Capítulo » Quinze

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21:15. Ainda não há sinal da Lox e do meu primo. Não atendem as chamadas, nem respondem às mensagens. Tento ligar à Lox outra vez, visto que o meu primo deixou o telemóvel na mochila dele.

A senhora da porcaria do voice mail repete pela milésima vez "O número para o qual tentou ligar não se encontra disponível e não tem o voice mail activo. Por favor tente mais tarde. Obrigada."

Frustrada mando o telemóvel para cima da cama que acaba por acertar no Sammy.

"Os outros já estão a voltar e eles não os encontraram." O Sammy anuncia depois de eu lhe ter acertado.

"Não entendo o porquê do Cameron me ter obrigado a ficar!" Eu reclamo.

"O que adiantava de teres ido? Se eles sem ti não os encontraram, qual era a diferença de teres ido?" Ele perguntou, deixando-me sem resposta.

"Apenas estou preocupada Sam!" Digo passado alguns momentos.

"Os concertos começam às dez, eles não tardam a aparecer!" Ele tenta-me 'consolar' e eu sento-me ao pé dele na cama.

"Quando os outros chegarem isto vai se tornar um bocado confuso!" Ele acaba por dizer.

"Como assim?" Pergunto sem entender.

"Eu chamo-me Sam e tu também. Nós os dois numa sala não vai dar certo!" Ele ri.

"Tens razão!" Eu concordo com ele e rio também.

"Depois alguém vai a chamar um de nós, vamos olhar os dois e vamos deixar a pessoa confusa!"

"Uma aposta que o Taylor é capaz disso?" Eu pergunto estendendo a minha mão.

"Eu aposto no Christian! Dez dolláres!" Ele diz igualmente esticando a mão.

"Está apostado então!" Apertamos as mãos.

"O Gilinsky acabou de me mandar uma mensagem a dizer que eles ainda não procuraram num sitio e que vão lá agora procurar." O Sammy informa mostrando o telemóvel que acabou de tremer.

"Vamos para a sala ver televisão? " Eu proponho.

"O ultimo a chegar é o ovo podre!" Ele diz, o que me faz lembrar imediatamente o Cameron.

"Ei! Isso não é justo!" Profiro exactamente as mesmas palavras que usei na última vez.

"Estúpido! " Eu agarro-lhe na t-shirt e dou-lhe um empurrão. E claro que não podia faltar o facto de partir-mos ou estragar-mos algo. O Sammy rachou a porta. Olhei para ele e vi que pouco faltava para não chorar.

"Sam, estás bem?" Eu pergunto-lhe. Não sei muito bem com que parte do corpo bateu na porta.

"Eu acho que tenho um galo a formar-se." Ele diz apontando para a sua cabeça e eu olho-o preocupada. Ele rachou a porta com a cabeça ?

Mandei-o deitar na minha cama e na da Lox e abri a porta com cuidado para prevenir de ficar com metade da porta na mão. Fui até à cozinha buscar gelo que o Chris tinha metido a fazer no dia anterior. Cheguei novamente ao quarto e vi o Sam a perder a cor.

Eu meto o gelo e uma toalha na sua cabeça e tento mantê-lo acordado.

"Não desmaies por favor! " Eu suplico e ele não me responde.

"Pensa em unicórnios e algodão doce! Por favor não desmaies! Não hoje!" Eu suplico mais a Deus do que ao próprio Sammy.

Vou falando para ele para que ele não perca a consciência e aos poucos vejo a cor a voltar à sua cara.

"Sam, estás melhor? " Eu pergunto e ele dá um pequeno sorriso.

"Graças a Deus!" Eu digo alto e alguém abre a porta do quarto. Era a Lox e o meu primo, mas não era só isso eles vinham aos beijos.

Neighbors » Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora