Micaela
Mas que merda aconteceu? Me perguntei enquanto tentava abrir meus olhos. Aquela luz branca não me ajuda em nada, meus olhos começaram a lagrimejar pela luz.
-senhor pode entrar- disse alguém e eu que estava com os olhos fechados à força não me mexi.
-ela esta dormindo ainda?- aquela voz era familiar para mim só não sei como.
-acho que não senhor, ela só deve esta com medo de abrir os olhos. - falou uma mulher, aff, nem fechar os olhos pode? Alias onde porra eu estou?
-humm, ok. – falou um homem? Conheço essa voz.
-ok, isso vai ser estranho. - disse ele. Deus do céu, quem é esse garoto? Tem voz de um adolescente.
-abra os olhos, preciso vê-los. - falou com uma voz embargada. Ok, cadê meus óculos?
-c. c.c.c- que merda é essa? Não consegui falar nada. Meu deus! Comecei a chorar eu queria tanto falar, mas algo me impediu.
-Micaela? Você esta acordada?- claro que estou idiota, onde eu estou?
-o. O.o.o.o. - não saia uma palavra, minha língua travava, como alguém segurando minha boca.
-abra os olhos Micaela. - ele sussurrou perto da minha orelha e um arrepio correr na minha espinha. Michael? Abri os olhos lentamente e a luz me atingiu em cheio de novo. Porra de luz forte e essa? Pisquei violentamente e girei minha cabeça pros lados. Estava tudo um borrão, mas eu consegui distinguir as paredes brancas e azuis. Olhei para meus braços e vi agulhas, que ótimo, estou em um hospital. MAE! Puta merda! Eu já conseguia ver formas e virei de novo minha cabeça e vi a silhueta de um rapaz. Ele estava de preto era a única que eu via.
-seus olhos que me mantém aqui sabia? Queria vê-los de novo. - falou ele. Quando forcei meus olhos no rosto do rapaz o reconheci na hora.
-ahh. - isso saiu como um grito aposto! Michael Clifford. Sonho ou pesadelo?
-oi, você não pode falar porque esta com um tubo de oxigênio na boca. Bom eu sou Michael, Michael Clifford. - eu sei. a água oxigenada não faz bem pro seu juízo, pensei. Mas que merda eu quero falar! Porque eu estava com um tubo de oxigênio na boca? Meu deus o que aconteceu?
-calma Micaela não precisa chorar, olha eu vou pegar um caderno para você escrever ok? Se você consegue mexer a mão faz um sinal positivo. - ele falou. Deus do céu, isso não ta acontecendo comigo. Ele me olhava com um ponto de interrogação no meio da testa. Levantei a mão com um sinal de positivo, ele sorriu um belo sorriso e correu quarto a fora. Maluco. O que será que aconteceu? Me perguntei e as memória vieram feito um raio. Eu atravessando a rua e um carro me jogando alto. Um acidente. Ótimo Micaela agora você ta fudida de verde e amarelo.
-ótimo, um caderno agora você pode tentar se comunicar. - gênio, pensei e a primeira coisa que eu vi foi o caderno de florzinha. Que merda de caderno é esse? Alias cadê a caneta? Acho que ele percebeu minha cara interrogativa para ele.
-a caneta ta aqui, desculpa. - meu deus, tão fofo e tão lento, peguei a caneta e abri o bendito caderno de florzinha.
"como vim parar aqui mikey?" escrevi na folha e levantei o caderno para ele. Nem sem como eu escrevi isso sem meus óculos.
-você sofreu um acidente, eu estava dirigindo e você passou e não me ouviu buzinar o carro porque você estava de fone de ouvido. Mikey?- ótimo, meus fones, acho que ele não gostou do mikey.
"desculpa, vi uma vez numa entrevista. Meus pais já sabem?" escrevi se saiu certo eu não sei.
-hummm,tudo bem eu gostei,sabem eles estão La fora.
"minha mãe deve estar louca, você viu meus óculos?" escrevi para ele. Ele leu e sorriu.
-acho que esta com os enfermeiros ou com sua mãe.
"vai buscar pra mim cabeção, eu não vejo porra nenhuma sem eles!" escrevi e ele gargalhou alto quando leu, ele levantou e saiu do quarto.
"deus do céu, se isso for castigo por causa da guitarra me leve logo" escrevi na outra pagina. Ótimo, vou me acabar de escrever aqui.
-seus óculos linda. - ele falou... o que ele disse?
"você quer usa eles porque não vejo ninguém linda aqui." Escrevi. Ele ergueu as sobrancelhas.
-você esta errada, deixa quieto, melhor agora?- ele falou colocando meus óculos. Quando meus olhos bateram nos dele meu coração acelerou. Deus, que olhos.
-tudo bem?
"não muito, meu peito dói e minha garganta ta seca" respondi.
-você quebrou as costelas e uma dela perfurou seu pulmão, e um milagre você esta viva, mas vai ter que fazer uma cirurgia. - ele disse. Ótimo, eu sei que esse negocio é caro e minha família não tem dinheiro suficiente para isso.
"vou morrer em quantos dias?" perguntei. Dos males o menor, um enterro não é tão caro.
-você enlouqueceu?
"não."
-você não vai morrer, vamos pagar.
"vamos?"
-sim, todos da 5sos, queremos você bem. - ótimo Micaela dando trabalho pros outros.
"não preciso de pena Clifford. Não quero seu dinheiro. Se é pra morrer que morra logo." Só percebi que estava com lagrimas nos olhos quando elas caíram.
-não Micaela, não é por pena nem pra me livrar de responsabilidades, só que eu quero você bem, você não sabe o que eu passei.
"você passou? Eu to na porra de uma cama de hospital e você que sofreu? Não me faz rir."
-seus olhos, você por inteira Micaela, algo dentro de mim que me prende aqui. Esse algo e você. - ele falou e meu coração deu um pulo.
-você esta bem?
"estou, deixa de perguntar isso pelo amor de deus."
-seu coração esta acelerado.
"normal" falei. Que merda ele ta fazendo comigo? Minha cabeça ta rodando com as palavras dele.
"Clifford quando vai ser essa cirurgia?"
-logo. Você vai sair daqui. - ele disse se aproximando da cama. Foi o que bastou pro meu coração querer sair pelo tubo de oxigênio. Com certeza eu estava da cor do meu cabelo, vermelha.
-isso é por minha causa?
"o que?" coloquei o caderno na cara dele tentando disfarçar minha vergonha.
-seu coração, você corada. Ta linda assim. - ele falou. Que merda, fechei os olhos com força e ele sorriu.
-será que eu fizer algo ele apita mais?- ele falou apontando para o monitor que marcava meus batimentos cardíacos. Merda!
"não sei." Escrevi com vergonha e mostrei para ele. Ele sorriu e pegou o caderno e colocou na cadeira. Aproximou-se de mim e se sentou na cama. Pegou minha mão e sorriu um sorriso sedutor. Puta merda!
-fica quieta. - ele falou. Levantou a mão ate meu rosto e se aproximou mais. Nossos rostos estavam quase colados e o bip ia a mil. Ele puxou o tubo e colou nossos lábios. Foi o que bastou. A porra do bip fez um barulho ensurdecedor e ele riu nos meus lábios, acho que ele esqueceu que eu preciso do tubo, mas eu não queria abrir meus olhos. A sensação era ótima mais foi meio constrangedora ele recolocou o tubo e eu respirei aliviada.
-desculpa, não resisti. - ele falou e uma enfermeira entrou correndo no quarto. Que merda. Olhei pra ele brava e ele sorriu. Raiva.
-vamos seda-la querida, pra não acontecer isso de novo. - ela falou e olhou pra Michael que mudou o sorriso pra uma expressão de desespero. Ótimo ator Clifford, ela virou o rosto e ele piscou pra mim. Safado! Afirmei com a cabeça e ela injetou a seringa no tubo do soro. Depois eu apaguei sentindo um beijo sendo depositado na minha cabeça. Deus se for sonho não me acorde.
;-)
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Broken heart (falling in love)
Teen FictionMicaela O que esta acontecendo? Por quê? O que houve? Ele? Dói tanto, minha cabeça gira, meus ossos doem, ele, gritos. -me desculpa. Por favor... - chorava ele, eu não sabia o que tinha acontecido. Michael, meu ídolo chorava ao meu lado, será que é...