Um pensamento atrás de outro inundavam minha memória... Sérgio acabará de entrar na sala de visitas.
Não me senti confortável suficiente para espera-lo ali. Sai para fora do Hospital, caminhando próximo à uma rua ,que não era nem um pouco movimentada. Tinha características de vielas , casas e mais casas em uma rua estreita, mas a única diferença era o padrão e as faixadas das residências, em um tom marrom escuro, vermelho e preto, muitos desenhos preto e branco nas paredes. Não havia pessoas caminhando ali, além de dois rapazes bem vestidos com chapéis na cabeça, e eu.Eles andavam em minha direção, então caminhei para o outro lado da rua, minha cabeça pipocava por dentro, mas minha atenção foi levada para os desenhos, olhos enormes, pés finos em botas gigantes, não era comum de se ver isso. Estava conseguindo me distrair. Ouvir alguém chamar por trás, um dos rapazes. Ele assobiava alto, quando olhei notei que estava sozinho, cadê o rapaz que estava ao lado dele? Estranhei, mas voltei à olhar para frente quando bati o rosto no traje preto do rapaz. Andei para trás pedindo desculpa por não tê-lo visto, mas ele aproximava-se, não parecia assustar, mas assustava.
- Está perdida Mocinha? - tinha a voz grossa, levantou a cabeça, mostrando então o rosto, com a pele quase pálida ,Plissado e dentes amarelados, os cabelos cinzas ,pouca parte estava para fora do chapéu .
- Não estou não, talvez o senhor esteja! - tentei me manter calma.
Riu com tom sarcástico, senti alguém parado atrás de mim. Parei de andar.
- Com licença! - dei um passo à frente para o meio da rua,mas senti meus braços sendo grudados. Logo ,notei luvas de couro me apertando. Não se desespere.
- Você não vai a lugar algum ! - exclamou o rapaz à minha frente, retirando do bolso um saco preto.
Chega! Agora não da para segurar o medo. Me senti fraca, tudo o que eu queria era encontrar um esconderijo.
O rapaz aproximava de mim, após abrir o saco.
- Me larga! - gritei ,desesperada, impulsionando meu pé para a frente, acertando, sem intenção, entre as pernas Do rapaz.O rapaz gemia de dor, o outro que me segurava dava risada, mas não me soltava, quis me jogar no chão, talvez seria uma boa ideia. Retirei a força dos meus pés, encostando meus joelhos no asfalto, o rapaz me puxava para cima, me forçando a ficar em pé. Eu não parava de gritar ao ver o velho levantando. Em seguida fiquei sem ar, minha visão escureceu, só sentia sendo prensada entre os braços do rapaz. Meus pés não tocavam o chão seguraram minhas pernas e meus braços.
Tentei gritar Mais alto e me contorcer por dentro do saco preto, apenas soava frio . Fui jogada no chão, meu pescoço bateu com força em algo duro, não desmaiei, mas sentia que estava quase , por não conseguir movimentar meu corpo e minhas pálpebras me forçar à fecha-las , tudo o que eu fazia era esperar por uma luz.
Quase inconsciente, pude ouvir fundo, gritos e passos próximos, alguém me pegou, me retirando do saco, me trazendo luz, me fazendo respirar. Mas desmaiei, Sem nem ter visto a pessoa que me retirou do sufoco.
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Um Caso
RomanceIsso não é um diário de uma garota que se apaixonou à flor da idade, que sempre encontra o verdadeiro amor. Muito menos um romance que se encontra em toda parte e todos podem sentir. Essa é a história de Sheila, sim... Ela é uma garota comum, eu...