Caminhos do coração

Capitulo 12

Havíamos deixado a casa da fazenda a mais ou menos quinze minutos, o vento de verão que estrava pela janela embalava os longos cabelos de Octavia, uma música calma tocava no radio e transmitia alguma mensagem sobre sermos infinitos.
O tempo sempre foi e sempre será o grande mestre, num minuto estavamos os dois rindo e observando como era lindo o por do sol, no outro estavamos gritandl tentando desviar de um cervo que apareceu na estrada.
Tudo que me lembro é de ver o rosto angelical da Octavia sangrando e em seguida um escuro devastador que me sugava para dentro dele, meus pensamentos estavam embaralhados e a unica coisa que parecia fazer sentido que eu deduzi foi que, eu não estava morrendo! Era o que eu realmente esperava, pelo menos nos filmes era assim, antes de alguém morrer ela via uma luz branca... Eu esperava de verdade que a perspectiva criada por assistir varios filmes em todas as noites de sexta tenham valido algo.
Acordo num domingo chuvoso, estava em um quarto sem cor, tudo que tinha nele era uma porta branca, uma janela, um ventilador e uma cama, onde por acaso eu estava deitado... Bom, eu estava vivo! Eu acho... Estava tentando arumar em ordem tudo que eu me lembrava, estava quase conseguindo lembrar de alguma coisa quando uma enfermeira baixa, pele castanha, ombros pequenos e um pescoço quase grande de mais para seu corpo, ela usava um uniforme verde sem graça, numa bandeja ela trazia um jornal, algo num potinho que parecia ser uma sopa - mais tarde descobri que era iorgute de aveia - e alguns remedios. Ela era gentil, depois de me fazer tomar os remedios e tentar me fazer comer aquela substância pastosa - varias e varias tentativas frustadas e fracassadas ate ela desistir - ela depositou o jornal no lado da minha cama e se retirou.