Capitulo 3*

401 38 0
                                    

Boa Leitura amores...

8-) <3


GABRIEL

Estou a uma semana esperando ansioso por notícias de Bryan sobre minha filha e me sinto com o coração apertado e quebrado. Quando meu pai me contou no seu leito de hospital que inventou a história que a gravidez de Célia era de Teodoro e que só fez isso por que me amava e tinha que me proteger, eu me senti destruído, com raiva dele e de mim por me deixar ser iludido e ter expulsado a mulher da minha vida e, ainda por cima, grávida de um filho meu. Ele tirou de mim a razão da minha vida.

Quando minha mãe veio me apresentar a filha da empregada na minha casa da árvore, eu tinha apenas sete anos e ela cinco. Fiquei pensando em porque eu teria que brincar com uma menina que só deveria pensar em bonecas e brincar de casinha. Mas, quando a vi vindo de mãos dadas com mamãe, me vi encantado pela menina com seus cabelos castanhos amarrados no alto da cabeça, que me fizeram lembrar a crista do meu cavalo Trovão que tínhamos na fazenda do meu pai. Ela tinha os olhos mais azuis do que o céu e parecia um anjo. Pensei comigo mesmo, enquanto minha mãe se aproximava mais da minha casa da árvore.

– Olá, querido, eu queria te apresentar a Célia. Ela é filha da Tereza, a nossa nova empregada. Que tal você mostrar seus brinquedos e sua casa na árvore?

– Tudo bem, mamãe.

Eu sempre fazia o que meus pais mandavam. Meu pai sempre foi muito controlador com tudo, sempre foi um homem sério e vivia nervoso. Minha mãe era a calma em pessoa e vivia tentando acalmar as situações. Meu pai dizia que ela poderia encantar qualquer um com seu sorriso e eu concordava.

– Oi, você quer conhecer minha casa e ver minha coleção de figurinhas? — falei olhando para Célia, que me olhava com seus grandes olhos azuis um pouco assustados.

– Tudo bem.

Ela parecia um pouco insegura, deve ser normal, minha casa é muito grande e intimidadora.

Depois que mostrei minha coleção de figurinhas e meus brinquedos, Célia se soltara mais e conseguimos nos divertir muito juntos. Depois daquele dia, nos tornamos melhores amigos junto com Teodoro, meu outro amigo que conheci quando seu tio Paulo veio trabalhar como motorista para o meu pai.

Anos se passaram e fomos crescendo juntos, brincando pela casa e, de vez em quando, conseguíamos escapar com Paulo para o lago onde ele pescava enquanto nadávamos. Eu sempre observava Célia e o modo como ela sorria com as coisas simples que via. Ela adorava os sons dos pássaros e gostava de soprar aquelas plantinhas branquinhas que voavam quando soprávamos. Eu sabia que a amava e que ela seria minha namorada quando eu fosse um grande advogado, como meu pai.

Em uma tarde, quando tínhamos dez anos e estávamos na nossa casa da árvore, eu perguntei a Célia se ela queria ser minha namorada e ela me surpreendeu me abraçando e dizendo que era o que ela mais queria. Então, depois de deixarmos claro que ela seria minha namorada e quando tivéssemos trinta anos nos casaríamos, selamos nosso acordo com um beijo na boca. E eu senti como se tivesse borboletas na barriga.

Sempre brincávamos na casa da árvore e no lago. Às vezes, Teo se juntava a nós nas brincadeiras. Assim foi nossa infância, crescemos juntos vendo cada um se desenvolver. Eu e Célia sempre terminávamos nossa noite juntos com um beijo e com um "boa noite".

Em meu aniversário de dezessete anos, eu e Célia estávamos no nosso ninho, na casa da árvore, fazendo nossos planos para a faculdade: ela queria estudar música e eu iria fazer direito como meu pai, quando ela levantou, se apoiando em seu cotovelo e me beijou. Eu sempre sentia essa sensação, como se tivesse um monte de borboletas voando em minha barriga quando nos beijávamos e nos tocávamos. Eu a amava cada dia mais e ela a mim.

Mentira ExplosivaOnde histórias criam vida. Descubra agora