Capítulo 3 - A Ordem da Fênix

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1995

Já havia passado uma semana desde o dia em que começaram as férias de Hogwarts. Estava no dia de reencontrar com mamãe, mas antes eu iria finalmente conhecer o lugar onde papai iria morar.

Na noite anterior empacotamos, ou melhor, papai empacotou suas coisas e as minhas usando mágica e fomos dormir, pois ele disse que sairíamos cedo na manhã seguinte. Só não imaginava que seria tão cedo. Ainda não havia amanhecido quando ele entrou no meu quarto.

- Filha - ouvi sua voz mansa quando ele sentou-se na beirada da minha cama. - Acorde.

Virei de barriga para cima, esfregado os olhos com as mãos.

- Que horas são? - perguntei.

- Quatro e meia.

- Tão cedo?

- Nós vamos aparatar perto da casa, não podemos ir muito tarde por causa dos muggles. Temos que aproveitar que a maioria ainda está dormindo.

- Minha parte muggle concorda com esses muggles e quer continuar dormindo - eu me virei para o canto e me cobri.

- Então vou ter que me contentar em levar só sua parte bruxa!

Dizendo isso papai tirou os cobertores de cima de mim e me pegou no colo me levando para a cozinha. Eu ri com o gesto e passei meus braços em torno do pescoço dele.

- Humm - senti um cheiro muito bom de café da manhã quando chegamos lá. - Você sabe como me acordar cedo - dei um beijo na bochecha dele antes de ser colocada no chão.

Chá quentinho, leite, torrada e geleia foi um excelente desjejum. Depois de comer, voltei para o quarto para arrumar a cama e trocar de roupa. Em seguida escovar os dentes e lavar o rosto com água fria finalmente me despertou por completo.

- Pronta? - perguntou papai quando nos encontramos na sala.

- Agora sim - sorri para ele. - Onde estão nossas coisas? - olhei em volta e não vi nossas malas.

Papai olhou para um único malão que estava no chão ao lado dele.

- Está tudo aí dentro?! - perguntei impressionada.

- Um pouquinho menores do que eram.

Eu olhei para papai e sorri. Ele retribuiu o sorriso.

- Agora preste atenção. Você nunca aparatou antes. Você precisa se segurar firme em mim.

Eu abracei papai pela cintura.

- Não precisa ser tão forte - ele sorriu. Apenas não me solte. A viagem é rápida e talvez você possa se sentir um pouco enjoada.

Eu afrouxei o abraço, mas continuei segurando papai com firmeza. Ele segurou a varinha e eu senti meu corpo ficando mais leve. Aquilo era estranho. Era como andar de montanha-russa na hora da descida. Eu fechei os olhos. Me senti girando e sendo puxada com muita força. Era uma sensação totalmente estranha. Estava quase me virando do avesso. Só voltei a abrir os olhos quando senti que pisávamos em algo firme novamente e percebi que não estávamos mais em casa. Estávamos em um jardim. A rua à nossa frente ainda estava na penumbra e deserta.

- Estamos no Largo Grimmauld. Venha - nós atravessamos a rua e paramos na calçada do outro lado de frente a algumas casas de dois andares muito parecidas. Apenas uma coisa as tornava estranhas. Os números nas fachadas passavam do número 11 ao 13. Não havia o 12.

- Pai, está faltando... - vi ele tirar um pedaço de pergaminho do bolso do paletó.

- Lana, isso é muito importante. A casa está sobre a proteção que eu te falei e mesmo que você quisesse não conseguiria dar a localização exata dela para ninguém, mas nada do que for dito aqui dentro deve ser compartilhado com ninguém.

Livro 3 - O Retorno da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora