1995
Já havia passado uma semana desde o dia em que começaram as férias de Hogwarts. Estava no dia de reencontrar com mamãe, mas antes eu iria finalmente conhecer o lugar onde papai iria morar.
Na noite anterior empacotamos, ou melhor, papai empacotou suas coisas e as minhas usando mágica e fomos dormir, pois ele disse que sairíamos cedo na manhã seguinte. Só não imaginava que seria tão cedo. Ainda não havia amanhecido quando ele entrou no meu quarto.
- Filha - ouvi sua voz mansa quando ele sentou-se na beirada da minha cama. - Acorde.
Virei de barriga para cima, esfregado os olhos com as mãos.
- Que horas são? - perguntei.
- Quatro e meia.
- Tão cedo?
- Nós vamos aparatar perto da casa, não podemos ir muito tarde por causa dos muggles. Temos que aproveitar que a maioria ainda está dormindo.
- Minha parte muggle concorda com esses muggles e quer continuar dormindo - eu me virei para o canto e me cobri.
- Então vou ter que me contentar em levar só sua parte bruxa!
Dizendo isso papai tirou os cobertores de cima de mim e me pegou no colo me levando para a cozinha. Eu ri com o gesto e passei meus braços em torno do pescoço dele.
- Humm - senti um cheiro muito bom de café da manhã quando chegamos lá. - Você sabe como me acordar cedo - dei um beijo na bochecha dele antes de ser colocada no chão.
Chá quentinho, leite, torrada e geleia foi um excelente desjejum. Depois de comer, voltei para o quarto para arrumar a cama e trocar de roupa. Em seguida escovar os dentes e lavar o rosto com água fria finalmente me despertou por completo.
- Pronta? - perguntou papai quando nos encontramos na sala.
- Agora sim - sorri para ele. - Onde estão nossas coisas? - olhei em volta e não vi nossas malas.
Papai olhou para um único malão que estava no chão ao lado dele.
- Está tudo aí dentro?! - perguntei impressionada.
- Um pouquinho menores do que eram.
Eu olhei para papai e sorri. Ele retribuiu o sorriso.
- Agora preste atenção. Você nunca aparatou antes. Você precisa se segurar firme em mim.
Eu abracei papai pela cintura.
- Não precisa ser tão forte - ele sorriu. Apenas não me solte. A viagem é rápida e talvez você possa se sentir um pouco enjoada.
Eu afrouxei o abraço, mas continuei segurando papai com firmeza. Ele segurou a varinha e eu senti meu corpo ficando mais leve. Aquilo era estranho. Era como andar de montanha-russa na hora da descida. Eu fechei os olhos. Me senti girando e sendo puxada com muita força. Era uma sensação totalmente estranha. Estava quase me virando do avesso. Só voltei a abrir os olhos quando senti que pisávamos em algo firme novamente e percebi que não estávamos mais em casa. Estávamos em um jardim. A rua à nossa frente ainda estava na penumbra e deserta.
- Estamos no Largo Grimmauld. Venha - nós atravessamos a rua e paramos na calçada do outro lado de frente a algumas casas de dois andares muito parecidas. Apenas uma coisa as tornava estranhas. Os números nas fachadas passavam do número 11 ao 13. Não havia o 12.
- Pai, está faltando... - vi ele tirar um pedaço de pergaminho do bolso do paletó.
- Lana, isso é muito importante. A casa está sobre a proteção que eu te falei e mesmo que você quisesse não conseguiria dar a localização exata dela para ninguém, mas nada do que for dito aqui dentro deve ser compartilhado com ninguém.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Livro 3 - O Retorno da Fênix
FanfictionVoldemort está de volta e não sei como será nosso futuro. Segundo papai tudo está muito parecido como foi na primeira guerra bruxa e assim como daquela vez a Ordem da Fênix precisará agir. Entretanto há outro problema além desse, talvez não tão grav...