▧ Chapter XX.

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roses are red, violets are blue, please dont't kill me

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Anne empurrou com a ponta dos dedos a porta do quarto, quando entrou no cômodo ela pode ver Louis sentado no chão do quarto, ele tinha algumas peças de roupas amassadas em suas pequenas mãos, havia uma mala sobre a cama e a mesma já haviam algumas peças de roupas jogadas de qualquer jeito lá dentro, Louis sequer tinha uma passagem para voltar para sua casa, mas ele estava ali, jogando suas roupas dentro da mala e pensando em ir embora, estar em sua casa com sua família, com suas irmãs onde todos ali sabiam como consola-lo, ele queria o carinho e amor de sua mãe e por isso estava tentando fugir daquela situação, de Harry e dos seus próprios sentimentos esmagadores.

Os olhos ainda escorriam lágrimas quentes pelas bochechas coradas, enquanto os lábios róseos tremelicavam e as narinas finas estavam um pouco dilatadas, a ponta de seu nariz empinado de botão estavam também avermelhada, de qualquer forma uma expressão tão doce no momento era tão dolorosa e triste, a beta engoliu a seco, ela sabia que um abraço e palavras de carinho não poderia encobrir qualquer coisa ruim que se passasse dentro do coração de Louis, mas era o que ela podia fazer por ele, certas coisas ela não tinha como interferir e por mais que tivesse prometido a Harry poucos minutos atrás enquanto consolava seu próprio filho desesperado de que não deixaria Louis ir embora, porém se o ômega quisesse realmente voltar para sua casa, ela não poderia fazer nada a não ser aceitar isso, afinal de contas era uma escolha de Louis, não sua e nem de Harry. A beta não sabia o que havia acontecido entre eles, mas era visível que não choravam somente pelo que veio a acontecer e sim pela possível separação entre eles, na verdade isso era o que mais doía nos dois.

Quando o ômega percebeu a beta adentrando no quarto ele rapidamente se levantou. Louis passou a mão sobre os olhos e o nariz úmido secando seu rosto com a traseira da mão o máximo que pode. Quando Anne deu alguns passos em sua direção os olhos dele voltaram a escorrer mais ainda, porém ele não grunhia ou soluçava mais, só chorava, e era um choro tão triste. Anne foi até a cama, retirou as roupas amassadas de dentro da mala e então dobrou-as e as empilhou sobre a cama, e Louis ficou ali, paralisado no meio do quarto, esperando que a mais velha lhe dissesse algo. Ao contrário do que Louis esperava ela foi até ele e o puxou pelos ombros, recostando sua cabeça no próprio pescoço, e a beta tinha quase o mesmo cheiro de sua mãe, o que fez Louis chorar mais alto, porém ainda sim se sentir confortável. Anne sussurrava palavras doces para ele se aclamar e fazia carinho em seu cabelo, apertando Louis contra seu corpo e dessa forma tentando consolá-lo.

"M-me desculpar por gritar lá em baixo." Ele disse baixinho, fungando em seguida ao que um grunhido rouco saiu engasgado de sua garganta, então ele desatou a chorar mais um pouco, tão frágil e sensível, como um ômega autêntico. Anne abriu um sorriso tristonho pela forma baixa e magoada que a voz de Louis surgiu. A beta lhe deu um beijo amoroso no topo da cabeça, cada carinho era feito para que Louis se sentisse melhor, ela sabia que o menor queria no momento o consolo de sua própria mãe, mas por enquanto ela estava tentando o reconfortar da melhor forma que podia. Anne colocou seu braço ao redor do ombro do ômega, se afastando e trazendo Louis consigo, até a cama e então se sentando ali e permitindo que o menor deitasse com a cabeça em suas pernas.

"Não se desculpe meu doce. Você não tem porque pedir desculpas." Ela acariciou os cabelos de Louis enquanto ele abraçada suas pernas, e os olhos de Louis vazavam lágrimas quentes e silenciosas, ele estava se acalmando mas ainda sim seu coração se apertava de uma forma tão ruim, doía mas não de forma física, era dor sentimental. Porque Louis se sentia um idiota, por mais que ele quisesse acreditar em Harry ele tinha medo de ser magoado daquele mesma forma. Niall o avisou, ele disse que o cacheado iria magoa-lo mas Louis nunca acreditou que Harry iria fazê-lo, de repente ele vê o alfa que costumava chamar de seu com outra pessoa, poderia ser pelo fato de Louis ser um ômega, e então por natureza ser sensível e frágil, e ao mais exposto e envolvido tudo se quebrar ao seu redor dessa forma que o fazia se sentir tão mal e machucado, mas ele tinha medo de amar Harry com sua própria vida e um dia o alfa se cansar ou enjoar dele e ir embora ou encontrar outra pessoa que fosse melhor que o ômega, era por isso que Louis queria voltar para sua casa, para fugir possivelmente de seus sentimentos. 

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