O Destino trás o vento (Para lá do Jardim)

Velhos amigos nunca se esquecem

Abri a porta de casa e tentei perceber se a mãe estava visível, pois ela não iria ver o Jeremy de vestido pois claro...
A minha mãe estava na casa de banho do andar de baixo por isso, disse á Beatriz que podia ir rápido se vestir.

De repente tocaram á campainha da nossa porta de casa, e como eu estava perto decidi abrir-la.

"-Quem é?!" perguntei do outro lado da porta
"-Sou eu Wirt!" Espreitei pelo óculo da porta, era o Pai do Greg...

Abri-lhe a porta.

"-A tua mãe não te disse que eu tinha saído do emprego mais cedo?"
"-Não... se queres que te diga ainda nem falei com ela hoje!"
"Hahah, aí está o meu rapaz, sempre ocupado! Se continuares assim tens bom futuro!"

Eu simplesmente odeio o sentido de humor dele.

"Ouvi dizer que tens um amiguinho cá em casa, onde está ele?"
"Lá em cima, ele já deve estar a descer, dentro de momentos."

"Então muito bem eu espero cá em baixo na sala."
De repente a porta da casa de banho abriu-se.

"Oh, querido já chegaste do trabalho?" A minha mãe comprimento-o com um beijo na cara. "Bem eu estou na cozinha a fazer o almoço, Wirt onde deixaste as mercearias?"
"Estão aqui mesmo, mãe." Entreguei-lhe os sacos e o pote de melaço que a Beatriz tinha carregado o caminho todo.

"Obrigada filho, como sempre posso contra contigo!" Ela deu-me um beijo na testa, ainda bem que eu tinha tirado a marca de batom da Sr.Victoria...

A minha mãe foi para a cozinha fazer o almoço e eu e o Pai do Greg ficamos sentados no sofa a falar.

Passado um bocado a Beatriz/Jeremy desceu as escadas e parou na porta da sala para apertar os atacadores, o cabelo Ruivo escuro dela chamava muito a atenção.
Ela levantou-se e ficou a olhar para o pai do Greg por algum tempo até que disse alguma coisa.

"Sr.Patrick?! É voce?!"
Eu não percebi se eles se conheciam ou não, mas, pareciam se conhecer.
"Beatriz?! Oh meu deus estás tão crescida! Ainda era ontem que tu eras uma criancinha que brincava no bosque!'
A Beatriz sentou-se no meio de nós os dois.
"Que estranha coincidência!" Disse ela.
"Como está o teu irmão mais novo?"
"Irmão?! Hahah já somos doze, Sr.Patrick"
"Bem isso é o que posso chamar de uma família grande haha"

Eu estava tão confuso que nem sabia o que dizer.
"Uhm...vocês...conhecem-se?" Decidi arriscar em perguntar mesmo tendo já percebido que sim.

"Então, não?! Conheço esta pequena á muito tempo, parecia ser ontem que eu entrei no desconhecido..."
"O...Senhor...que dizer pai, já esteve no desconhecido?"

"Sim...e posso dizer que foi uma aventura bem vivida, ao contrário de ti meu filho, eu estava sozinho, era primavera mas ainda se conseguia sentir a brisa fria e escura do outono, estava perdido e faminto, devia ter nessa altura, 20 e a Beatriz tinha uns 10 anos e ent-"
Eu interrompi porque algo ali não fazia sentido.

"10?! Como é que isso é possivel, eu pensava que quando tinha estado ela ela tinha 14, como eu!"
"E tinha, totó!"
"Não, me chames isso! Afinal quantos anos tens agora?"
"15..." respondeu
"15?! Mas isso não é matemáticamente possivel! A menos que...o tempo no desconhecido passe duas vezes mais devagar... Mas isso continua a não fazer sentido! Quando eu fui lá tenho quase a certeza que tive a perceção de ter estado lá uma semana ou mais, mas na verdade fiquei umas horas, isso quer dizer que o tempo no desconhecido passa mais rápido!!!!"

"Deixa-me explicar, Wirt, para vocês pessoas fora do desconhecido quando entram no nosso mundo ficam com a imperssão que o tempo acelera, mas na verdade, quanto mais perdidos estão, quando mais rápido passa o tempo, mas quando vocês deixam de estar perdidos o tempo começa a desacelarar, e quando chega ao ponto de parecer que passa ao mesmo tempo que no vosso mundo vocês deixam de estar perdidos e aí voltam para este mundo, percebeste?"

"Mais ou menos...então isto é uma perceção de cultura do desconhecido? Quer dizer que ninguém da nossa espécie pode conhecer bem o Desconhecido?"

"Digamos que sim...acho eu...se vocês saubessem tudo sobre o Desconhecido, deixava de ser desconhecido e passava a ser "Conhecido", não é verdade?" respondeu-me.

"Andem para a mesa vamos, Almoçar!" Chamou a mãe, da sala de jantar.
"Ei, Sr.Patrick, a mãe do Wirt não sabe que eu sou uma rapariga, pensa que sou um rapaz chamado Jeremy, por isso não me chame de Beatriz!" Susurrou ao pai do Greg.
"Entendido!" Respondeu ele.

-------------------------------------------
*Vai haver segunda parte deste capítulo hoje ás 12h*

Este capítulo foi só para conhecer melhor a personagem que é o Pai do Greg, e para dar a conhecer alguma informação, foi tão vazio como batatas sem melaço.

(E, sim eu chamei o pai do Greg de Patrick em homenagem ao criador da série Patrick McHall ^^)

Mary