Capítulo 09

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BELEZA EXTERNA

O INVERNO DESCEU SOBRE A CIDADE COMO UMA VINGANÇA, trazendo com ele

todos os tipos de acidentes e chamados de emergência. Emma raramente via Mary

Margaret e somente uma vez ou outra conseguia contornar os esforços crescentes

de Regina para mantê-la longe de Henry. Ela sentia falta do filho e a cidade não

era algo simples de lidar. Não com aquela Regina ao redor.

Entretanto, ela estava trabalhando o tempo todo, sem parar, e fazia parte agora

de uma comunidade. O que era diferente, bem diferente. Emma estava contente

com isso, de verdade, mas as coisas haviam mudado muito desde os primeiros dias

de outono, quando a única razão pela qual estava em Storybrooke era manter

Henry seguro. O que passara a acontecer agora? Ela sentia que afundava em algo,

algo confortável e complacente. Era isso que significava "ter raízes"? Se fosse,

então haveria alguma diferença entre a vida enraizada e a vida na prisão? Esse

inverno a fizera se sentir o tempo todo sonolenta com a segurança de ter raízes.

Essa passagem do tempo tinha feito esse lugar se parecer... normal...

Caminhando para a delegacia depois de dizer a Mary Margaret, Ruby e Ashley

que não se juntaria a elas em sua planejada noite de meninas no Dia dos

Namorados, ela recebeu um telefonema de um policial da delegacia. O que houve?

— perguntou.

Alguém, ao que parecia, tinha acabado de ser visto invadindo a casa do Sr.

Gold.—

Eu cuido disso — disse ela, e desligou o telefone. Emma jogou seu café no

cesto de lixo e correu para o lado leste da cidade a pé. No total levou cinco minutos

para chegar a casa do Sr Gold ,uma mansão alta e esguia no lado da cidade em

que os cidadãos mais ricos da região viviam. Um vizinho tinha chamado a polícia,

porque a porta da frente estava aberta e, quando Emma chegou, pôde constatar

que isso era verdade.

Ela puxou a arma e seguiu o caminho para dentro da casa.

A casa do sr. Gold estava cheia de antiguidades: armários, escrivaninhas, sofás,

canapés e almofadas de veludo faziam aquele lugar se parecer mais com um salão

de café parisiense do que uma casa do século XXI. Emma fez uma varredura na

casa, indo de aposento em aposento com sua arma na mão, anunciando-se antes

de entrar em cada um deles.

Quando desceu as escadas, ouviu passos nas proximidades e sentiu o coração

começar a bater forte. Alguém tinha entrado pela porta da frente e agora estava se

encaminhando para a sala. Silenciosamente, Emma atravessou a cozinha, firmou-se

e virou-se para a sala, de arma em punho e engatilhada.

Once Upon a Time - DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora