Capítulo 2

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Hoje estou com mais sono do que de costume, será que eu não posso faltar só hoje... não, porque tem avaliação de biologia, que legal.

Faço tudo no piloto automático, não vejo a hora de ir para casa e dormir no sofá, ainda bem que é sexta, assim posso ir dormir a hora que quiser, vou para a escola e quando percebo já está na hora de ir embora. Já na minha rua eu vejo minha mãe conversando com a Dona Paula que acena para mim, quando estou indo para falar com elas vejo uma garota saindo de um caminhão de mudança com uma caixa na mão, ela é alta e tem um corpo esguio, com belas curvas, tem olhos castanhos e sexys, uma boca rosada com um sorriso peculiar, tem um piercing na orelha direita e cabelos longos e loiros.

-Manu? Manu? Ei garota acorda! - Minha mãe me chama tirando a atenção da garota.

-O-oi? – Respondo gaguejando e tenho certeza que estou corada.

-Essa é a Bia, filha da Dona Paula, ajuda ela a levar a caixa lá para dentro.

-Claro! – Pego outra caixa que está no chão e sigo ela para dentro da casa. – Oi, sou a Manu.

-Oi, sou a Bia- ela diz sorrindo.

Levamos a caixa até o quarto dela, ela pede para colocar perto da cama, enquanto ela coloca a outra que trouxe em cima da cama, quando me viro, já na porta, para sair do quarto, ela me chama e eu me viro. Ela está perto de mim, muito perto, sinto seu hálito na minha bochecha, minha mão está em seu braço por conta do susto, e ela me segura pela cintura, estampando no rosto um sorriso sedutor.

- Desculpa, eu queria saber se você vai fazer alguma coisa hoje à noite, poderia me levar para conhecer um pouco a cidade, o que acha?

Não sei se é uma boa ideai sair com ela, eu me sentia estranha com ela por perto, e quando fui de reparar no corpo ou no sorriso sedutor de uma garota desse jeito? Não consigo me entender, acho que é sono.

-Ah, pode ser, posso chamar meu amigo Júlio, que mora aqui na rua também, poderíamos ir ao parque, tomo mundo vai lá à noite para conversar, é até que é legal, se você quiser... – eu não podia falar não, aliás ela acabou de se mudar, deve ser difícil fazer novos amigos.

-Vai ser ótimo! Eu posso passar na sua casa, que horas?- Ela pergunta entusiasmada, o que me faz sorrir.

-Às sete e meia, pode ser?

Ela confirma com a cabeça, e quando dou por mim, ainda estamos nesse meio abraço esquisito, e quando ela também percebe se solta da minha cintura e sorrimos.

Manu e BiaOnde histórias criam vida. Descubra agora