Capítulo 16

427 13 0
                                    

UMA MAÇA VERMELHA COMO SANGUE

TUDO TINHA ACONTECIDO MUITO RÁPIDO: BRANCA DE Neve, com suas

lembranças do Príncipe Encantado apagadas, tivera a intenção de encontrar a

Rainha Má e matá-la de uma vez por todas, e logo depois de o Príncipe a ter

finalmente despertado para o amor, e para a clareza das coisas, os soldados do Rei

George o levaram para longe.

Era como se eles estivessem condenados a ficar separados; forças estranhas

conspiravam para mantê-los distantes um do outro. Ela não ia deixar isso acontecer

novamente.

Branca de Neve tinha um exército.

E, dessa vez, encontraria seu Príncipe.

Claro, seu exército, na verdade, não era do tipo tradicional. Eram os sete anões,

Chapeuzinho e a Vovó. Eles tinham viajado até o castelo do Rei George com a

intenção de resgatar o Príncipe. Lá fora, agacharam-se para fazer seus preparativos

finais. Branca de Neve examinou mais uma vez os portões com sua luneta, e então

pressionou as costas contra a parede de pedra, atrás da qual eles estavam todos

reunidos.

— Há uma meia dúzia de soldados em cada parapeito —disse ela.

— Vamos precisar de apoio aéreo — disse a Vovó.

Aéreo? — disse Zangado. — Conheço exatamente a pessoa que pode nos

ajudar. Alguém que me deve um favor...

Mas, antes que Branca de Neve pudesse perguntar quem era eles ouviram um

farfalhar nas árvores próximas.

Os anões e Branca de Neve ergueram todos suas armas, mas ficaram contentes

ao ver Chapeuzinho emergindo da floresta.

—Não atirem — disse ela. — Sou eu.

Branca de Neve viu um fio seco de sangue perto da boca da garota e achou

melhor não perguntar de quem era.

—O que você descobriu?

— Seu Príncipe ainda está vivo — disse Chapeuzinho. E a Rainha está aqui.

Branca ficou contente com a notícia, mas preocupada com a presença da

Rainha. Atacar um castelo protegido pelos homens do Rei George já seria difícil o

suficiente. Mas a Rainha e sua magia representavam um novo grau de dificuldades.

— É uma armadilha disse a Vovó. Branca de Neve assentiu tristemente.

— Mas não podemos parar agora. — Ela o imaginou lá dentro, acorrentando, e à

mercê de duas pessoas extremamente cruéis.

— Mas vou entender se algum de vocês quiser voltar disse. — Não posso lhes

pedir que arrisquem a vida.

Ela olhou para os anões, um por um. Olhou para Vovó e Chapeuzinho. Ninguém

se mexeu.

— Tudo bem, então — disse ela. —Não há tempo a perder.

Once Upon a Time - DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora