Keep My Secret Well

Surpresa Desagradável

- Panny isso é perigoso - disse Celine. - Não é uma simples e inofensiva pesquisa na internet, é praticamente um encontro. Você não sabe quem está por trás dessas mensagens e nem as intenções dessa pessoa.

- Eu vou ser cuidadosa, é so uma olhadinha. Eu vou, olho em volta e em seguida dou o fora.

Celine me olhou furiosa. Resolvi contar da nova mensagem para ela na manhã do domingo. Somente essa coisa de mensagens misteriosas para me distrair das lembranças de ontem, minhas revelações à Ethan, o beijo de Jake... droga tudo o que eu queria era esquecer o maldito beijo.

- Panny não há nada que eu diga que vai fazê-la mudar de ideia não é?

- Nadinha.

- Então ao menos deixe-me ir com você.

- Não! Cel, como você disse, é perigoso.

- E você por acaso é algum Chuck Norris para acabar com qualquer um que aparecer? Não panny. Se você for, terá de me levar junto. Tinha alguma hora específica na mensagem?

- Não tinha nenhum horário, apenas a data de hoje e um endereço.

- E o que será que isso significa?

- Não sei, talvez que eu possa ir em qualquer hora? - Indaguei e Celine me lançou um olhar fulminante.

- Isso é coisa séria, Walter.

- Eu sei! E por isso estou realmente tentando não envolver você!

- Mas eu ja disse que vou.

- Tudo bem, Celine.

- Ótimo. Que tal às quatro?

- Me parece bom.

- Certo, passe aqui para me buscar.

No caminho de volta para casa meu pai ligou para mim, parei o carro no acostamento e atendi o celular.

- Oi papai.

- Oi Panny. Sua mãe quer ir para a praia.

- E o que eu tenho a ver com isso?

- Ela quer saber se você quer ir também.

- Não, pai. Mamãe está careca de saber que não gosto muito de praia.

- Tudo bem então. Está com sua chave?

- Sim.

- Ótimo. Estamos saindo agora querida.

- Tchau, papai.

- Tchau filha.

Desliguei o aparelho, liguei o rádio e então voltei ao fluxo de carros da cidade. Cerca de vinte minutos depois eu cheguei em casa e constatei que meus pais ja haviam saído. Eram cerca de nove horas da manhã, isso significava que meus pais so voltariam na hora do almoço, ótimo. Entrei em casa e fui para a cozinha buscar algo pra comer e em seguida voltei para a sala de estar, liguei a televisão e fiquei assistindo a uma série que gostava.

As dez e quinze ouvi batidas na minha porta, droga devia ter esquecido novamente de trancar o portão da frente. Gritei um ''já vai'' e me levantei do sofá, indo atender a porta logo em seguida. Ao abrí-la, me deparei com Jake. Senti minha expressão endurecer imediatamente e ouvi minha própria voz soar fria e rude.

- O que você quer?

- Conversar.

- Eu não quero conversar com você.