Capítulo 04(Revisado)

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- Esta pronto?

Anthony está sentado na cama, parece ansioso. Ele Sorri para a porta do quarto.

- Você está cheirosa. - Ele guarda uma paixonite por mim.

- Obrigado. Agora vamos descer, fiquei sabendo que seu irmão já está a caminho.

- Ele já chegou. - Anthony fica tenso.--E não quis me ver.

Pego na mão dele e começamos a caminhar. Como ele, fiquei tensa, mas mantenho o porte de dama, assim como a Princesa me ensinou.

Mal chego na escadaria e me deparo com o salão cheio de pessoas, na grande maioria desconhecidas.
Desço a escadaria de mármore ao som de uma música erudita.

-Você está muito bonita. - Conde Robert aparece atrás de mim.

Eu escolhi um vestido simples. Como o palácio, todos temos que vestir modelos antigos, principalmente em festas. Por essas motivo, peguei um vestido vinho cumprido, modelo sereia.

- Obrigado Conde, o Senhor também. - Sorrio para ele.

- Você pode me levar até o piano? -Anthony aperta meu braço.

- Claro querido.- Olho para o Conde que já estava Sorrindo para mim. --Licença.

- Ele gosta de você.

- Quem?- Paro no meio do salão.

- Meu pai. Ele falou muito bem de você para o Mathew, e ele prometeu agradecer você pessoalmente , e quem sabe dançar.- Anthony Sorri.- Agora que já falei vou tocar um pouco.

Deixo Anthony no piano e saio ao encontro da minha amiga. Victória está num canto do salão, esta vestida de preto,e tem um olhar engraçado.

- Matou alguém? - Chego perto e ela se assusta.

- Não! Claro que não.- Ela ela começa a cochichar.- Eu estava aqui quando eles chegaram.

- Sim, o que aconteceu?- Chego mais perto.

- O filho do Conde é calado, eu diria tímido. Mas ele tem um amigo, Filliph, ele é um gato.

- E?

- E ele mal me viu e já me chamou para sair,até me ajudou a acabar de arrumar as coisas.

- Vi, você tem que tirar da sua cabeça esse medo, nem todos os homens são iguais, claro que não pode sair com qualquer um, mas observa ele, e tira suas conclusões com calma, as vezes ele só estava sendo educado.- Pego na mão dela e sinto que está tremendo.

- Vou tentar.- Ela olha para a porta e arregala os olhos. - Eles chegaram.

Todos na sala fazem silêncio, caminho para uma brecha aberta entre a multidão, e vejo entrar três homens.

O primeiro só pode ser o Filliph, sorridente, olhos verdes e uma cabeleira loira quase ruiva. O segundo é um pouco mais alto, deve ter quarenta anos, um pouco sério.

Mas o terceiro, Mathew, tem os olhos azuis, profundos como os da mãe, é mais alto que todos, tem o porte do pai. Forte, reto, cabelos negros, eu não diria tímido. Ele parece introspectivo, não olha para os lados.

Os dois primeiros sorriem para todos, e ele fica para trás carrancudo. Dou um passo para frente, e como se ele sentisse, para e me olha. E fixa o olhar em mim, sem expressão, só não pisca, nem se move, até que Filliph volta e puxa-o pelo braço. Então volto em mim.

- Eu vi.- Victória me assusta.- Vocês dois, rolou uma química.- Ela ri alto e chama a atenção das pessoas.

- Você está vendo coisa.- Disfarço andando na frente.- Agora temos pessoas à cortejar, e você como representante real deveria estar por aí. - Me viro e encaro minha amiga.

- Sério? - Ela cruza os braços,- Então vamos começar.

Victória sai me puxando pelo salão, esbarramos nas pessoas. Ela me puxa com tanta força que nem consigo pensar direito.

O salão é feito de vidro, de forma tão sublime que de longe parece um diamante gigante. Gostava de tocar no piano negro, quando a princesa ainda tinha forças de tocar, ele ficava no meio do salão. Agora porém, fica escondido no canto mais escuro.

- Boa noite.- Victória para e praticamente me joga na frente.--Espero que estejam gostando da festa.

Ela me joga bem no meio do covil das cobras, tento me afastar sem ser indelicada, mas ela me empurrava com a mão.

- Esta tudo muito bonito.- Filliph Sorri para ela de forma conspiratória.

- Obrigado.- Sorrio para ele.- Vem de onde?- Quebro o silêncio.

- Inglaterra.- O mais velho praticamente gritou.- Eu sou David, primo do Mathew.- Aponta para ele.--Nós vamos passar uns tempos aqui, e depois....

Todos viramos ao ouvir o Mathew limpar a garganta e olhar sério para o primo.

- Quem quer bebida?- Victória salva a noite.- Nós vamos buscar.

Fui puxada para a cozinha, ou o que seria, se não estivesse tão cheia.

- Eu tinha que sair, quase morro sufocada. O clima ficou tenso.- Victória respira fundo, coisa que ela só faz quando está se sentindo pressionada.

- Não sei, acho ele muito calado. Nem olhou para nós duas.- Não sei porque, mas isso me deixou pasma.

- Seja como for, achei o Filliph um anjo.- Ela pega umas taças e me entrega.- Agora vamos voltar, se não vão desconfiar.

Espero ela sair e saio atrás, mas perco ela de vista e acabo dando a volta. Passo pelo Conde, que está encurralado num canto tentando cumprimentar a todos, e chego por trás. Mathew fala alguma coisa e ri,mas Filliph muda de assunto:

- Viram como é linda a Victória, tão simpática.

- Sim, linda,mas fala de mais.-Mathew cruza os braços.

- Gostei da amiga dela, como se chama mesmo?-David pergunta.

- Susan.- Filiph Sorri.

- Sim, Susan. Tão nobre, educada, movimentos leves, linda afeições fortes.- David fala alto de mais.

- Não achei. Já convivi com mulheres mais belas e inteligentes.-Mathew ficou tenso.- O que faz dela Meramente Aceitável.

David me vê e sorri, não tenho vontade de ir até lá, mas Victória que já estava atrás de mim, me empurra de novo.

- Bom rapazes, gostaria de passar a noite aqui com vocês, mas estou cansada, passei o dia cuidando dos preparativos da festa para o Príncipe.-Deixo o orgulho falar por mim.

- Achei que talvez aceitasse dançar comigo?- David faz cara de triste.

- Você certamente encontrará moças belas aqui.- Olho para o Mathew.

- Me defina beleza Senhorita.-Mathew me encara.

- Beleza. - Finjo pensar, quando já sei Sei resposta.- A beleza é uma questão cultural, e logicamente pessoal,muitas vezes o que é belo para mim, é meramente aceitavel para você. - Sorrio.- Deve saber que existe maneiras de enxergar as diferentes formas de beleza!?

Filliph e David ficaram mudos, e minha amiga Sorri, ela sabe ser sarcástica.

- Então deve me ensinar, porque até hoje não sei. - Mathew fica sério.

- Conversar, ou até mesmo dançar. Essa a melhor maneira de se conhecer alguém. Não deve tirar suas conclusões antes.

Me ensinaram que não devemos esperar respostas tolas. Então peço licença para poder ir para casa, e deixo Mathew de boca aberta...

O Príncipe e Eu. DEGUSTAÇÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora