;
Então fui pedir permissão a nossa mãe para que pudesse passar algum tempo fora de casa para brincar com ele,
o que ela nos permitiu deixando claro para não demorarmos muito, dei-lhe um abraço em agradecimento,
O que a surpreendeu pois eu não era de demonstrar afeto tão facilmente, ela retribuiu meu abraço.
Sai, peguei Joseph e fomos para os arredores da nossa casa. Já era noite, tínhamos perdido a hora no meio de tantas brincadeiras.
Quando estávamos a caminho de casa e ouvimos um grito estridente desesperado vindo de nossa casa.
Joseph que estava nos meus braços começou a chorar, eu sabia o motivo pelo qual ele estava em prantos,
era de nossa mãe a voz que gritava.
Acordei atordoada e com uma sede insuportável, esvaziei todo o estoque de sangue que tinha em casa e mesmo assim não me senti saciada.
Depois disso fui olhar as horas no celular e fiquei surpreendida ao perceber que tinha dormido dois dias seguidos.
Que merda foi essa? Perguntei a mim mesma pensando, eu tinha um irmão? E porque minha mãe teria gritado daquela forma?
Oii gostou do capítulo?
Se sim, deixe sua estrelinha e comente sua opinião!!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
New Blood
WampiryPor todos os séculos que viveu, Eillen procurou evitar outros da sua raça. Mais quando um misterioso vampiro aparece em sua vida, tudo muda. Seu passado se mistura com o presente e no meio de toda essa loucura ela terá que controlar seu coração po...