5. Anedotas Preguiçosas

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//Quem Casa Quer Casa//

5. Anedotas Preguiçosas

Lena

"Desculpa lá isso, Lena."

Abanei a cabeça na sua direção, de forma tranquilizadora. O pobre rapaz não parava de pedir desculpa, mas sinceramente ele não estava a ser verdadeiro, quer dizer sempre que eu levava a mão á testa ouvia o seu pequeno riso.

Sim, porque isto tinha uma piada.

"Pensava que só vinhas amanhã." disse olhando para a sua estrutura alta.

"Também eu, mas o Louis despachou-me mais cedo,"ergui uma sobrancelha e ele encolheu os ombros "É complicado."

Quando lhe perguntei quem era o Louis, alguém bateu á porta e assim que o Alec a foi abrir a única coisa que eu vi foram pernas e caixas. Muitas caixas.

"Louis?" perguntei.

O Harry acenou "O único."

Sorri e levei o pano com água á testa. Não tínhamos gelo, porque ainda não tínhamos qualquer tipo de alimento ou substância no frigorífico, aliás ele nem estava ligado. Por isso um pano com água fria tinha de dar para agora.

Eu e o Harry alugámos a casa com mobília logo não tínhamos de mudar camas, e sofás e essas coisas. Quer dizer a única cama que eu tenho é em casa dos meus pais e nem morta eu volto a meter os pés naquela casa.

"Isso já está seco." uma das mãos do Harry alcançou o pano, deixando a minha sem nada. Olhei para ele, quando se deslocou para molha-lo. Estávamos os dois na cozinha e daqui podia ver praticamente a casa toda. A sala era um pequeno cubículo junto á cozinha, tinha uma varanda grande e o espaço até era agradável. Entre o lugar onde eu estava e a sala existia um corredor que dava até á porta do quarto e no mesmo quarto podíamos encontrar a casa de banho.

Senti algo molhado junta da minha testa e quando levantei o meu olhar o Harry estava a pressionar o pano na minha lesão. Tinha os olhos verdes na minha ferida e o lábio inferior preso entre os dentes. De imediato a minha respiração alterou-se e, quando uma das suas mãos desviou os meus cabelos do golpe o meu corpo ficou tão quente que era impossível ele não ver o rubor da minha face.

Desvie o meu olhar para me distrair de qualquer sensação provocada pelo moreno. Quando o parei no sofá, vi que o tal Louis já se tinha acomodado e que ao lado dele se encontrava um rapaz de cabelo louro. Estranho, não me lembro de o ver entrar.

"Quem é aquele?" apontei para o louro. O Harry olhou de relance pelo ombro e depois voltou a sua atenção ao que estava a fazer .

"O Niall, preguiçoso como o caraças mas é um bom amigo." exclamou com um sorriso e afastou-se de mim. Depois colocou o pano no seu sítio inicial e o seu corpo ao lado do meu. Cruzou os braços e olhou para os amigos que agora falavam com os meus.

"Que fazem eles aqui?"

"Precisava de ajuda com as coisas e aquelas duas anedotas estavam disponíveis."

Ri-me e olhei para as várias caixas que se encontravam á entrada da porta. Depois vi o corpo da Eliza levantar-se do sofá e dirigir-se ao Harry. Respirei fundo pois já sabia o que vinha aí.

"Ouve rapaz eu não sei o que é que fizeste para convenceres a minha irmã a concordar com esta palhaçada toda do casamento falso, apesar de eu saber o quanto ingénua ela é..."

"Hey!"

Ignorou-me completamente e cerrou os olhos ao Harry. Vi-o olhar de relance para mim, como se ele estivesse a pedir ajuda, mas eu não fiz nada. A Eliza ainda dava as minhas entranhas ao pombos se eu o ajudasse.

Quem casa quer casa [h.s.]Onde histórias criam vida. Descubra agora