Letters to Mel (Sequel to Harry)

4º Capitulo.

Tenho sentido esta dor no peito cada vez mais.

Desde o funeral que não saiu de casa e vejo que isso está a preocupar a minha mãe. A esta altura do ano, toda a gente está à procura de faculdades e de novos empregos para o futuro, e eu não sei bem o que ei de fazer.

A Kaytlin e o Mike têm me vindo visitar, e até ofereceram-se para me ajudar com a coisa das faculdades. Mas recusei.

Neste momento não consigo pensar em nada. Passo os dias na minha cama, quase não como, e passo grande parte do tempo a olhar para o diário. Sei que isto está a deixar-me pior, e que enquanto não deixar a dor entrar não vou conseguir superar isto, mas não estou pronto para aceitar que a perdi para sempre, não consigo.

A minha mãe teve de vir acordar-me depois do pesadelo desta noite, sobre o acidente. Ela diz que eu não conseguia parar de gritar, e acordei completamente transpirado. Ela tentou falar comigo sobre isso, mas eu não consigo na verdade. Quero acumular a dor, quero passar por isto sozinho, e sei que no funeral pensei que tinha de falar para ajudar-nos a todos, mas essa não é bem a verdade.

O Mike vai para uma faculdade no norte do país, e a Kaytlin vai para Londres. O Niall está a tentar arranjar emprego numa oficina, e bem, a jen não falei com ela sobre isso. Ela só me pediu desculpa no funeral, assim como eu lhe pedi.

Todos eles estão a seguir em frente, e eu não consigo. Não estou a conseguir viver num mundo sem ti, e isso está a deixar-me louco. Mas não posso falar com eles sobre isso, porque eu tenho de conseguir seguir em frente sozinho.

O meu pai convidou para ir para a América na verdade. Ainda não sei.

Sempre pensei em ir de viagem depois da escola, não sei. Os meus pais têm algum dinheiro guardado para mim, sempre quis ir pela Europa, numa tentativa de descobrir onde eu pertencia. E bem, desde que eu e a Mel ficámos juntos, eu sempre pensei que esta era a cidade a que ambos pertencíamos. Que podíamos ter uma vida juntos. E nunca realmente pensei em fazer novas viagens sem ser com ela, então agora não sei o que fazer, ou pensar.

Quero realmente fazer algo de especial, para honrá-la. Quero mudar o mundo, mesmo que o mundo não consiga ver o quanto mudou sem ela. Mas ainda tenho de descobrir o quê.

E então sinto uma enorme dor no peito. Começa a arder, a arder imenso. A minha cabeça está a estalar, e já não consigo ver a imagem do meu quarto, ou do diário, ou de nada. O meu corpo nao se consegue mexer, e um clarão branco aparece, ficando tudo preto depois.

Não me lembro realmente do que aconteceu a seguir. Devem ter passado horas, ou dias, eu não sei. Não lembro de nada. Sei que tudo esteve escuro por um momento. E que não conseguia destingir o falso, da realidade.

Lembro-me de sentir algo na minha cabeça, e de sentir algo na boca. Algo de plástico.Consigo perceber que a minha cabeça doí, mas que a dor no peito desapareceu. As minhas mãos estão ligadas a algo, e espero um pouco antes de abrir os olhos.

Vejo alguém ao meu lado. Estou de volta ao maldito hospital onde acordei, e sinto-me tonto com o cheiro a medicamentos.

- Hm... eu sei que é o senhor que é o médico, mas é normal um morto começar a abrir os olhos? - Consigo reconhecer a voz do rapaz, e consigo ver também alguém ao seu lado.

Começo a engasgar-me, e entro em pânico quando um pouco de sangue caí.

 - Por favor tenha calma senhor styles - Estou neste momento em pânico por lembrar-me do momento em que acordei depois do acidente. Parece que tudo está a repetir-se, e penso que é mais um dos pesadelos que tenho tido.

Vejo dois enfermeiros a agarrarem-me enquanto tento sair da cama, e quando um me dá uma injecção, fecho os meus olhos e caiu para trás.

Desta vez o cenário escuro dura menos, e começo a abrir os olhos. O quarto de hospital é igualzinho a que estive depois do acidente. Lembro-me do vaso ao canto, e do armário de madeira. Não me lembro é de ver a pessoa ao meu lado no dia em que acordei.

- Então Harry, isso é que foi uma sesta não? - Louis disse no que pareceu um tom chateado e de brincadeira ao mesmo tempo. Ele tinha o ténis em cima da cama, e estava sentado na cadeira ao lado com as pernas cruzadas, enquanto brincava com um cigarro.

- O que aconteceu Louis?

- Isso pergunto-te eu filho da mãe, já pensava que tinhas morrido e me ias deixar sozinho, idiota. - eu ri-me e  sentei-me na cama, apesar de estar bastante confuso.

__________________________________________________________________________________

Eu avisei que sou imprevisível. E que iam haver surpresas. Tudo vai ser explicado em breve ! Acho melhor começarem a repensar nas vossas perguntas para o video ahaha.

Boraaaa quero ver votos e comentários para outro capitulo hoje! O que acham que vai acontecer? Vá lá meninas, os números desceram um pouco, quero ver toda a gente a comentar e a votar!!

p.s Nós precisamos de um Louis na vida. Ele vai ser muito importante para esta temporada!