☒ Chapter XXX.

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Always in my heart @Smut . Yours sincerely, Author ͙͚₍⸉⸍͕͈ ˕̫ ⸌͔͈⸊͚͙

A música do cap é Bloom - The Paper Kites, ouçam ela.

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Louis se manteve estático, ele sabia o que iria acontecer. Por isso seu corpo todo se arrepiou, ele sentia um pouco de pavor, excitação e ansiedade, algo que revirava em seu interior, ele poderia vomitar de nervoso, os olhos vagavam por toda a imagem a sua frente, no instante em que viu aquilo, o que Harry planejava para eles naquela noite veio à tona, o ômega não sabia como reagir, apenas congelou, a barriga embrulhou e ele sentia o estômago gélido, revirando e as mãos suando, mesmo que o corpo ainda escorresse a água gélida do lago, o manto que o envolvia começará a ser demais, o ômega não precisava mais se aquecer, o corpo já estava em chamas, cada célula de sua estrutura, átomo ou nervo estava em ebulição, euforia, Louis sabia o que Harry pretendia com tudo aquilo, ficou óbvio naquele instante, e ele desejava o mesmo, esperou tempo demais, mas naquele minuto o ômega pensou em voltar correndo para o lago, se jogar na água e se manter lá até que o alfa viesse buscá-lo, ele iria fingir que não havia visto ou entendido o que seu alfa pretendia com aquilo. Todo esse tempo esperando pelo momento em que ele e Harry fariam amor pela primeira vez, o momento no qual o alfa mostraria de forma carnal o quanto o amava ao deflora-lo, mas então naquele momento, prestes a acontecer, Louis não conseguia mexer um único músculo, completamente pasmo e amedrontado.

Os olhos azuis vagaram por toda a sala a sua frente, as luzes apagadas, apenas dois abajures de canto ligados com uma luz fraca amarelada, enquanto sobre os degraus da escada de madeira haviam poucas velas redondas enfeitando-os, e a chama pequenina embaçava-se sobre a vista do ômega turbulento, o corpo todo de Louis recebia constantes cargas elétricas, correndo por suas veias feito uma droga injetável, enquanto as mãos pequeninas estavam úmidas agarrando com a ponta dos dedos o tecido de lã do manto quente demais. O caminho de velas indicava, provavelmente, a direção que o ômega deveria seguir até o alfa, os luzes da casa estavam apagadas e o clima calmo, suave e carinhoso pairava, ainda sim, tinha um toque de charme, sensualidade e desejo, sem contar amor, obviamente, embora estivessem prestes a fazerem sexo, o principal sentimento ali era amor, puro, cuidadoso e inabalável.

Louis se manteve parado, congelado e amedrontado, não sabendo se deveria ir pelo caminho a sua frente e desfrutar da forma carnal daquele amor que o unia ao alfa, ou então, se ele deveria se acuar, correr para longe e esconder-se ou pelo menos, protelar para poder se preparar. No entanto, as pernas o menor tomaram por si sua decisão, parte do seu cérebro comandou-o, então ele foi em passos lentos para frente, pisando com a ponta dos pés e sentindo os rastejou das gotas geladas que ainda molhavam sua pele e corpo, escorrerem e pingarem no chão de madeira, Louis seguia o caminho tão lentamente, se tranquilizando, o corpo todo do ômega parecia pinicar, agitado e pulsante feito uma bomba, ele pisava com a ponta do pé no chão, evitando ruídos, se Harry não o percebesse, ele poderia apenas subir as escadas, dar uma olhada em tudo o que o maior planejou e arrumou, então se fosse demais para ele, Louis poderia correr para trás e tomar fôlego, afogar-se no lago talvez, ainda sim, ele não poderia ser percebido pelo alfa, o que era óbvio que ele já havia sido, o cacheado podia sentir o aroma de Louis muito mais forte ao que o menor suava de nervoso, o cheiro que exalava era o que indicava para o alfa que seu ômega se aproximava, no entanto, se Louis não quisesse naquele momento e fugisse, o alfa não iria pressioná-lo é claro, Harry esperaria por Louis quanto tempo fosse preciso, essa era uma certeza dele.

Quando o ômega chegou no topo da escada, na ponta do corredor extenso, ele encarou a sua frente, um caminho de velas redondas e pequenas, Louis engoliu alto, enrolando mais ainda o manto sobre seus ombros, cobrindo seu tronco e parte de suas pernas, não tanto, a água escorria bem menos de seu corpo, que queimava em nervoso e excitação, porque seria mentira se o ômega dissesse que não tinha grande parte dele que se corroía em luxuria e desejo eminente de se entregar de uma vez para o alfa que ele tanto desejava e acima de tudo, amava. Os pequenos pés se apoiaram contra a madeira do chão e ele ouviu um ruído oco vindo dele, os olhos de Louis foram apertados e ele tencionou, balançando a cabeça e então abraçando mais o tecido que o envolvia.

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