Capítulo 10

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Nós permanecemos na minha cidade natal por mais alguns dias. Os meninos irão embora no final de semana e eu ficarei até a próxima semana. Eu não queria deixar minha mãe sozinha naquele momento, ela estava resolvendo tudo sobre a lanchonete deles e mais algumas burocracias. Por isso, ela não estava mais no quarto quando eu acordei.

Troquei de roupa rapidamente, após passar uma água gelada no rosto para tirar a cara de sono e sai em procura do pessoal. A casa estava silenciosa, o que era estranhos nos últimos dias, então, deduzi que todos estavam dormindo ainda. Conferi o relógio na tela do celular e constatei que ainda era cedo demais. Ouvi um barulho vindo do banheiro atrás de mim e me virei a tempo de ver a porta se abrindo.

- Bom dia. - Eleanor sorri. - Que bom que eu te encontrei logo cedo.

- Bom dia. - sorrio. - Está tudo bem?

- Na verdade, eu preciso de alguém para conversar. Podemos?

- Claro.

Pego sua mão e volto para o quarto da minha mãe, onde eu fecho a porta e nos sentamos na cama.

- Está tudo bem, Els? - pergunto um pouco preocupada.

- Não é nada grave. - tranquiliza-me. - Para falar a verdade, eu acho que não. Não sei como encarar a situação, porque não estava nos planos isso acontecer. Pelo menos não até daqui uns dez anos, eu acho.

- O que foi? - pego sua mão que está apoiada no colchão.

- Eu percebi que minha menstruação estava atrasada, o que não costuma acontecer, mas pensei que pudesse ser apenas toda a correria, estresse e esse tipo de coisa. Mas, então, percebi que deveria ter vindo antes de sairmos de Londres e não aconteceu. - ela ergueu o olhar para mim. - Ontem, eu sai com a sua mãe, passamos por uma farmácia e eu comprei dois testes de gravidez. - prendo a respiração e aperto mais sua mão. - Só tive coragem de fazer hoje e ambos deram positivo.

- Eleanor. - levo a mão a boca e sinto meus olhos marejados. - Isso é maravilhoso. Claro, se você quiser o bebê. - conserto minha frase, voltando minha atenção para o que ela está sentindo agora.

- Eu quero. - ela abre um pequeno sorriso. - Desde que pensei nisso como uma possibilidade eu fiquei super animada. Porém, como o Louis vai reagir a isso?

- Você acha que ele não vai gostar?

- Eu não sei. - suspira. - Já conversamos sobre isso, ele é maravilhoso com os irmãos ou qualquer criança que se aproxima, mas, não estava nos planos, não agora, quem sabe um dia, entende? Ele tem uma rotina um pouco maluca para criar um bebê.

- Bom, pelo o que eu conheço daquela pessoa maravilhosa que te ama muito, ele vai apoia-la em qualquer decisão que tomar. Acho que não deve se preocupar com isso agora, vocês darão um jeito, se é isso que desejam.

- Eu nem mesmo sei como contar a ele. - esconde o rosto entre as mãos.

- Eu acho que podemos fazer uma surpresa para ele, o que acha? - me animo.

- Me diz o que você tem em mente.

Então, eu conto a ela que já estava pensando em sair, apresentar a cidade como deveria a eles. Começando pela lanchonete dos meus pais e terminando no melhor restaurante da cidade. Ela adorou a ideia e, juntas, combinamos que, no final do dia, eu entregaria uma caixa surpresa para Louis. Depois alguns minutos de pesquisa, ela decidiu que nós faríamos uma caixa com vinte e três cupcakes e, em cada um deles, estaria uma palavra da frase "Não haverá presente maior do que receber nos seus braços um anjo que um dia chamará você de pai. Com amor, Eleanor." Achei extremamente fofo e deixei algumas lágrimas rolarem ao ver as que rolavam no rosto dela.

Is Love Or Not? |H.S| Onde histórias criam vida. Descubra agora