capítulo 08

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Incrível como quando a pessoa não tem nada a ver com você, e tudo perde a graça, estranho é você procurar aquilo que pode trazer cor a sua vida em uma pessoa totalmente cinza.

Kaio na época em que eu o conheci, não me lembro de ter citado aqui mas, ele tinha uma namorada linda; Julia, eu não cheguei a conhece - lá, não tive este prazer confesso. Kaio e eu viramos muito amigos, uma vez me falaram que antes do amor vem a amizade, na época acreditei nisso, hoje não mais. Não acredito porque apesar de várias metáforas e poemas sobre o amor nunca ninguém conseguiu descreve - lo, portanto acredito que o amor pode ser confundido com paixão, um carinho de amizade, e tudo o mais que possa balançar seu coração.

Kaio estava passando por um momento difícil de seu relacionamento, e logo após uns três meses ele terminaram; na época não entendi porque, me arrependo até hoje de não ter ido mais a fundo sobre essa história muito mal contada, mal eu sabia que eu seria a vilã de tudo isso inocentemente.

Apesar de nossa amizade fluir muito bem, conforme o tempo passou eu reparei que Kaio era ciumento e isso me assustava um pouco, mas nada que ele não controlasse ,eu pensei. O dia da minha festa chegou e por dentro eu soltava fogos, mas por fora eu era o sinônimo de calma e serenidade. Naquele dia tudo estava perfeito, eu estava me divertindo a cada minuto daquele dia que preparam apenas para mim, estava de uma temperatura agradável, tinha tudo para dar certo, e deu. Eu estava feliz. São momentos como este que a nossa vida nos proporciona que nós vemos o quanto a felicidade por ser boa, palpável e ao mesmo tempo inalcansavel, digo inalcansavel pelo simples fato de na nossa vida infelizmente nada ser 100%, sempre faltará algo, nunca seremos completos.

Quando cheguei a festa e eu vi todos ali reunidos me esperando, eu pude provar um pouco da felicidade; eu dancei com meus amigos, abracei a todos e agradeci a presença, a festa foi boa, na verdade ótima, e hoje tenho saudade, mas naquele dia em meio a tantas brincadeiras eu aproveitei a oportunidade que tive, na pista de dança com um pedaço de bolo em mãos lambusei minha boca com glasse e sai beijando na bochecha todos os meus amigos, e em meio a toda aquela brincadeira acabei não vendo até aonde eu ia e quando dou por mim estou na frente do Vinicius, ele está rindo com toda aquela bagunça que eu estava fazendo, eu paralisei com seu olhar, e abaixei a cabeça pois tinha ficado vermelha, acho que nunca vou entender o efeito que ele tinha em mim; ele se aproximou e colocou uma mecha de cabelo minha atrás de minha orelha e ainda sorrindo disse.:
- Parabéns Liz, você está linda hoje tenho que admitir. Esculta você não pretende me sujar também não é? .
Não pude deixar de não rir, é claro que eu iria suja - lo , ele percebeu meu sorriso travesso, ele deu uma passo para trás assim que dei o meu primeiro para frente, antes que ele pudesse correr me joguei em seus braços, eu sabia que ele iria me segurar, me pendurei em seus braços e beijei sua bochecha fazendo a maior sujeira, ele não parava de rir, e me apertava em um abraço de urso totalmente esmagador. Nos dois ficamos assim por um bom tempo, gostaria que durasse para sempre; assim que eu olhei para ele depois daquele Abraço ele estava sorrindo com cara de quem iria aprontar, ele pegou o bolo que ainda segurava sujou sua boca, e beijou minha bochecha pegando uma parte de minha boca, ele ria e eu estava paralisada, ele piscou para mim, e me soltou, eu estava com vergonha e com vontade de mata - lo , aquele menino servia apenas para me confundir ainda mais, eu não sabia como seguir em frente com ele ali por perto a todo momento me dando falsas esperanças e me prendendo a ele. Mas hoje eu admito, não me arrependo do sentimento ; ele vale a pena, e droga como vale a pena.

ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora