//Quem Casa Quer Casa//
❋Lena❋
10. Sentidos Alcoólicos
Quando acordei no dia seguinte o Harry já não estava em casa.
Graças á falta de presença deste, a casa de banho estava disponível só para mim por isso não demorei muito tempo a arranjar-me. Como sempre vesti roupa quente, umas calças de ganga, a camisola do trabalho por baixo de uma de malha castanha e as minhas botas pretas, que estavam velhas e tinham buracos. Lavei os dentes, penteei o cabelo e disse a mim mesma que estava na altura de o cortar.
Tomei o pequeno almoço num café que existia na esquina da rua. Bebi um café, comi um croissant e agradeci mentalmente ao Harry por não ter estado em casa. Porque assim eu nunca teria tempo de ter um belo pequeno almoço num dia chuvoso.
A viagem de metro foi tal e qual como todos os dias, normal. Em tempos eu costumava entreter-me com a minha câmara enquanto esperava pela minha paragem, agora apenas observava as pessoas e fazia um filme na minha própria mente.
A Hazel estava doente e não parava de espirrar e espelhar germes. Eu disse-lhe que podia ir para casa e ela disse-me que não queria estar sozinha. Por volta das onze, quando já estava farta dos seus espirros, peguei no telemóvel dela e liguei ao Will, sem o seu conhecimento.
Ele desligou.
Fiquei a olhar para o telemóvel durante algum tempo. O Will nunca negava uma chamada a ninguém, às vezes deixava tocar quando não queria ou não podia falar, mas nunca desligava. Era demasiado boa pessoa para isso. Algo não estava bem.
Aquele foi o pior dia de trabalho de sempre, parecia que toda a gente estava mal-humorada. Entre os clientes rabugentos e os germes da Hazel preferia estar lá fora a apanhar uma molhada. Felizmente o dia passou depressa e estaria a mentir se dissesse que não passei grande parte dele a pensar no Harry. Quando finalmente saí do cinema tive de acompanhar a Hazel a casa. Todos os dias o noivo ia busca-la e todos os dias iam os dois juntos de mãos dadas até á sua pequena habitação. Não perguntei nada á Hazel porque com ela era assim. Tu não te preocupavas com ela, ela é que se preocupava contigo. Por vezes essa mania dava comigo em doida, mas eu sabia que se puxasse o assunto ela não me iria contar.
Não fui de imediato para casa, fiquei apenas sentada, na paragem do metro, durante algum tempo. As pessoas eram ignorantes, passavam umas pelas outras, olhavam-se e continuavam em frente, não tomavam o seu tempo a julgar, a imaginar ou até mesmo a iludirem-se. Continuavam sempre em frente, desfocando tudo menos elas próprias.
Essa era uma das grandes razões de eu gostar de filmar, gostava de focar tudo.
Quando cheguei a casa, o Louis e o Niall estavam sentados no sofá a beber cerveja. Revirei os olhos e retirei o meu casaco dos ombros, pendurando-o a seguir no cabide atrás da porta. Caminhei até eles e quando os meus passos tornaram-se audíveis, os dois rapazes olharam para mim e sorriram.
"Lena!" o Louis quase que gritou. Com a mão deu uma pequena palmada no sofá e indicou que me sentasse. Assim o fiz, sentei-me entre eles e olhei para a televisão. Estava a dar Red Band Socity.
"Como estás?" perguntou o Niall.
Sorri, "Estou bem, e vocês?"
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Quem casa quer casa [h.s.]
FanfictionUma história onde duas pessoas fingem ser casadas para poderem viver na mesma casa. Copyright © 2015 @horanstyles144 All Rights Reserved