POV Michael

Trinta minutos depois consegui ouvir a ambulância, indicando que já tinha chegado. Momentos depois dois paramédios vinham com uma maca e rapidamente pegaram com cuidado no Luke e deitaram-no na maca. Um deles dirigiu-se a mim.

"Ele sofre bullying."-expliquei. "Como somos de turmas diferentes eu não estava lá para ajudá-lo..."-deixo uma lágrima escapar. "Eu queria, juro..."

"Trata de te acalmares. Nós vamos já levá-lo para o hospital e tratarão bem dele."

"Posso ir também?"

"Não queria que deixasses as aulas, podias vir visitá-lo depois..."

"Mas eu quero ir, ele é meu namorado!!"-grito frustrado.

Ele logo cala-se e observa-me por segundos.

"Então tudo bem. Podes vir."

"Agradeço imenso."

Pego na minha mochila e na de Luke e vou logo atrás deles. À medida que nos dirigíamos até à ambulância todos os alunos presentes na escola paravam tudo o que estavam a fazer e olhavam-nos. Típico. Eles adoram coscuvilhar a vida das outras pessoas, ainda mais quando se trata de ambulâncias. Sinceramente odeio.

Depois de colocarem o Luke no interior da ambulância entrei eu e sentei-me ao seu lado. Pousei as nossas mochilas no 'chão' e depois de colocarem anestesia e a máscara para ele respirar segurei na sua mão. Acariciei a mesma e dei um beijo demorado.

"Vai correr tudo bem..."-susurrei-lhe.

×××

Estava já à uma hora na sala de espera, a andar de um lado para outro impaciente. Felizmente que vi a Liz a entrar, ao menos não desespero sozinho.

"Obrigada por telefonares Michael."

"Excusa de agradecer. É o certo a fazer."

"Vai correr tudo bem. O Luke vai ficar melhor e já vai estar sorridente como antes."-sorriu.

"Pelo menos não sou eu a causa da ida ao hospital..."-tentei criar um piada, sem sucesso.

"Como estava ele quando o encontraste?"-perguntou-me, sentando-se numa cadeira.

"Ele estava inconsciente e vi muito sangue no chão. Lembro-me também que tinha um lábio inchado e um olho negro..."-sentei-me ao seu lado.

"Deve estar cheio de dores..."-disse num fio de voz.

"Imagino... é tão horrível vê-lo assim, na verdade ele é um doce e nunca fez mal a uma mosca. Não sei como existe gente cruel capaz de magoar as boas pessoas..."

"Eu também não..."-concordou. "Mas logo logo vamos receber os resultados. De certeza que ficará bem."

"Espero bem..."-suspirei.

×××

Acabámos esperando pelos resultados durante mais de uma hora de tempo. Um médico logo apareceu.

"Familiares de Luke Hemmings?"

"Aqui!"-levanto-me, assim como Liz.

"Depois de umas análises os resultados que temos são um pouco assustadores, mas com certeza ele ficará melhor."-deu um pequeno sorriso.

"E quais foram?"-pergunto impaciente.

"Bem,"-olhou de relance para as folhas que tinha. "o Luke teve uma hemorragia interna, tem um lábio rebentado... irá ter muitas nódoas negras. Também fizemos um raio-x e podemos reparar numa costela partida, devido a algum tipo de força exercida nas costas, e um braço e um tornozelo deslocado, talvez de quedas mal dadas."

"Ele vai ficar bom, certo?"-a sua mãe pergunta, aflita.

"Sim, nós já estabilizamos a hemorragia com sucesso e já tratamos das feridas, desinfetando as mesmas e colocando curativos. A sua costela irá ficar como nova daqui a uma semana, pois a fractura não é das mais graves. Tratamos também do braço, que já tem gesso colocado, assim como também o tornozelo."

"Quando podemos vê-lo?"-pergunto.

"Ele agora foi anestesiado, deve estar ensonado, mas posso conceder-vos essa visita."

"E quando ele estará apto para saír do hospital?"-Liz pergunta.

"Daqui a uma semana, em princípio."

"Está bem, obrigada."

"Deixo-vos à vontade."

Depois do médico nos ter dado as indicações do quarto onde ele estava eu e Liz entramos no mesmo.

O Luke estava ligado a, pelo menos, duas máquinas que faziam o som de bips irritantes. Também reparei no tal gesso que o médico falara anteriormente. Ele estava com os olhos fechados, agora não sei se já se encontra a dormir ou se está apenas a descansar.

Eu e Liz puxamos duas cadeiras e sentamo-nos nas mesmas.

"Luke?"

Liz chama, então vemo-lo a abrir os olhos vagarozamente e a olhar na nossa direção. Dá um pequeno sorriso por nos ver.

"Olá Luke."-sorri-lhe. "Como te sentes?"

"Estafado..."-suspirou.

"É normal querido. Vais ver que vais ficar bom novamente."

"Estou assim tão mal?"-perguntou num fio de voz.

"Tens o braço e um tornozelo em gesso e futuramente algumas nódoas negras, uma costela fraturada, mas vai passar."-ela disse-lhe.

"Eu não sinto dor..."

"Isso é porque foste anestesiado. Não te sentes ensonado?"-explico.

"Um bocadinho."-admite.

"Bem, eu queria ficar aqui contigo filho, mas vou ter que ir... Volto amanhã, prometo."

"Ok, até amanhã mamã."

"Até amanhã Luke."-deu-lhe um beijo na bochecha.

Liz foi-se embora, deixando-me sozinho com Luke.

"E a escola?"-perguntou-me.

"Estás aí sem conseguir te mexer e ainda pensas na escola?"-dou uma pequena risada.

"Só perguntei..."

"Não te preocupes com isso Luke. Daqui a uma semana vais ficar como novo e saír daqui, enquanto isso ficarei aqui contigo."-sorri-lhe.

"Vais faltar à escola?"

"Por ti faço tudo."

"Aww, que querido."-sorriu.

Em apenas alguns segundos Luke boceja, mostrando assim que precisa de dormir.

"Dorme agora Luke. Vou estar sempre aqui."

"Está bem. Boa noite Mike."

"Boa noite babe."

Aproximei-me o suficiente para beijá-lo e dei a minha mão com a sua, entrelaçando os dedos. Encostei-me à cadeira, que era mais ou menos como um cadeirão, dos antigos e bastante confortáveis, a não tardei em adormecer...




__________________________________________________________________________________________________________________________

Era suposto publicar mais cedo, mas decidi fazer um capítulo maior do que o anterior, e aqui está! ♥

Espero que gostem :-)

Δ Votem;

Δ Comentem;

Δ Adicionem às vossas bibliotecas.

Luv Ya!!

⭐ Baby Boy ⭐ Muke ⭐ (a editar)Onde histórias criam vida. Descubra agora