Talvez não seja tão ruím!

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"Nota: Pra sair um pouco da rotina que tal uma ost de tohou durante o capítulo?" -Boa leitura!!

*Som do despertador às 6:00 da manhã ao lado de Luca*

Não estava acreditando... Já era 6 de fevereiro, o inicio da sessão tortura ataca mais uma vez. Levantei-me da cama fui ao banheiro e lavei meu rosto, quando abri a porta para sair dei de cara com minha mãe, que com um grande sorriso disse:

-Filho finalmente não é!? Já estava preocupada em ver você o dia todo nesse computador ou no celular e dormindo, além disso você também vai ver todos seus amigos que você estava com saudades! - dizia ela toda animada.

-É sim mãe, ainda bem! - respondi com um sorriso visivelmente irônico.

Tomei meu café, me troquei e fui andando pra escola.
Infelizmente chegando la foi a mesma coisa de sempre, aquele andar super constrangedor enquanto as pessoas ficavam olhando, e quanto mais eu prestava atenção nisso mais rápido tentava andar. Meio distraído, ainda fiz o favor de trombar em uma pessoa no caminho e nós dois caímos.

-Ah me desculpe, foi sem querer, juro. - eu disse morrendo de vergonha.

-Tudo bem! Luca não está me reconhecendo!? - Eu sabia de quem era aquela voz, era Sarah a minha única amiga de quem tinha mencionado.

-Sarah!? O que ta fazendo aqui? - falei surpreso

- Como assim "o que estou fazendo!?" o que alguém vem fazer em uma escola em?!

-Mas as escolas particulares não são melhores?

-Creio que sim mas meus pais estão passando por um aperto lá em casa, e eu disse que se fosse ajudar, podiam pegar o dinheiro da minha mensalidade, mas não achei que fariam mesmo. - disse Sarah decepcionada.

Logo aquela vergonha foi passando e ficamos conversando até que o sino batesse e entrássemos pra sala.

Ela era nova eu de natureza já não tinha amigos então ficávamos sempre juntos normalmente sem mais ninguém.

Na segunda semana de aula chegou uma menina nova na nossa sala, ela era de outra cidade chamava-se vanessa, ela felizmente não acreditava nos boatos e nem tinha vergonha de ficar perto de mim, então se aproximou da gente, agora éramos três amigos, eu achava um máximo não estava me sentindo sozinho, o que me fazia pensar que não era tão ruim assim ir à escola. Conversávamos, brincávamos, ficávamos bravos um com o outro mas sempre estávamos de bem.

Após quase um mês de aula, em um dia que considero sombrio eu e Sarah recebemos uma notícia que nos abateu muito, Vanessa iria ter que voltar para sua cidade por alguns motivos pessoais. Mas por extrema bondade do destino outra garota entrou em nossa sala essa se chamava Kettlyn  que já conhecia Vanessa, e por isso se aproximou. Nós nos dávamos muito bem o que me fazia esquecer da ausência de Vanessa, em fim eu estava satisfeito com minhas amizades.

Comecei de novo a ter sonhos estranhos, sempre começavam e terminavam de um mesmo jeito. Já não sentia aquela solidão, me preocupei então em saber seu significado. Pesquisei na internet, em livros, e nada... Pensei em conta-los para alguém mas isso poderia piorar minha situação de "estranho", decidi guarda-los pra mim e investigar mais um pouco.

Alguns dias depois no caminho da escola vi alguns folhetos colados nos postes e nos muros daquela rua, neles estavam escritos:
"Cartomante Martins especialista em:
-Problemas de namoro.
-Procura de um parceiro ideal.
-Significado de sonhos.
-Como lidar com a Depressão.

Não tinha ideia do que era uma benzedeira mas aparentemente ela podia resolver meus problemas. Cheguei o mais rápido que pude na escola, estava totalmente ansioso para que o período de aulas acabasse logo, afinal eu iria resolver isso que me atormentava já  a alguns anos. Foram as cinco horas mais longas da minha vida.

Quando deu o sinal para saída, disse que tinha um compromisso e que tinha que ir. Me despedi dos meus amigos, e fui correndo para a rua que tinha visto aqueles folhetos.

Chegando lá não achei nem um deles para ver o endereço, olhei para os lados completamente decepcionado para ver se ainda havia algum, vi então um moço que estava com vários daqueles na mão recolhendo os que ainda estavam colados, ele estava do outro lado da rua, estava tão perto, porém tão longe a rua era enorme. Mas eu queria acabar com o segredo de uma vez por todas, corri o mais rápido que pude. Chegando na metade da rua me toquei no tanto de carros que estavam vindo nas duas direções fiquei totalmente em choque não conseguia me mexer, me abaixei para que fosse menos doloroso e passou apenas um pensamento pela minha cabeça:

"É assim que vai tudo terminar?"

Uma aventura apavorante, um amor mais aindaOnde histórias criam vida. Descubra agora