E mais uma vez você bate.
Você sempre bateu forte.
Será se você tem noção disso?
Um bater alucinante no meu peito.
Causando agonia.
Tirando meu sossego.
Sempre aqui dentro do meu peito.
Não importa o tempo.
O que passe.
O que eu faça.
Você sempre está aqui.
Me pergunto se eu também estou aí.
Batendo no teu peito.
Causando tua agonia.
Ou tirando teu sossego.
Eu já te deixei ir.
Mas você insite em ficar.
Eu sou o carcereiro que resolveu abrir a cela.
Você o prisioneiro que não quer sair da cela.
Quando você vai.
Sempre arruma um jeito de voltar.
Em outro rosto.
Em algum perfume.
E sempre volta com uma batida mais forte.