▧ Chapter XXXV.

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But mostly I hate the way I don't hate you, not even close, not even a little bit, not even at all. ( ˊᵕˋ )

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"O que? Você não pode nos comparar dessa forma, nunca Louis!" Os dois não estavam num bom dia. O alfa estava na cama, sentado e irritado, esbravejando e rosnando, com sua voz rouca profunda e fechada, não soava feliz. E Louis tinha as calças nas pernas, passando o jeans pelas panturrilhas o mais rápido que ele pode para poder finalmente sair e parar aquela discussão. O menor sentia toda a garganta comprimida, querendo chorar e o alfa tinha a expressão irritada mas um tanto tristinha também. Porque eles estavam discutindo, tudo porque quando o cacheado sentiu que era a hora para dar a Louis uma mordida enquanto eles transavam mais cedo, o ômega apenas o empurrou e se esquivou, pulando fora da cama e se trancando no banheiro, e então, depois do acontecimento e Harry o perguntou o porque daquilo, Louis lhe disse que não queria uma marca porque sua mãe tinha uma e mesmo assim seu alfa havia ido embora, foi o ponto final para o cacheado, saber que seu ômega os comparava com sua mãe e seu pai, um relacionamento que não deu certo e o alfa abandonou sua ômega e filhotes, era horrível pensar que o menor achava que ele realmente seria capaz de uma coisa dessas, uma vez que tudo o que o cacheado quer é marcar Louis, casar-se com ele e ter seus filhotes, ter uma família de fato.

"Não estou nos comparando..." Louis se virou para o cacheado, com a voz meio chorosa, engolindo o acúmulo grosso de lágrimas em sua garganta. Harry podia ver seus olhos aguados, então o alfa se levantou rápido e aproximou-se de Louis o encarando firmemente, o que deixou o ômega submisso intimidado, mas não de uma forma ruim, que o fizesse sentir-se ameaçado ou em perigo. "Só disse que não precisamos de uma marca!" Louis o olhou nos olhos, inclinando a cabeça para cima, podendo olhar a expressão de irritação e chateação estampada por todo o rosto de Harry, maxilar travado é duro, olhos verdes mais escuros e bem nebulosos, narinas abertas, boca fechada e os lábios avermelhados pressionados em linha fina, enquanto as sobrancelhas do maior estavam retas, sem expressão. O maior queria gritar, xingar e rosnar o quanto pudesse, de raiva pela ideia tão idiota de Louis, é claro que eles tinha que ter uma marca, era essencial e iria selar de uma vez por todas o amor que partilhavam. Porém, sentia-se chateado por seu gatinho ter experiências ou uma ideia ruim sobre mordidas e marcas que selavam suas almas, embora fosse algo que seria para ser considerado eternos, alguns alfas conseguiam suprir a ligação, largando e abandonando suas ou seus ômega, enquanto os ômega não, quando um ômega era atado a um alfa, ele se tornava completamente dependente da figura protetora e necessária, não tendo chances de abandoná-lo ou larga-lo, e sendo incapaz de amar ou se entregar a outro.

"Você acha que eu faria algo do tipo que seu pai fez?" O alfa questionou mais alto e quase gritando, a voz tão rouca fazia Louis tremer e ele sentia-se amuado, recuando um pouco vendo os olhos irritados e furiosos de Harry sobre si, Louis queria chorar, como um bom e frágil ômega, sentindo-se magoado por ter chateado seu alfa e o deixado bravo também. Ele apertou os olhos, então os fechou, e Harry calou-se, ainda bravo e decepcionado pela falta de respostas do menor. O ômega não achava que Harry seria capaz de fazer o que seu pai fez, porém, sua mãe também não achava que seu pai faria tal coisa. Tudo que Louis tinha era medo, primeiro ele teve medo de amar Harry e o alfa se cansar de si, e então agora ele tinha medo de selar algo profundo e sem volta com o cacheado, e então tornar-se apenas do alfa ao selarem suas almas e então um dia ele se ver sem Harry, abandonado pelo maior com seus filhotes, era tudo o que Louis temia, porque ele sabia o quão complicado foi para Jay em alguns momentos criar ele e todas as meninas sozinha.

"Eu não acho, mas eu também não sei, o meu pai foi embora, seu pai também, ao que parece os alfas sempre vão!" O menor murmurou sem pensar e então o maior rosnou ameaçadoramente, fazendo os ouvidos do ômega doerem pelo tom e então Louis se encolheu mais para trás, sentindo os olhos molhados e sua visão turva, tremendo agora, com suas mãozinhas geladas agarrando os lados de seu pequeno corpo e abraçando a si mesmo, como forma de se acolher e se afugentar da situação ruim. Harry não era daquela forma, nunca foi, nunca que o alfa havia rosnado para ele de forma tão ameaçadora e agressiva, sempre tão amoroso e delicado, Louis sabia que o maior estava alterado, mas aquilo não era bom, e ele também não podia evitar recuar ao que o maior se aproximava.

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