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1. Esta História faz parte de outra história postada no Wattpad "A Realeza". Se há alguém que queira ler, fique a vontade para encontrá-la na minha conta. 2. A Esperança será narrada APENAS pelo Príncipe Pedro, haverá poucos capítulos e será atualizada uma vez por semana. 3. Agradeço a quem votou e comentou em A Realeza. Esta história é para vocês ;)
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DEIXEI A SALA de reunião após alguns minutos que todos já haviam saído. Até mesmo meu pai não estava mais por lá. Ele foi o primeiro a sair depois da decisão que tomou ao lado dos conselheiros.
Marieta estava em meu quarto, a arrumar algumas roupas com duas empregadas. Aquela senhora estava na minha família há anos e tornou-se minha segunda mãe. Ela sorriu quando me viu. A usar aquele uniforme como todos os funcionários, ela era a senhora mais gentil que eu conhecia.
- Menino Pedro, já terminamos por hoje, qualquer coisa podes me chamar. Mas não desejas comer algo, estás tão abatido? - Marieta comentou preocupada.
Quando viemos para a corte, treze anos atrás, Marieta era apenas minha cuidadora ao lado do falecido Sr. Dimas. Com o meu crescimento, ela perdeu sua função e meus irmãos tinham seus próprios cuidadores. Eu me recusei a deixa-la ir embora e a deixei no palácio para ficar ao meu lado. Eu amava aquela senhora.
- Estou bem. Vou descansar antes do jantar.
Ela concordou e junto com as outras empregadas, foi embora. Eu me apoiei na janela maior de meu quarto e olhei para fora, onde o sol estava a se por, a deixar um laranja belo e quente no jardim do palácio. Vejo minha irmã a correr entre as árvores, acompanhada por nossa prima Bonnie e seguidas pelas cuidadoras.
Consigo ver a mim e meu irmão a correr naquele mesmo lugar, quando eu tinha apenas seis anos e não tinha em meus ombros as consequências de ser o primogênito de nosso pai.
Eu me desvio das lembranças quando as portas de meu quarto são quase derrubadas com a entrada de minha mãe a parecer um furacão.
- Oh, Pedro. Teu pai está louco! Eu não posso acreditar nisto! – ela gritou – É uma péssima ideia, não podes aceitar isso!
Olho para a rainha e ela é tão bela e elegante, que quase não posso acreditar que está dessa forma: furiosa e assustada. Todos dizem que minha mãe e eu somos muito parecidos, temos os cabelos louros e olhos azuis. Ela tem o nariz arrebitado e o rosto corado. Chega a ser angelical e era desta forma que eu a via: como um anjo. Mamãe era jovem quando casou-se com papai e eu nasci quando ela tinha apenas 21 anos de idade. Ela é dócil, carinhosa e prestativa. Era também humilde e nosso país a amava por isso. Infelizmente, vovó Carlota não gostava de mamãe, mas minha mãe nunca ligou para isso, porque sua dedicação era ao marido, aos filhos e a Portugal. Eu a amava por isso, ela era forte e destemida.
