"Estávamos só nós dois, eu não reconheci o lugar, um ponto de receio no meu coração, ele se aproxima pega minha mão e fica me olhando, com aqueles olhos me tirando o fôlego e obtendo toda a minha atenção; eu não entendia nada, porém segurando ele me conduziu até uma árvore grande e de baixo dela ele me abraçou, com delicadeza colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha; apenas silêncio entre nós dois, ele se aproximou hora olhando para mim hora para os meus lábios, ele coloca uma mão bem devagar na minha nuca, eu estou sem reação, ele se aproxima perto o suficiente para os nossos lábios se encontrarem e da um sorriso lindo; logo depois se aproximando mais;..."
Eu acordei totalmente desnorteada, e quando consegui assimilar tudo chegando a conclusão que tudo foi apenas um sonho, fiquei com raiva de mim mesma; pois meu coração não perdoava nem as poucas horas de descanso que eu tinha; meu cérebro projetava as coisas que meu coração almejava, com uma maldade sem igual, eu tinha o poder de me machuca dormindo, ótimo. Levantei e comecei mais um dia, e esse seria longo.
Os dias se passaram, e os meses, eu não via o Vinicius mais, nós estávamos longe um do outro e perto ao mesmo tempo, coisas assim são impossíveis de serem explicadas.
Em um dia meio chuvoso, aonde o sol exigia o seu lugar no cel, eu estava na escola, totalmente absorta de tudo em minha volta, e um menino se sentou ao meu lado eu conhecia ele, o nome dele era Lucas, ele era legal comigo, mas era muito rara as vezes que nós nos falávamos, ele se virou para mim, logo quando eu olhei me dei conta de que eu devia restar mais atenção às pessoas a minha volta, ele estava diferente; realmente fazia tempo que não nos falávamos, mas quanto tempo?
Ele estava mais alto, ele era branco estilo leite, um sorriso sempre torto, eu gostava do sorriso dele, sempre com as mãos nos bolsos da calça esse era seu charme, acentuava seus braços que agora conta alguns músculos, ele tinha um olhar misterioso e divertido; eu gostava disso nele, e aqueles cabelos negros me lembravam alguém.
Nós começamos a conversar, e desde aquele dia não paramos mais, até que em um belo dia ele disse que precisava conversar comigo uma coisa séria e marcou de me encontrar na porta da escola na saída, claro que não exitei em dizer que estaria lá; no final da escola sai andando tão rápido para me encontrar com o Lucas que quase corri. Chegando aonde a gente tinha combinado ele se aproximou já dizendo.:
- Oi Liz, curiosa para saber o que eu quero falar com você?
Dei de ombros mostrando indiferença, mas na verdade eu estava morrendo de curiosidade, não sei se eu já disse mais tenho a curiosidade de uma criança de 1 ano de idade quando está começando a conhecer o mundo a sua volta. Ele me deu aquele sorriso torto, se aproximou e laçou minha cintura com suas mãos, e me puxou para perto dele, obviamente eu já tinha entendido tudo, eu estava totalmente perdida naqueles olhos negros, eu não iria fugir; ele se aproximou devagar esperando a qualquer momento que eu recuasse, quando ele percebeu que eu não recuaria ele me beijou, devo admitir que jamais vou esquecer daquele Beijo, certas coisas mesmo você querendo ou não elas te marcam de uma forma inesperada.
Depois de alguns segundos, minutos, eu não sabia muito bem, ele recuou me olhou me deu um beijo na bochecha e foi embora, ele seguiu seu caminho e eu o meu, eu sai sorrindo como uma boba.:
-Vinicius? Quem é Vinicius? Nem lembro.
Foi o que eu disse para mim mesma, ele havia se esquecido de mim, eu me esqueceria também.
Lucas e eu ficamos durante um mês, eu estava começando a gostar dele, mas nada que fosse significativo, até que eu comecei a reparar que ele apenas ficava comigo quando se sentia sozinho e quando não tinha ninguém; passei um dia todo, talvez uma semana, pensando em toda essa situação, eu me recusava ser estepe de qualquer pessoa, eu não aceitaria aquilo, até que eu tomei coragem e fui falar com ele.
Ele estava sentado no pátio da escola sozinho e eu me aproximei. :
- Oi Lucas, posso falar com você?
Ele me olhou com cara de tédio e disse que sim com a cabeça, aquilo me deixou com raiva, ele não faria aquilo comigo, não comigo!.:
- Lucas nós não podemos mais ficar, você fica comigo quando tem vontade e eu não vou ficar aqui te esperando a mercê da sua vontade, você não gosta de mim e eu não sou do tipo que não quer nada com nada.
Me levantei e deixei ele falando sozinho, porém ele se levantou e segurou meu braço me puxando para perto dele, eu gelei porém não recuaria, não seria uma cara feia que iria mudar tudo o que penso e me faria voltar a trás, acho que ele percebeu isso é me soltou; sai pisando duro, nem eu estava entendendo da onde tinha saído tanta determinação, eu sai e fui direto para o banheiro feminino, precisava ficar sozinha e assimilar o que tinha acontecido, quando vejo ele parado na minha frente era o Vinicius, sim ele viu toda aquela sena, só não entendi aquele sorriso nos lábios dele; era orgulho? Estava satisfeito? Gostou do que viu?, eu não sei, só sabia que eu queria respirar e ele estava no meu caminho passei reto, ele deve ter dito alguma coisa mais eu não ouvi. Chegando no banheiro finalmente soltei o ar que eu nem percebi que havia segurado.
Até hoje é assim, as vezes me encontro sem ar e preciso me afastar de todos, e quando dou por mim na verdade eu mesma estou segurando o ar dentro de mim impedindo a passagem para que na saia ou entre em mim, e isso me tira o fôlego. Porque eu faço isso? Quando eu faço isso? Faço isso pelo fato de as pessoas terem o poder de me sufocar, odeio ficar sob pressão, mas por incrível que pareça sei lidar com ela muito bem.
O tempo passou e eu conheci Isaque Smith, ele não era muito alto, e não tinha nada de especial, mas ele apareceu na minha vida em um momento que eu precisava de alguém do meu lado.
De temos em tempos me encontro em situações assim, situações que me tiram o fôlego por assim dizer, de tempos em tempo o meu chão some; e por incrível que pareça dessa vez o Vinicius não estava mais lá, ele havia deixado de cumprir sua promessa, talvez eu tenha parcela de culpa pelo seu afastamento, porém eu sentia falta dele, do sorriso, do olhar, do Abraço, ; ou de qualquer coisa que me lembrasse ele.
Estar apaixonada é terrível, você se sente impotente até mesmo quando a pessoa está longe, ele seguia a vida dele e eu tentava seguir a minha com o meu coração preso ao dele. Meu coração pulsava por ele, e eu dependia do meu coração para viver, não sei se é exagero colocar aqui que ele já chegou a ser o motivo da minha existência, talvez não seja para tanto, mas ele tem uma certa parcela.
Não sei se vocês podem entender, mas o primeiro amor é o mais sincero e puro de todos, não há outro igual, e quando você ama pela primeira vez, te digo com toda a certeza; você nunca mais amará da mesma forma, então não gaste seu amor, não force seu amod, não desperdice um algo tão precioso como o seu amor.
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Elizabeth
Romance"Não prometo um final feliz, não prometo uma história alegre e cheia de aventura, não prometo que o mocinho vai ficar com aquela menina estranha que ninguém realmente quer. Mas prometo uma história cheia de corações partidos, experiências vividas e...