o5. sadness and happiness, the perfect mix at the right time

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Estão prontas? Espero realmente que gostem! Tenham uma ótima leitura xx

Louis estava chorando.

O pequeno menino se encarava no extenso espelho do banheiro, examinava cada mínima parte de seu corpo agora tão magro. As marcas das costelas bem desenhadas sob a fina camada de pele, a cintura fina que dava início a barriga magra e a tez antes beijada pelo sol agora era demasiadamente pálida.

Seu rosto bem desenhado que antes era coberto pelos vários pêlos desordenados de sua rala barba mal feita (barba a qual ele tanto adorava), agora, era livre de qualquer penugem, o que lhe proporcionava um contorno da face delicado e infantil. A fundura nas bochechas era presente e os fios restantes em sua sobrancelha e cílios eram ralos, deixando-o, literalmente, parecido com uma pessoa doente.

O pior era que ele realmente estava doente, mas a última coisa da qual ele queria ser lembrado era disso. Ser lembrado de que estava morrendo aos poucos, e que tão obviamente todos já se preparavam por esse dia, que poderia chegar tão rapidamente.

O menino passou as pequenas mãos sobre a barriga lisa, e mais algumas grossas lágrimas escorreram. Ele estava tão magro.

Varreu os olhos até seu rosto novamente e encarou pelo espelho as grandes esferas de azul acinzentado, acompanhadas de escleras avermelhadas por conta do choro recente e grandes bolsas roxeadas sob os mesmos, o que apenas piorou, já que mais grossas lágrimas desceram por ali. Encarou seu cabelo, ou o que restava do que ele um dia chamou de cabelo. Os fios curtos que haviam sobrado ali, agora se soltavam com apenas um passar de mão. O que lhe resultava em várias falhas visíveis. E mais uma lágrima escorreu.

O menino suspirou trêmulo e ouviu algumas batidas leves ecoando por seu quarto. Saiu do banheiro e caminhou até a larga porta de madeira envernizada.

- Doce? - A voz suave de Margareth chiou abafada. - Sua família acabou de chegar.

Louis suspirou e passou os dedinhos nos olhos, pensou no que faria.

- Diga que eu não estou disposto agora, Maggie, por favor. - Respondeu piedoso.

A mulher de meia idade suspirou do lado de fora. Louis não saía do quarto fariam exatos dez dias, e nem mesmo Harry tinha a permissão de adentrar o cômodo. Ele não queria que ninguém o visse daquela forma.

- Tudo bem, irei avisar.

E com isso o barulho dos saltos de Margareth contra o assoalho se fizeram presente enquanto a mesma se afastava lentamente.

Faziam três semanas desde a segunda quimioterapia do menino, e hoje seria o dia de sua terceira sessão, mas por conta de sua imunidade baixa a oncologista pediu para que o rapaz fizesse a terceira no outro final de semana.

Durante a primeira semana após a segunda quimioterapia, Louis não ficou tão mal quanto na primeira vez que realizou a injeção das drogas, e isso ajudou bastante quando os dois rapazes passaram a fazer todas as entrevistas e ceder todos os documentos necessários para a adoção de suas futuras crianças.

Louis queria um casal, e havia deixado isso bem claro para Harry, que nada fez além de concordar com as vontades do menor. O quarto das crianças já estava sendo organizado e a assistente social Jocelyn estava acompanhando todo o desenvolvimento do casal durante este tempo.

Com o fim da semana, Jocelyn concluiu a análise devida sobre a estrutura familiar e psicológica do casal, assim, finalmente, dando a eles a permissão de visitar o centro adotivo.

Os rapazes lhe afirmaram que fariam isso apenas no início do próximo mês, depois de duas semanas, pois tinham que terminar a organização da casa para se tornar um ambiente receptivo para as crianças e terminar também a decoração do quarto das mesmas. Jocelyn apenas concordou e agendou a visita ao centro no dia que os rapazes afirmaram que já estaria tudo pronto.

Proofs Of Love ➾ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora