CONAROM

Capítulo 1 - Princesa de gelo

Meus pais estão a cada dia mais chatos, papai agora nem olha no rosto de mamãe, acho que ele descobriu que mamãe descobriu que ele esta a traindo com Amanda.

Mamãe cometeu o seu maior erro há 15 anos, não pelo meu nascimento, mas sim ao contratar Amanda para ser minha babá, mas como ela ia adivinha que papai ia se apaixonar por ela. Apesar de papai e Amanda ter me contado que eles têm um caso, descobri muito cedo, eles sempre estavam juntos pelos cantos quando mamãe não estava.

Mamãe anda muito diferente ultimamente não está, mas se importando comigo na verdade ela nunca se importou, deve ser por causa disso que ela contratou outra mãe para minha, era assim que eu via Amanda com minha segunda mãe.

Era sexta à noite e meus pais estavam em um jantar importante com os professores de CONAROM, sempre me perguntei por que do instituto ter o mesmo nome da cidade, é estranho, mas coisas estranhas são bem comuns aqui não me pergunte por quê.

Estava em meu quarto, lendo pela quarta vez nascida á Meia-Noite, A saga acampamento shandow falls de C. C. Hunter, sempre me surpreendia, a historia de Kylie naquele acampamento me fazia pensa em como será no colégio. Fechei o livro e me dirigi à cozinha, ao descer a escada olhando os quatros pendurados nas paredes lembre-me do dia em que descobri que era especial.

7 anos antes.

Estava muito calor, eu estava tentando convencer papai a me levar na piscina pública da cidade.

- Vamos papai, deixe Amanda me levar à piscina, vou ser boazinha, eu prometo - falei quase chorando.

- Querida sua mãe não quer que você vá - respondeu ele.

- Nunca sai dessa casa, pai, por favor, não tenho poderes, quero ser uma criança normal - Gritei e sai correndo para meu quarto.

Da minha cama podia ouvir meus pais discutirem.

- Ela quer ir à piscina como uma criança normal - gritou meu pai.

- Ela não pode, Felipe ela não é uma criança normal - Gritou mamãe.

- Não temos certeza - Emile não me de as costas - Gritou meu pai bravo.

- Normal? Como pode dizer que ela é normal? Felipe - perguntou mamãe.

- Não temos provas concertas que ela seja Glaciem - Respondeu ele.

- Ele nasceu com o cabelo preto como a noite, mas tem mechas azuis, assim como a olhos dela são azuis, um azul anormal - é normal um bebê nasce com o cabelo azul? - perguntou mamãe, pude perceber que sua voz era de choro.

Como reação minhas mãos foram para meu cabelo, era grande ia ate o meio das costas era como mamãe descreveu preto com mechas azuis lisos com as pontas cacheadas.

- Ela já tem 8 anos Emile; os meus poderes viram quando eu tinha 4 anos e os seus quando tinha 5, ela não tem poderes - Respondeu papai.

- Deixe que vá, deixe que ela vá, mas Felipe se acontecer algo a culpa será todo sua - Gritou mamãe, pude ouvi seus passos correndo.

Depois de algum tempo sem ouvi nada Amanda apareceu em meu quarto.

- Princesinha, se arrume vamos à piscina - me cutucou animada.

Em um pulo me levantei da cama e fui ate meu guarda-roupa, tirei de um biquíni azul claro uma camiseta branca e um short jeans e corri para o banheiro.

O caminho para a piscina publica foi calmo, Jorge o motorista não parava de olhar Amanda pelo retrovisor, acho que ele gosta dela.

Uma placa bem grande anunciava, PISCINA PUBLICA DE CONARAM, não pude evitar sorrir ao ler e sai puxando a mão de Amanda que insistia em me pedi calma.

Surpreendi-me com a quantidade d pessoas ali, agora quem me guiava era Amanda; não sei como ela conseguiu acha uma cadeira de sol em frente à piscina naquela multidão.

- Querida me escuta, eu sei que você nunca saiu daquela casa, mas você tem que ter calma ta bem - Ela disse sentando e virando meu corpo para frente. - Você tem que ter cuidado, tem partes da piscina que você não pode entrar como o fundo.

Soube na hora de que fundo ela estava falando, era a parte de trás da piscina que não avia nem uma criança, apenas os adolescentes estavam lá. Os adultos estavam todos em volta da piscina em cadeiras de sol e as crianças riam muito na parte, mas rasa.

Amanda me sentou na cadeira tirou minha camiseta e começou a passar uma coisa branca em mim, fiquei olhando as crianças brinca na água.

- Mamãe, posso brincar com elas? - Perguntei a Amanda apontando para as crianças, sabia que ela não era minha mãe, mas há alguns anos atrás eu a chamei assim sem querer, e tive a sua permissão para chamá-la assim.

- Sim querida, mas eu tenho que termina de passar protetor em você, então tira o short, por favor - Respondeu ela.

Tirei o short ainda olhando as crianças, avia muitas, garotos e garotas, mas o que mais me chamou a atenção era um menino, ele estava rodeado de crianças, seu cabelo vermelho me chamava muito à atenção.

Amanda terminou de passar o troço branco em mim e eu caminhava ate as crianças. Desci a escada da piscina e uma sensação entranha me tomou, meus pés tocaram a água e parecia que eu ia vomitar, me sentei na escada e uma menina se senta ao meu lado.

- Olá. Sou Ana - Disse olhando pra mim. - Como se chama? - pergunto.

Ana tinha os cabelos verdes assim como seus olhos, sua pele era moreninha.

- Alice - Respondi apenas.

- Seus olhos são bonitos - falou ela.

- Os seus também - falei envergonha, menina estranha.

- Vem vamos brinca - falou ela me puxando para a onde as crianças estavam.

- Gente essa é Alice - gritou Ana atraindo a atenção de todas as crianças.

Fiquei um pouco sem graça então apenas acenei.

- Olá - respondeu todos juntos, menos o menino de cabelo vermelho e uma menina que estava ao seu lado praticamente em cima dele.

Olhei para ele, os seus olhos estavam me passando medo, parecia que ele estava querendo me matando com o olhar. Um arrepio percorreu meu corpo e eu comecei a ficar tonta, as crianças começar a brinca de pega-pega; Ana veio correndo em minha direção, tocou em mim e gritou:

- Pega, ta com você, agora você tem que pegar alguém - Entendi na hora o sentido da brincadeira; então sai correndo atrás deles, toquei em um menino que tinha o cabelo prateado, ele virou pra mim sorriu e começou a correr atrás de mim, procurei pra todos os lados um lugar pra ele não me alcançar, quando achei, já era tarde uma menina de cabelo branco já avia me tocado. Olhei em volta e não tinha ninguém perto de mim, o menino de cabelo vermelho me olhava com um sorrisinho de deboche e se afastava para o fundo, Amanda avia me proibido de ir ate lá, mas não liguei e comecei a correr em sua direção.

Sem perceber a água já estava em meu pescoço, entrei em desespero, a água parecia me engolir, o menino de cabelo vermelho corria em minha direção, mas já era tarde e a água me puxava para baixo, estava me afogando, mas o fundo da piscina era tão azul e um brilho branco parecia me chamar.