Crônicas de uma adolescente comum

Arrependimentos

  Sabe quando você é criança e, sem querer, quebra alguma coisa de muito valor? E aquele sentimento de medo, culpa e tristeza te invade por dentro e por fora? Ultimamente isso tem tomado conta de mim. Em um mês eu consegui destruir uma amizade linda, magoar meu pai e quebrar o coração de um jovem que não merece nada além de coisas boas.
Eu sei, sou uma idiota. Mas não fiz nada disso por querer, eu juro. Até hoje me pergunto como fui capaz de deixar isso acontecer. Como fui burra a ponto de querer melhorar uma coisa e acabar piorando tudo.
Agora eu estou aqui. Na cama, escrevendo isso a pedido do meu grande amigo. Pelo menos ele eu consegui manter. Espero que continue aguentando minhas catástrofes e não fuja com medo de ser a próxima vítima. Isso seria horrível.
Para piorar, se tem como ficar pior, ontem eu briguei com minha mãe. Brigas normais de mãe e filha, mas que me deram uma longa noite com lágrimas nos olhos e soluços difíceis de parar.
Ainda estou tentando achar uma solução para tudo isso. Talvez não tenha solução. Talvez a tragédia já esteja feita. Mas quer saber? Eu errei com pessoas que não mereciam. Eu não dei o devido valor a quem realmente me ama e se importa comigo. E é meu dever achar a solução mesmo que ela não exista. Pode demorar, pode ser difícil, pode doer, mas uma coisa que não pode é eu desistir por puro medo de tentar.