É incrível a capacidade de contradição do ser humano, quando vamos dormir, não estamos com sono, quando acordamos, bem, não acordamos totalmente. E hoje não aconteceu ao contrário, acordar cedo definitivamente não é o meu forte, mas fazer o que se inventaram a escola, está bem vai, sem exageros, eu gosto de ir à escola, mas o problema mesmo é o horário.
A escola é como todas as outras, tem os idiotas, nerds, populares e blá bla bla, mas não estou nem aí para isso, acredito que não me classifico em nenhuma dessas categorias, porque eu não gosto desse tipo de "rotulação", como se fossemos produtos, mas o mundo é assim não é mesmo, já nascemos com o preconceito as diferenças.
As primeiras aulas são de matemática, que particularmente não tenho grandes dificuldades, mais estar no segundo ano é um pouco complicado para ter tempo de entender tudo, mas vamos lá, eu gosto da professora, Rose, ela não é como a do ano passado, que por deus, só não era mais chata porque era uma só.
Sento na carteira de costume, no meio da sala ao lado do meu amigo Júlio, assim não sou alvo de nenhum lado, a professora logo chega e como de costume, faz a chamada, quando chama por Manuela Fontes, aceno com a mão e digo aqui.
Júlio é meu amigo a muito tempo já, crescemos juntos praticamente, ele se mudou para minha rua quando tínhamos oito anos e até hoje não nos separamos. Ele é mediano, tem olhos verdes lindos, cabelo escuro e um sorriso encantador, as meninas babam por ele, mas ele é todo tímido, assim como eu, e acaba não conversando com as meninas que se atiram nele.
Depois do intervalo tenho aula de filosofia com a professora Renata que é o máximo, as aulas dela nunca são monótonas e chatas, são sempre empolgantes, até mesmo nas avaliações.
Voltando para casa junto com Júlio conhecemos a Dona Paula, que está conversando com as nossas mães, ela se mudou para casa ao lado da minha, ela parece ser uma boa pessoa, perguntei se ela tinha filhos, e ela disse que sim, uma menina da minha idade, mas que ela só chegaria amanhã à tarde com o pai, e que se chamava Bia, fiquei curiosa para saber se era parecida com a mãe, bonita e simpática, me despedi deles e entrei em casa, precisava terminar os exercícios de matemática.
Hoje foi como qualquer outro dia, fui para escola, cheguei e terminei os exercícios, Júlio foi lá em casa e assistimos a filme qualquer e conversamos, principalmente sobre os nossos novos vizinhos, estávamos curiosíssimos para saber como era a filha deles, e fiquei sabendo, por Júlio que os pais eram separados, mas que eles não eram como os outros que brigavam sempre, que eram amigos e não tinha desentendimentos, fiquei surpresa com isso, porque a maioria dos casais quando se separam normalmente nunca mais olham na cara um do outro. Tinha um rapaz na escola, que os pais dele se separaram e eles viviam brigando sempre que se encontravam, uma vez eles foram chamados na escola porque o filho tinha matado aula, e os dois começaram a brigar na diretoria, um acusando o outro de ser o responsável pela atitude do filho, e o menino saiu ileso, como se não tivesse feito nada de errado, só espero que essa garota não seja assim, mimada.
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Manu e Bia
RomanceDuas jovens garotas que se vêm apaixonadas, e ajudam uma a outra a enfrentar seus medos e problemas, como? Amor. Manu, de uma família tradicional, cabelos longos e castanhos, olhos verdes escuros, corpo de boneca, a quem se engane com sua beleza d...