9º capitulo.

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( Não sei se alguém ainda estará aqui para ler isto, mas sem mais demoras..

  Nota no fim do capitulo.)

A primeira coisa que tinha de fazer quando cheguei a Londres era ir ver o tal apartamento que estava a pensar em comprar. Era algo pequeno, com dois quartos, dava ainda para uma sala e uma cozinha, e era perfeito para começar. Tinha junto algum dinheiro e com o resto que eu ganha-se poderia pagá-lo, mas o importante era começar de algum lado.

O plano começou por correr mal assim que cheguei ao apartamento. Nas fotos parecia mais limpo e sem qualquer falha, para não falar que era mais pequeno do que nas fotos. As paredes eram um amarelo sujo, com filtros de água a descer pelas paredes e o chão estava completamente gasto. Louis diz ter visto pelo menos um rato a correr e de facto, era difícil pensar o que não viveria ali.

Depois do apartamento, decidimos ir para o bar de Louis. Já era tarde e no dia seguinte iria ter a tal entrevista, apesar de não estar nada positivo em relação a como iria correr depois disto do apartamento. Só havíamos tido percalços desde que começamos a viagem e apesar do meu entusiasmo inicial, ainda estava tudo uma confusão.

Kaytlin acabou por ir para o seu dormitório quando Louis e eu já estávamos no bar.

" A esta hora da noite, ninguém abre o bar?" Eu disse depois de pousar as malas no chão.

O bar era um espaço grande e à base de madeira rústica. Tinha duas mesas de bilhar, matraquilhos e dardos como animação das noites. O grande balcão era  feito da mesma madeira que as mesas pequenas à sua volta e o chão tinha um padrão engraçado.

Vamos admitir, quem olharia para o Louis nunca viria a pensar que ele é um tipo ambicioso quanto a alguma coisa. E era difícil acreditar que ele tinha mesmo mandado construir aquele bar pelas suas próprias ideias.

" Polly? Onde andas? " Ele gritou e começou a tirar as cadeiras de cima das mesas.

Uma rapariga morena com umas calças largas e uma camisola branca apareceu vinda de uma porta das traseiras verde.

" Até que enfim Louis. Por onde raio andaste?" Ela estava claramente chateada.

" Um homem de negócios como eu, anda sempre ocupado. " Ele riu-se e aproximou-se dela para dar lhe um beijo, mas ela empurrou-o.

" Imagino esses negócios. " ela revirou os olhos e começou a limpar as mesas.

" Onde anda o Paul?" Ela colocou uma mão na sua cintura e inclinou-a para o lado.

" Achas que eu sei? Também saiu ontem à noite e ainda não voltou. Tive de trabalhar sozinha até fechar e .." Louis começou a imitá-la a falar e a fazer gestos com as mãos " Ainda me vão dar valor um dia quando já não estiver aqui " ele fez o gesto com os lábios ao mesmo tempo que ela soltando uma gargalhada depois e levando um carolo dela logo a seguir.

" Então abres isto às 22? " A rapariga foi para dentro sem responder e Louis olhou para mim " Ela quer-me tanto. " Ele agarrou numa das minhas malas e subimos por umas escadas ao fundo da sala.

Eram umas escadas pretas em caracol e no fundo delas havia uma porta preta também. Ele retirou uma chave pequena do bolso, abrindo a porta e revelando uma casa consideravelmente grande. Entrei atrás dele e ele levou-me à única divisão que era fechada, que se encontrava também atrás de uma porta verde. O quarto tinha uma janela, duas prateleiras e uma cama pequena perfeitamente feita.

" Ficas aqui e vamos ser colegas de casa " ele começou a dar-me pequenos murros no braço " Bem vindo à minha humilde casa!"

" Como é que tens dinheiro para isto tudo? " Eu olhei para ele incrédulo " Este piso é quase o mesmo tamanho que o do bar. "

Letters to Mel (Sequel to Harry)Onde histórias criam vida. Descubra agora