capítulo10

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Toda vez que penso no que aconteceu bem de baixo de meu nariz não consigo acreditar, as vezes tenho raiva de mim mesma por não ter percebi cada detalhe que faltava naquela história muito mal contada.

O fato é que quando conheci Paulo como já havia dito ele namorava e tudo começou com uma simples amizade e se transformou em um algo maior. Logo após começarmos a namorar e eu ter conhecido sua família me deparei com a empatia de sua mãe por mim, eu nunca entendi e por mais que hoje eu saiba ainda sim n entendo, afinal de contas eu devo ter feito algo de bom para seu filho certo? Pelo menos minha intenção era essa, fazê - lo feliz e ser feliz.

O tempo foi passando e com seis meses de namoro eu cheguei a acreditar que nós dois poderíamos dar certo! Sim eu cheguei a cogitar a idéia de ser feliz.
Na mesma época eu havia colocado em minha cabeça que eu iria trabalhar, eu logo logo completaria dezesseis anos e eu queria ter o meu dinheiro. Acredito que eu aprendi a ser determinada e persistente ou talvez toda a teimosia seja de família e esteja em meu sangue, a questão é que eu consegui, não sei se por sorte ou se apenas estava escrito em minha sina, porém em três meses eu consegui alcançar meu objetivo e por breves momentos pude me sentir alguém importante e independente.

Na mesma época em que eu comecei a trabalhar, em um belo dia em uma visita como de costume na casa do Paulo sua mãe pela primeira vez destila seu veneno contra mim, e por sorte ou melhor dizendo azar eu não estava prevendo tal veneno. Chegando em sua casa depois de algumas horas sua mãe que se chamava Kathryn vem falar comigo, eu estava na sala e ela senta do meu lado e diz:
- Então Elizabeth me diga como vai seu emprego?
Ela me perguntava sem realmente estar interessada e ela deixava isso transparecer propositadamente em sua voz.
- Oi Kathryn, vai bem sim e você?
Ela não me olhava e isso me deixava com raiva.
- Elizabeth você sabe porque Paulo terminou com a Emma?
Apenas neguei com minha cabeça, totalmente curiosa aonde aquela conversa poderia nos levar. Paulo não estava presente pois havia saído e eu orava mentalmente pedindo para que ele demorasse pois aquela conversa seria interessante.
- Elizabeth ele terminou com aquela menina fantástica por sua culpa, penso que ele jamais irá namorar menina mais bonita, ou mais doce que aquela. Sabe ela o amava de mais.
Agora ela olha no fundo de meus olhos, claro eu estava confusa, e mentalmente eu pedia para que ela me explicasse mais, eu sei q eu deveria ter sentido medo com seu olhar de desprezo para comigo, mas eu não me importava.
- Elizabeth ele não te contou?
Ela podia ver a confusão proposital em meus olhos, eu estava descobrindo uma história que sempre me causou um que de dúvida sem mesmo precisar dizer uma palavra.
- Elizabeth quando você eo Paulo começaram a conversar ele ainda namorava com a Emma, eles eram perfeitos um para o outro e você estragou tudo o que eles tinham. Elizabeth no mês que ele te apresentou para nós ele ainda estava com Emma.
Eu agradeci mentalmente por estar sentada naquele momento, eu não acreditava no que eu estava escutando e aquilo me causava raiva.
- Elizabeth depois daquele mês Paulo deixou a Emma para ficar com você, por um mês inteiro você foi a outra. Como se sente em saber disso.?
Eu não sabia o que seus lábios diziam e não sabia o que dizer, eu apenas me senti vulnerável e exposta para o mundo. Seu olhar para mim era um misto de tudo aquilo que não a agradava em mim, e eu me refiro a eu toda. No mesmo momento eu inventei uma possível dor de cabeça me retirei e fui para minha casa; eu sabia que seria uma longa caminhada, isso me faria bem.

Porque a vida tem que ser tão injusta? Porque ela não nos pode ver feliz?. Era o que eu me perguntava o longa do caminho.
Hoje eu vejo que a questão não é que a vida queria atrapalhar minha felicidade, pelo contrário aquilo me evitou de ser infeliz e me mostrou em como era o território aonde eu estava pisando, e quando meus olhos eu pude ver, era um território composto apenas de areia movediça aonde eu apenas me afundaria mais, jogando todo o meu futuro fora.

Aquela foi uma época das mais difíceis, pois quando nós abrimos nossos olhos para um algo que acreditávamos muito, isso nos decepciona, e nos muda.
A nossa convivência daquele dia em diante só teve a horrível tendência de cair, Paulo me sufocava cada vez mais e sua presença me causava enjôo.

Sempre mostrei aqui o quanto tento ser independente e uma mulher de opinião, não me envergonho dd me mostrar ser uma mulher apaixonada, porém não se engane em pensar que sou vulnerável, sou mais forte do que muitos pensam que posso ser. E Paulo tentou subestimar isso, ele tentou me mudar e isso me deixou na defensiva, ele estava tentando pisar em território totalmente privado. Calma, eu irei explicar.
Em uma de nossas brigas corriqueiras, ele simplesmente disse:
-Liz você é uma pessoa muito alto suficiente assim para mim não dá! Você bate tanto de frente comigo que já cheguei a perder as contas de quantas vezes você foi teimosa. Se você não sabe senhora Elizabeth eu sou o homem se da relação e com isso você deve me contestar menos e ser mais submissa.
Caro leitor eu quase o matei, como ele poderia mesmo estando errado me pedir para que eu calasse minha voz, logo eu! Eu estava tão calma, mas aquelas palavras despertaram algo em mim,muito próximo ao ódio, então eu simplesmente deixei sair.
- Então você está me pedindo para eu simplesmente abaixar minha cabeça e ouvir queta cada besteira e cada merda de decisão que você toma? Se você não sabe as suas besteiras podem me afetar e eu não irei permitir isso, não vou me calar, não dependo de você e isso está mais que explícito no nosso relacionamento, não tente me mudar Paulo porque comigo as coisas são diferentes, eu tento ser diferente, tento ser correrá, você é cabeça mais eu sou pescoço e fique você sabendo que uma cabeças não se mantém erguida nem tão pouco gira sem o pescoço, se fossemos olhar na íntegra você depende mais de mim do que eu de você, então você escolhe, trabalhamos juntos, ou eu posso muito bem ir embora, neste momento prefiro a segunda opção.
Ele me olhava com um misto de raiva e um algo mais que não pude descrever. Nós estávamos em seu quarto, a porta fechada para que ninguém nos atrapalhasse. Logo em seguida as feições de Paulo mudaram e em seu rosto um sorriso surgiu, não me deixei abater com isso Paulo apenas se sentou na cama, apoiou os cotovelos nas pernas e segurou sua cabeça respirando fundo; eu me sentei na cama em sinal de trégua,com isso Paulo aproveitou este momento em que eu baixei a guarda e se deitou sobre mim me prendendo na cama, eu queria gritar mas não iria adiantar.

ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora