1.18 - Pista 2 ✔

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Você não dá chance dele se aproximar muito, então afasta o rosto com pressa e disfarça olhando em direção do baú, que ainda estava no chão.


- O que tava escrito na pista mesmo? - indaga sem olha-lo.

- Não sei. - Luan diz depois de um tempo, ele olha pra chão em direção ao baú e o puxa pra perto até conseguir pegar a pista de dentro - "Muito bem! Que tal procurar mais em cima? Brincadeira! Apenas tenha cuidado por onde pisa..."

- Mas que droga de pista é essa? - você suspira frustrada.

- Pelo jeito, está no chão... - Luan sorri pra você.

- Que ótimo, vai ser super fácil. - reclama revirando os olhos.

- Temos o dia inteiro. - Luan pisca um olho e você acaba rindo da tentiva de charme dele.

- Bora achar essa pista de uma vez.

- Essa pressa toda é pra ficar livre de mim? - indaga ele fingindo ofensa.

- O problema não é você... - brinca fazendo Luan rir e revirar os olhos.

- Tá bem, vamos logo achar esse baú...

Após andarem pra caramba na mesma trilha, tendo o máximo de atenção possível por onde andavam, ambos sentiam- se frustrados pelo fracasso em encontrar o baú seguinte.

- Ah, eu desisto. - você declara se encostando numa árvore, completamente exausta.

- Vam bora muié! - Luan exclama puxando levemente a corrente entre seus braços - Precisamos encontrar essa porcaria de uma vez... - ele suspira.

- A gente andou pra uma porra e não encontramos nada... - você bufa - junta-se a mim e desista.

- Tá bom que vou desistir. - Luan cruza os braços te olhando de frente.

- Ah Luan, colabora com minha preguiça... - você solta um suspiro cansado e Luan ri de seu drama.

- Quer o que? Que eu te carregue no colo? - a ironia na frase te fez revirar os olhos.

- Não seria uma má ideia... - comenta dando de ombros.

Luan arqueia uma sobrancelha te encarando por alguns segundos antes de dar os passos que os separavam e num único movimento, te jogar no ombro como um saco de batatas.

- Eu tava brincando! - você exclama rindo e tentando se segurar na camiseta dele.

- Pois eu não. - Luan ri - Posso te carregar numa boa, você que decide.

- Me põe no chão, eu vou a pé mesmo.

Luan te põe no chão com um sorriso vitorioso que te faz revirar os olhos.

- Então bora! - exclama antes de piscar um olho te fazendo sorrir.

Vocês continuam andando, a trilha parecia cada vez maior e mais complicada a cada passo que davam. No meio do caminho um galho grande estava caído não dando outra alternativa a não ser pular. Luan faz com facilidade, já você sobe com cuidado e com o mínimo de velocidade.

- Vamos mulher, é só pular...

Você senta no galho com paciência, vira as pernas para o outro lado e mostra a língua com deboche.

- Oh, lamento se sou lerda demais pra acompanha-lo... - brinca fazendo Luan rir.

- Para de se vitimizar e desce daí...

Você sorri e dá um impulso pra escorregar da árvore até os pés baterem no chão, o que não acontece, já que seu tênis enrosca num buraco do galho e acaba caindo de bunda em algo duro que te faz sentir duas dores diferentes enquanto estava no chão com um dos pés pendurados.

Luan se adianta até você, liberando seu pé e fazendo uma expressão preocupada ao ver sua cara de dor.

- Tá tudo bem?  

- Porra... - diz entredente segurando o tornozelo com força esperando a dor passar e alisando o quadril onde havia batido - Em que porcaria em bati a bunda senhor?! - exclama com raiva - Ai meu tornozelo...

- Droga, você esta bem?

- Eu pareço bem, Luan? - bufa com dor e ele ri.

- Desculpa... vem, deixa eu te ajudar. - pede te dando apoio pra ficar em pé e te senta num outro tronco de arvore bem menor do que o que precisaram escalar. 

- O que tem ali? - indaga se referindo ao objeto que havia caído em cima, o qual, provavelmebte, deve ter deixado uma marca roxa em seu quadril.

- Olha só... - Luan levanta e vai até o galho, se abaixa e volta com o baú em mãos. Você revira os olhos lembrando da pista.

- "Cuidado onde pisa." - fala irônica, Luan ri e senta ao seu lado.

- Tá, vamos ver o que temos agora... - fala enquanto abre o baú - "Opa, faltam 4 pistas, como se sentem? Espero que estejam bem, o próximo baú será mais fácil, só basta seguir a trilha" - lê em voz alta.

- Vamos desistir dessa brincadeira. - pede massageando seu tornozelo que parecia querer inchar - Podemos tirar essas correntes com os dentes...

- Boa ideia! - exclama rindo - Pode começar. - diz pondo o pulso perto de seus labios, você revira os olhos e ri.

- Estou brincando... - mostra a língua - Mas na real, meu pé doi, como vamos continuar assim? Você vai ter que me ajudar...

- Sinto muito, não costumo carregar gelo dentro do bolso. - brinca vendo voce tirar o tênis lra analisar melhor.

- Engraçadinho. - diz colocando a meia e suspirando - Vou descalço mesmo. - informa levantando e apoiando o pé no chão, o que só te traz mais dor fazendo você se apoiar no Luan, que te segura pela cintura.

- Vamos mesmo? - indaga com um meio sorriso preocupado.

- Tá doendo, só se eu for pulando...

- Eu te levo. - ele sugere.

- Você não vai me aguentar. - diz rindo.

Luan sorri e te pega no colo com pouca dificuldade.

- Eu ando e você presta atenção no caminho. - informa te fazendo rir mais.

- Ok, vamos ver até onde aguenta.

- Ei, eu sou forte! - ele exclama em tom brincalhão, você ri em deboche.

- Claro que é... - entra na brincadeira o provocando.

- Estou acorrentado a você por um bom tempo e ainda não comecei a chorar ou estou desistindo de viver. - fala ele ainda brincando - Sou forte, viu?

Você ri mais ainda.

- É nada... - provoca.

- Fale isso de novo e eu te largo aí mesmo.

- Fraco.

- O que?

- FRA-CO. - pronúncia cada sílaba com deboche.

- Sorte sua que não sou rancoroso. -fala ele dando de ombros com um sorriso no rosto. E você ri, tanto que leva a cabeça pra trás, fecha os olhos sentindo seu abdmem doer e tenta controlar a crise de risos. Quando se endireita no colo de Luan e abre os olhos, se depara com ele te encarando de um jeito diferente, com carinho.

Luan sorri, te coloca no chão e contorno seu rosto com as pontas do dedo.

- Pode me parar, se quiser. - fala por fim, começando a se aproximar.

...

O acampamento (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora