Capítulo 5 - Elizabeth

43 3 0
                                    

- Quem sou eu? - ele diz com um sorriso de lado. Balanço a cabeça em forma de um sim, mas tudo acontece comigo, primeiro: ele é lindo e encantador, segundo: ele é popular e está falando comigo (uma simples novata) terceiro: eu travei. - meu nome é Alex! E o seu? - e eu estou travada olhando nos seus olhos azuis, e ele está perguntando meu nome, calma aí ele está PERGUNTANDO MEU NOME.

- Me... me...meu..nom... nome.. e.. é.. Eliza... Elizabeth ! - meu deus eu gaguejei mas que um gago agora, fiquei vermelha de vergonha, ele simplesmente ri e eu fico mais vermelha hahaha não achei graça.
Uma pessoa muito intrometida chega da um abraço no Alex e depois um beijo, mas não aquele Beijo de apaixonada e sim de interesseira meu queixo cai no chão para não ficar de vela digo:

- O Caíque deve estar me esperando. Tchau Alex!

- Tchau! - ele diz entre os beijos que aquela branquela sem sal da nele.

Ando pela escola à procura do Caíque até que o encontro sentado em um banco com os fones de ouvido (acho que por isso que ele não me escutou chama-lo) e o celular nas mãos me aproximo dele.

- Caíque?! - fico a espera de um Oi ou Olá ou até mesmo que ele tire os olhos do celular, mas fico no vácuo; Puxo os fones dele e o encaro, mas ele fica com uma cara nada agradável.

- O que vc quer ? - ele diz todo ignorante.

Porque será né, talvez porque vc tenha tirado os fones dele?

Mas foi por um bom motivo!

Qual?

Ah! Ele não me respondia.

Idiota!

Hahaha quanta graça.

- Elizabeth! Vc tirou os meus fones para quê? Posso saber?

- Hum... Será porque eu estou faz 15 minutos tentando falar com vc?

- Puxa sério! Mas isso não te dá o direito de fazer isso.

- Me desculpa, não queria que ficasse magoado comigo, só queria alguém para conversar, irritar ou perturbar ... - falo a verdade não quero que ele fique nervoso. - até as aulas começarem.

- Ta eu te desculpo, mas que isso não se repita! - ele diz irônico.

- Palhaço! - ficamos conversando até o sinal tocar...

Aula de geografia é a primeira do dia entro e me sento em uma das cadeiras da frente uma garota loira com os cabelos longos e lisos, de olhos azuis, se senta ao meu lado.

- Você é nova aqui, não?!

-Sim, comecei ontem, vim do Rio, meu nome é Elizabeth, Elizabeth Sanches! - ela parece ser uma garota legal.

- O meu é Larissa! Estou aqui desde o começo do ano passado e já conheço um pouco da cidade, se você quiser posso te levar para o shopping e nós podemos fazer compras depois das aulas, mas só se você quiser, claro! - não penso duas vezes aceito sem cerimônia, amo umas comprinhas.

- Claro! - digo com um largo sorriso no rosto e vejo um pequeno sorrisinho brotar no rosto dela.

(...) Já faz 2 semanas que me mudei para São Paulo e eu estou amando essa cidade fiz vários amigos e terminei meu curso de inglês (bom desde meus 12 anos de idade eu faço inglês, eu amo inglês e sonho um dia em fazer uma viagem para Londres!).

Então meu pai chega hoje (é ele teve que ficar no Rio duas semanas a mais para resolver os problemas da empresa) e para comemorar a chegada dele minha mãe e eu vamos levar ele para um restaurante.

Escuto passos subindo as escadas, e uma respiração ofegante, percebo que passa reto pelo meu quarto e vai até o fim do corredor abre uma das portas e entra - Será meu pai? Mas se fosse ele teria entrado aqui - abro a porta devagar e desço as escadas e vejo uma cena horrível (não, não era horrível é a pior coisa que já vi na minha vida. Uma coisa que nunca imaginei acontecer e se acontecesse eu não saberia o que fazer). Não consigo pensar nestas palavras.... minha mãe está no chão e.. e.. e.. sangue.... tem sangue... sangue da minha mãe.. uma poça de sangue ao redor dela.. escuto novamente os passos, só que dessa vez descendo as escadas me viro rapidamente e um homem, estranho, entre as lágrimas pergunto:

- O que você fez? - seu idiota.

- Nada de mais garotinha! - ele pega um pano e coloca no meu rosto me debato, mas eu acabo apagando...

Nesse instante acordo e são apenas 3:54 da madrugada, me levanto e me olho no espelho, só aí percebo que estou suada e com os olhos vermelhos. Tomo um banho e volto a deitar, mas não consigo dormir, então abro os olhos e encaro o teto do meu quarto com uma pintura branca, percebo que está na hora de pinta-lo, uma pequena fresta de luz que entra pela janela e deixando o quarto claro não tão escuro como era para ser. Volto novamente ao meu sonho, mas tenho a impressão que vai acontecer, mas e se acontecer o que eu vou fazer? Como será? Acho que não irei aguentar ou irei? Perguntas e mais perguntas.. com meus pensamentos acabo viajando e eu não estou mais no mesmo lugar eu estou.... na rua da minha casa, com uma mochila parece que estou voltando da escola com os fones e um livro em minhas mãos, consigo até ler o nome do livro: A cabana, estou tão destraida que não percebo, mas estou sendo seguida por um carro preto, e uma barulho de arma de fogo é ouvido, uma pessoa ao meu lado foi atingida só aí percebo que era para acertar em mim então o homem do carro preto a ponta a arma novamente pra mim, só que eu corro corro o mais depressa possível, chego em casa tranco o portão, a porta da frente e a garagem, e entro no meu quarto e tranco está porta também me deito na cama e acabo pegando no sono ...
Acordo novamente desesperada falta apenas 2 minutos para o despertador tocar, vou ao banheiro e começo a me arrumar, preciso ir para a escola.
Chegando lá entro o Caíque.

- Oii - ele diz todo alegre.

- Oi - digo sem alegria e animação.

- O que aconteceu minha linda? - ele pergunta preocupado.

- Nada demais só uma noite ruim. - falo sem preocupação, mas por dentro eu estava a mil não parava de pensar no que tinha acontecido.

Eu e ele vamos em direção a sala, para assistirmos as aulas (...)

(...) me despeço dos meus amigo e vou em direção a minha casa que não é tão longe, fones no ouvido e um livro nas mãos - coincidência - paro olho para a capa do livro - não, não pode ser - o título era A Cabana - coincidência demais - olho ao redor e o homem que foi atingido no meu sonho está a poucos metros de distância e o carro preto está aqui... Entro em desespero total, não posso ficar parada, mas se eu correr vai ficar muito na cara, mas se eu não correr uma pessoa será atingida no meu lugar e pode correr risco de vida, não pensei duas vezes corri, corri o mais rápido possível...





Em busca do meu passado...Onde histórias criam vida. Descubra agora