Capitulo 4.

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Oiii então como prometido hoje sexta feira mais um capítulo pra vocês, eu percebi que tem um bom número de visualizações e poucas estrelas, não estou querendo obrigar mais pra gente que escreve è bom saber se estão gostando que voces comentem, dê as estrelinhas, è isso boa leitura <3 e por favor comentem, dê as estrelinhas, digam o que estão achando. Beijos
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Hoje, dia 24 de dezembro, estava sentada na recepção de um grande consultório. Meus dedos tremiam, não só eles, meu corpo estava tomado de um violente tremor. Eu não sabia o que estava por vir. Cinco. Dez. Quinze. Dezesseis minutos e vinte cinco segundos.
- Mel de Castro ? - Uma voz me chamou e, imediatamente, eu estava de pé e já me encaminhando para o consultório do doutor Hector Hall. Ele era um senhor com seus 57 anos, uns fios brancos contrastavam com seu cabelo negro. Hall me cumprimentou com um aperto de mão e seu rosto estava ótimo, um sorriso que realmente me acalmou. Senti meus batimentos irem diminuindo e a calma ir tomando o meu corpo. Sorri em resposta e me sentei em sua frente. Peguei os exames de sangue da minha bolsa e os coloquei em cima da mesa. Sua mão imediatamente o pegou e, conforme ele observava, pude sentir que sua expressão mudou. Mudou muito. Ele ficou, digamos... Pálido. Suas bochechas magras caíram e sua boca tornou-se uma linha fina. Eu gostava do sorriso dele. O sorriso dele me acalmava. Não havia sorriso ali. Ele me olhou. Olhou para o exame. Me olhou novamente e respirou fundo. O doutor grifou uma pequena parte do exame e tirou os óculos. Por favor, sorria para mim, por favor... Sorria! Não houve sorriso. Nenhum vestígio de sorriso.
- Muito bem, Mel... - Ele pigarreou mais uma vez. Eu sabia que não era boa coisa. Senti meu corpo tremer novamente. Olhei fixamente para seus olhos. O doutro Hector Hall me encarava e sim, eu pude ver em seus olhos, que algo ruim estava para ser dito. Muito ruim.
- Você está vendo essa taxa aqui? - Ele apontou com uma caneta marca texto de um amarelo fortíssimo para a folha grifada. Eu assenti, sem o olhar. - Então... Essa é taxa de glóbulos brancos do sangue. E, bem... Essa taxa está elevada. Muito elevada, eu diria. - Eu sabia, pensei, eu sabia que havia algo de errado, eu sabia! - E essa taxa, somado aos seus sintomas, como fraqueza, cansaço, manchas roxas e avermelhadas, cefaleia, infecções... Bem... Eu, com minha experiência exercendo a Medicina, devo concluir que... - Eu o olhei. Seus olhos me passavam algo como ''Por favor, não chore!''. Eu já sentia meus olhos marejados de lágrimas. Eu não sabia o que era, nesses meses eu fiz questão de não pesquisar nada na internet sobre meus sintomas, não queria me desesperar. Talvez esse fosse o momento de eu me desesperar.... Sim, esse era o momento. Suas palavras seguintes soaram como um tiro dentro dos meus tímpanos.

Até Que A Morte Nos Separe (Livro Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora