Capitulo 6: O primeiro contato!

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Quando entendi, que agora eu estava nas mãos de Deus, tudo foi se encaixando. Senti medo de início, porque a medida que minha relação com Deus ficava mais séria, minha nova relação de amor, também ficava. Conheci meu marido! E que contato. Nós nos apaixonamos. E nos apaixonávamos mais por Deus! Porque realmente Deus arranjou tudo.
Não tínhamos nada material, mas tínhamos Deus e muita vontade de estarmos juntos. Eu e ele desempregados, mas nunca nos faltou nada.
Foi a primeira vez que senti uma forte presença. Era outubro. As chuvas começavam a despontar na cidade. Numa mesma manhã, encontramos onde dormir e morar; sem dinheiro, mas como disse anteriormente: Deus arranjou tudo, desde o início.
Não havia nada demais. Era simples, mas seria nosso. Com a certeza de que vamos ficar juntos.
Foi quando comecei a ter vontade de buscar a Deus. Uma vontade desenfreada. Nunca! Repito: NUNCA, havia sentido algo tão forte quanto essa vontade. Eu literalmente senti sede de Deus.
Digo a vocês leitores, se vocês estiverem nesta etapa da busca, não privem os seus sentidos. Busquem com toda a força do coração de vocês.
Eu comecei pela Bíblia. Meu Deus o que era todo aquele sentimento???
Antes eu lia a Bíblia, mas não conseguia entender absolutamente nada. É lógico que não era difícil, mas me faltava entendimento. Ficava boba de ver quando os pastores e ministradores falavam da Palavra de Deus!
Meu marido também sentia essa necessidade de busca. Ele já tinha algum contato. Nascemos em berço católicos, tanto eu quanto ele. Mas pra ele havia um significado diferente. Por muito pouco, não havia se tornado padre. Eu, por pura falta de conhecimento, não conseguia entender. Hoje eu sei, que só com a ajuda do Espírito Santo é que encontramos a verdadeira Palavra de Deus!
Então foi o meu primeiro contato, o livro de Salmos. Já gostava dele mesmo. Então uni do útil ao agradável!
Nesta época minha família havia recebido uma notícia bombástica: minha mãe havia descoberto um câncer no intestino. E teria que retirar uma parte do intestino e faria uma colostomia (é um tipo de abertura no abdômen, onde sairia suas fezes; neste caso se usa um material próprio - como um depósito - para que não fique exposto).
Aquela notícia havia mexido com todos nós. Minha mãe não aceitava e nós sentimos o medo de perdê-la. Foi então que minha busca por Deus aumentou.
Comecei a ler o livro de Salmos para minha mãe. Todos os dias líamos um ou até cinco Salmos diferentes. Nos fazia muito bem, já que precisávamos buscar também a ter fé neste momento.
Nunca fomos muito amigas, não conseguia entendê-la. Achava que ela não me amava, mas, hoje sei que foi Deus que fez eu me aproximar dela.
Ela fez a cirurgia em Dezembro, e diga-se de passagem, foi um sucesso apesar da grande quantidade de órgãos que acabaram descobrindo a metástase do câncer. E mais impressionante foi sua recuperação. Parecia que não havia feito uma cirurgia tão perigosa a tão poucos dias.
Dado isto, a minha vontade de buscar a Deus só aumentava cada vez mais. Comecei a procurar em outros livros da Bíblia: Ester, Daniel, Gênesis, Êxodo, Deuteronômio... Não segui uma linha, ia lendo o livro todo ou partes, não queria ler a Bíblia de Gênesis a Apocalipse. Mas sempre fui assim, ir por etapas. Cada um faz como mais lhe agrade. E assim me agradava muito.
Em janeiro do ano seguinte, 2010, ainda na busca por Deus, mas ainda me utilizando da Bíblia, uma pessoa próxima à mim, nos convidou a irmos em um culto, numa igreja evangélica. Haviam os cultos de quinta-feira, em busca de prosperidade - ja que nós dois estávamos desempregados, realmente precisávamos mais de Deus, para abrir as portas, que na ocasião se encontravam trancadas.
Então marcamos de irmos os três juntos, para começarmos a fazer a campanha do Deus provedor.
Foi o primeiro contato! Chegamos bem antes de começar, por ocasião das chuvas. Quando começaram a entoar os louvores, senti algo mais forte do que qualquer coisa que havia sentido: e em seguida uma forte vontade de chorar. Mas não era um choro qualquer, algo muito forte. Parecia que lavaria a minha alma e toda aquela culpa que poderia estar sentido por meu antigo relacionamento ter acabado. Sim! Foi meu primeiro contato com o Espírito Santo. Eu havia sido ungida e batizada por Ele. Naquele mesmo dia, naquela primeira visita, senti tudo
isso. Chorei o Culto todo! Como explicar tudo aquilo. Olhem bem, HOJE sei o que aconteceu comigo, depois de muita busca e pesquisa. Mas naquela ocasião, não fazia ideia. Só sei que queria sentir aquilo pra sempre. E queria ir todos os dias, mas por causa da distância e da falta de dinheiro na época, estipulei ir pelo menos todas as quintas-feira.
Me senti em casa como a muito tempo não sentia. Revigorada. Amada. E a fé começava a sair do papel, para se tornar algo real e verdadeiro em minha vida.
Só farei uma pequena ressalva aqui! Antes disso, eu e meu marido naquele momento éramos contra evangélicos. Por inúmeras razões, porém todas vazias, tínhamos um certo preconceito contra "eles". Mas nunca tinha sentido o Primeiro Amor. Então comecei a amá-los. E glórias a Deus por isso!

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