A Poesia

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"Algo que eu dizia estar perdido,
que nunca mais foi reavido
Talvez tenha assim o destino pertendido,
Talvez tenha assim, o destino escolhido.
Nunca tive nada tão contido,
como a esperança,
como um sonho que foi ardido,
Na escuridão e na paixão.
Algo que nunca poderei dizer não!
será, que é isso que o destino tenha pertendido?
Será?
Será, que me tenha mentido?
Devia ter dito: "Claro assim o farei,
e nunca sua palavra quebrarei"
Mas foi em vão,
Foi tão em vão, que o meu coração,
ficou em casa esquecido,
entre o meu amor perdido.
Talvez nunca tenha tanto sofrido,
Por um simples mal entendido"

Ela fez sinlêncio, e pouco a pouco olhou para mim com os olhos azuis dela.

"Obrigada..."
De repente soou mais um trovão.
Ela reagiu com uma ação de medo.
Ela estava com medo da trovoada, mas eu não me queria meter diretamente...

"Queres, falar sobre o assunto?"
"Não há muito para explicar..só que...isto vem de á muito tempo de quando eu era pequena, talvez seja melhor...contar isto alguém..."

Consegui ver pelos olhos dela o que se passava...
"Há muito tempo...quando eu era pequena, eu brincava muito na casa da minha avó, eu gostava muito dela...mas um dia, na trovoada...a casa pegou fogo e..."
Ela começou a chorar.

"Eu já percebi, não percisas de contar mais nada...eu lamento imenso..."

"Não tens de lamentar nada...só que tu...tu fazes me lembrar a minha avó...A tua maneira de pensar, a tua maneira de ser...e a poesia....Ela gostava muito de poesia, era capaz de ficar dias sem dormir só a escrever-la, depois da extinçao do incendio...eu entrei dentro da casa pela ultima vez mal podia respirar mas tinha de o fazer...pois ela tinha-me dito que caso lhe acontece-se alguma coisa...ela tinha uma caixa para eu recordar sempre dela...e eu sabia onde estava, estando debaixo de uma escada de pedra, eu era muito fraca na altura mas, consegui tirar tudo intacto, pois as chamas não tinham chegado a elas... e Wirt eu quero que fiques com isto..."
Ela tirou um fio de ouro que tinha escondido por dentro do vestido

"Estende a mão" ,eu estendi "Fica com ele...eu quero que tu fiques...é para que se nós não nos voltarmos a ver...eu quero que guardes esta pequena recordação minha...quero que nunca desistas dos teus sonhos...quero que continues a ser a pessoa que és!"

"Beatriz eu não sei...o que dizer..."
Ela limpou as lágrimas no lenço e devolveu-mo.
"Não fica com ele...eu sei que não é tão sentimental mas é o meu lenço favorito....e tambem me foi oferecido por alguem que já não está cá..."

Ficamos ali a olhar um para o outro a pensar no que dizer...

"Meninos para a mesa!" A minha mãe olhou para a sala de jantar… "Oh, já que estão aí...podiam me por a mesa?"
"Ah...sim claro mãe!"
"Obrigada filho!"

Guardei o colar mo meu bolso da frente das calças, no que eu costumava guardar o lenço.

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A poesia foi escrita por mim, por favor comentem o que acham!

Mary

O Destino trás o vento      (Para lá do Jardim)Onde histórias criam vida. Descubra agora