Na travessa do tranco

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Quando o noitibus andante estacionou ao lado do Calderão Furado, Tio Valter, Duda e Tia Petúnia ainda tremiam.
- Chegamos! - disse Harry, divertido em ver a cara dos parentes, regozijando-se por ter tido a idéia de fazê-los sofrer introduzindo-os no mundo bruxo.

- A minha condição é que vocês me acompanhem em todos os lugares bruxos até eu ir para Hogwarts. Se fizerem isso, eu lhes darei 100 mil libras esterlinas.

Ao ouvirem o som do dinheiro, Tio Valter e Tia Petúnia concordaram com o desafio, mas agora começavam a pensar se fora a coisa mais esperta a se fazer.
- Chegamos! - Harry repetiu.
Levou alguns segundos para Tio Valter descer, com os seus 195 quilos, do ônibus, mas quando enfim pisou o chão ficou mais tranqüilo. Duda, Petúnia e Harry desceram em seguida.
- É aqui! - Harry apontou para o bar que escondia o beco diagonal com muito orgulho. Fora muito feliz aqui. Passara alguns dias ao lado de Rony e Hermione naquele lugar que emanava um cheiro de bruxaria e magia.
- Aqui? - Tio Valter apontou incrédulo para o bar, não achava que ali poderia ser a sede do banco dos bruxos, embora não esperasse muito luxo por parte "daquela gente".
- Sim, aqui sim, sigam-me.
Harry entrou no bar acompanhado pelos tios e Duda. Pensou se poderia perder algum tempo ali para pedir uma cerveja amanteigada, mas decidiu seguir em frente, afinal, tinha muitas coisas para fazer.
- É O HARRY! - Gritou uma mulher de uma mesa apontando para eles, e um segundo depois, uma multidão de bruxos circundou Harry e os parentes.
- Harry Potter, o nosso herói!
- Matou Voldemort, é o nosso herói!
Alguns cumprimentaram também os tios de Harry.
- É uma grande honra poder acompanhar o grande "HARRY POTTER" - um deles falou para Tio Valter, mas esse torceu o nariz, contrariado.
- Certo, certo, gente! Muito obrigada pela recepção calorosa, mas eu preciso seguir.
Harry seguiu, puxando pelos tios, mas quando passava pelo balcão, Tom, abriu o sorriso desdentado para ele.
- Quer um drink especial, Sr. Potter? Por conta da casa?
- Agora não, Tom! - Harry sorriu ao ver a cara de espanto na cara dos tios. Já estava quase chegando a porta do fundo do bar, quando Fudge alcançou-o.
- Harry! Quero dizer, sr. Potter! Que bom vê-lo!
- Bom ver o senhor também, sr. Fudge! - Harry disse, lembrando-o de não chamá-lo por Ministro.
- Então, já soube? - perguntou Cornelius - É verdade, eu fui substituído no Ministério, mas não vai gostar de saber quem vai assumir o Ministério no próximo mês?
Harry havia lido no Profeta Diário que Fudge fora deposto do cargo, mas não dizia nada sobre quem o substituiria.
- Pode ser alguém pior? - disse Harry, cético, mas o ex-ministro fingiu não notar.
- Victor Krum! Aquele fedelho metido a jogador. Victor Krum será o novo ministro da Magia.
- Krum? - perguntou Harry, perplexo - É realmente uma surpresa.
- Sim, sim, sim... um despeito! Nem Inglês ele é, veja só...
- Bom... de qualquer forma, eu preciso ir... - disse Harry, deixando Fudge reclamando para trás.
- Aquele homem era o ministro da Magia? - tio Valter perguntou, enquanto Harry abria a porta dos fundos para a muralha que dava para o beco diagonal.
- Sr. Potter! Harry Potter, o grande homem! - disse um homem muito velho levantando-se de uma cadeira velha à um canto e ajoelhando-se na frente de Harry para beijar-lhe a mão....
- É uma grande honra poder enfim conhecer o senhor! - disse o idoso.
- Por favor, levante-se! - disse Harry sem jeito. - Eu não fiz nada para ser adorado desta maneira.
- Claro que fez, senhor! Minha amada esposa foi morta por aquele monstro. O senhor nos libertou... libertou a todos... o prêmio de 50 mil galeões que o ministério concedeu foi pouco diante de sua grandeza, senhor...
"Ai", Harry pensou, mas era tarde.
- 50 mil galeões, o senhor disse? - perguntou Tio Valter, o brilho de interesse voltando a reluzir os olhos. - Isto parece ser bastante. Quando será que dá em libras esterlinas?
- Não...- Harry tentou retrucar...
- Ora.... se não estou enganado dá meio milhão. - disse o homem, sorrindo ao pensar que estava sendo prestativo. "Que droga", pensou Harry, encomodado."Tudo bem, meio milhão não é nada, Tio Valter ainda não sabe quanto eu..." - Mas é claro que a fortuna de Potter está avaliada em um milhão e meio, juntando a fortuna dos Potters e dos Blacks. - o homem velho terminou a frase.
"Pronto! Era tudo o que eu queria", pensou Harry, irritado.
- Precisamos ir, está bem! - Harry disse e o homem idoso beijou sua mão novamente e se retirou.
- Ora, ora, ora, Harry! Cem mil libras esterlinas é muito pouco para se dar aos tios que sempre lhe deram de comer durante todos esses anos. Pouco demais para quem tem um milhão e meio.
- A é? - disse Harry despeitado, enquanto batia com a varinha na muralha a sua frente. - A fortuna é minha, e se não estou enganado, foi o senhor que disse que jamais me daria um centavo se eu fosse estudar em Hogwarts e se eu não fosse estudar em Hogwarts jamais saberia que tinha a fortuna de meus pais me esperando, jamais conheceria Sirius e tampouco mataria Voldemort....
"E não conheceria Hermione...."
- Então não me venha pedindo esmolas, porque já é muita generosidade eu lhes dar o que vou lhes dar.
Tio Valter preparava-se para argumentar quando a muralha se abriu. Tanto ele, quanto Tia Petúnia e Duda ficaram boquiabertos com o mundo que se abria para eles.
- E sejam bem vindos ao Beco Diagonal! - disse Harry, irritado, apressando-se na frente deles.
- Harry espere!

Adorável Prisioneira 2 (fanfic harry potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora