Capítulo 7 - Elizabeth

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Quando acabou o momento, que vou confessar foi muito bom, amei aquele Beijo, nunca senti nada igual por mim eu beijaria ele todos os dias, todos os momentos, eu acho que estou gostando dele.

-Eliza espero que não tenha feio isso por pena de mim. - oras mais o que ele está dizendo, eu o beijei porque eu quis, porque tive vontade.

-Claro que não! Eu ter pena? Nunca, eu te beijei porque eu quis, porque eu.. acho... melhor - minha cabeça deu pani, o que que eu estava falando? Não posso continuar, eu não posso dizer isso, tenho problemas maiores. - Quer sorvete? - pergunto tentando sair daquele assunto que não me agradou em nada.

- Continue o que você iria falar. - diz ele com um enorme e lindo sorriso.

- Eu iria falar se você quer sorvete.

- Tá, vou acreditar. - diz ele irônico. - mas você ia falar outra coisa.

- O que eu ia falar então? - pergunto, mas não quero que ele responda.

- Ah! Não sou eu que pre vejo o futuro. - que saco ele sabia o que ia eu falar.

- Vou pegar o sorvete, já volto.

Entro na cozinha, e algo me atinge, sinto o lugar formigar, olho para minhas pernas e o lugar atingido está vermelho, tudo começa a escurecer, vejo apenas alguns vultos, e um homem muito estranho está na minha frente, ele diz alguma coisa que não entendo, comecei a ficar fraca, a única coisa que consigo fazer é chamar o Caíque.

- Caíque, me ajud.... - tudo escureceu.

Elizabeth, uma adolescente, não completara nem 2 meses que se mudara para São Paulo, um movimentado estado, veio do Rio de Janeiro, de uma cidadesinha do interior, a coisa que mais amava eram seus livros, gostava desde os livros de Romance e Fantasia para Mistério e Terror, melhor amigo: Caíque, um Paulistano, que nunca viajou para fora das fronteiras de seu estado, além disso era um adolescente apaixonado, por quem? Eliza, esse apelido carinhoso mexia com esse garoto, pois ele pertence a Elizabeth, a menina que ele tanto ama, mas o que significa amor? Qual o verdadeiro sentido da palavra amar? Mesmo ele sendo um bobo apaixonado, não iria admitir isso, não pelo menos agora muito menos para Eliza, mas Elizabeth que agora estava nas mãos de um estranho, porém agora ela descobriria porque os homens de vestes pretas à seguira desde a sua saída da escola, o que eles queriam daquela pobre garota, assustada e com os pulsos amarrados na cadeira.

Elizabeth acorda assustada e em um lugar diferente, a ruiva olha primeiramente a esquerda, para logo depois olhar a direita, mas o local onde está é totalmente escuro, apenas uma brecha de luz entra por baixo da porta.

- Eii! - uma voz rouca, nunca ouvida pela garota a chama. - o que você fez, qual crime você cometeu?

- Eu..? crime..? O senhor deve estar enganado, nunca cometi crime algum.

- Então o que a senhorita faz aqui? Os soldados nunca erram, algo de errado você fez!

- Soldados? - pergunta a garota totalmente confusa.

- Sim! Os soldados Klideanos nunca erram!

- Klideanos? - a pobre menina fica mais confusa ainda. - Mas o senhor...

- Felipe, meu nome é Felipe!

- Me desculpe! Mas o senhor Felipe não deve estar passando muito bem.

- Garota mal educada!

Depois disso Elizabeth fica quieta, afinal não queria arranjar mais problemas.

Horas se passam e ela continua sentada com os pulsos amarrados, até que ela ouve a grande porta de ferro ser aberta e três homens com vestes pretas entram, a luz do lado de fora invadem o local, iluminado o rosto de Eliza.

- Finalmente achamos a famosa princesa! - dizia um dos homens.

- Princesa, eu? Vocês devem estar enganados, devem não, estão, não sou Princesa nenhuma.

Todos do local riram, menos Eliza e Rafael, Rafael que por sinal estava espantado, horas atrás ele havia acabado de repreender a princesa.

- Nossa! Então pegamos a pessoa errada - falou irônico um dos homens de preto.

- Sim vocês pegaram. -Eliza disse já ficando irritada, odeia quando as pessoas não acreditam nela. - se não querem acreditar problema é de vocês.

- Olha não se passou nem um dia e a princesinha já está bocudinha! Fique aqui e pense no que você acabou de fazer.

- Sandro! - murmurou outro soldado. - deixe de ser burro, onde ela iria com os pulsos amarrados?

- Também não sei - respondeu o homem de preto, que Eliza acabara de descobrir que se chama Sandro.

Eles saem deixando Eliza e Rafael a sós.

- Então você é a princesa, por que não me contou antes? - Rafael dizia decepcionado.

- Porque eu não sou Princesa alguma!

- Olhe para mim!

Eliza obedeceu quando Rafael viu a face da garota um arrepio percorreu seu corpo, ele estava olhando para a Princesa perdida.

- Você voltou! Voltou para nos salvar! A profecia, a profecia está se tornando realidade, quantos anos nós esperamos por você vossa alteza! O que está esperando para botar fogo nessas cordas em sua mãos, vamos sair daqui e encontrar seu povo, dizer, à eles que a princesa voltou, voltou para nos salvar, vamos! - tagarelava o homem sem parar, e Elizabeth estava ficando louca com tudo aquilo.

- Quantas vezes terei que dizer que Não Sou Princesa Nenhuma!

- Mas que ruivinha teimosa! Você é a Princesa sim! - teimava o homem.

- Sou não!

- Agora entendi porque fui preso! Meu propósito na vida é ajuda-lá a sair daqui! Para finalmente ajudar seu povo. - falava o homem sem parar, quando finalmente ficou quieto, olhava para um lado e depois o outro, pensando em uma maneira de tirar a princesa daquele lugar imundo e fedido, até que ele lembrou da velha janela que estava caindo aos pedaços, porém o velho homem não conseguia alcança-lá então serviria de apoio para Eliza. Correu para perto da princesa desatando os nós da corda que prendia a princesa a cadeira, soltou ela e contou seu plano.

- Não se esqueça, quando sair corra pra o sul, quando encontrar uma árvore gigante, bata nela três vezes e diga: não leve a vida tão a sério... Descomplique, uma enorme porta se abrirá, então você vai entrar e procurar pelo senhor Castor, diga que: Felipe o escritor te mandou, ele te entenderá e só ele vai poder te ajudar, ele é de confiança e tenho certeza que ele vai te reconhecer, princesa.

- Mas e o senhor?

- Minha missão nesse mundo é ajudar você!

- Mas se eles souberem que você está me ajudando vão matar o senhor. - Eliza queria ir, mas não queria deixar o seu "amigo".

- Minha vida não importa, o que eu preciso fazer é ajuda-lá a sair daqui, isso é o que verdadeiramente importa. Então vá enquanto eles não voltam.

Eliza se enche de coragem e pula pela janela, quando seus pés tocam o chão, alguém a cutuca, a garota já olha assustada, mas quem está ali? Ele mesmo: Caíque, a menina pega a mão dele e corre, eles correm o mais rápido possível durante o percurso ela conta tudo que o acabou de descobrir, e seu plano para Caíque.

Em busca do meu passado...Onde histórias criam vida. Descubra agora