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Antes de explicar toda a situação para a Hanekawa, ainda havia uma coisa que eu tinha de fazer – e como, obviamente, já era muito tarde naquela noite, Hanekawa me fez o favor de voltar para a casa por um tempo. Prometi a ela que contaria tudo na noite seguinte.

E então retornei ao prédio abandonado – Oshino não estava por lá, mas relatei a Kissshot, que aguardava na sala de aula do segundo andar, que havia recuperado a sua perna direita.

"Muito bem."

Kissshot disse.

"Bem, por se tratar de meu subordinado, isso já era esperado – tu recebeste meu poder, por conseguinte, adversários como Dramaturgie não são páreos para ti.!

"Embora ele tenha sido um oponente formidável....ele sabia quando desistir."

"Hunf. Bem, dentre os três, Dramaturgie era o mais previsível... Não quero assustar-te, mas com os outros dois, as batalhas não serão tão fáceis."

"É o que parece....."

Episode.

Um cara que carregava uma cruz gigantesca no ombro... Ele parece perigoso – e também, o outro que tem jeito de padre.... Guilllotinecutter.

Esse daí parece estar escondendo algo terrível.

Foi essa a impressão que eu tive.

"Contudo, agora podes festejar, pois com isto estás mais próximo de te tornares humano novamente."

"Sério?"

Obrigado.

Só que eu tenho a impressão de ter me tornado ainda menos humano.....

"Embora o Dramaturgie tivesse força sobre-humana, eu parecia superá-lo no poder regenerativo – só para saber, tem algo que queria perguntar para ter certeza: quantas vezes eu posso morrer?"

"Vai saber..?"

Ela responde.

"Sem testar, nem eu sei ao certo."

"Como se eu fosse testar isso!"

E a discussão encerrou.

Enquanto tínhamos uma conversa que parecia ser calcada na celebração da vitória e na revisão de táticas da batalha, os primeiros raios de sol começaram a brilhar, de modo que eu já estava sonolento quando Oshino chegou.

Ele estava usando uma camiseta havaiana.

Como já era de se esperar, todas as roupas que ele possuía tinham a mesma estampa psicodélica, como se ele estivesse tentando fazer uma declaração política.

Quando eu o conheci, na intersecção de estradas, ele não tinha nada em mãos, mas (não sei quando nem de onde) ele parece ter arranjado um mínimo de mantimentos diários para sobreviver. Tive a impressão de que ele estava praticando sobrevivência em acampamentos.

"....Parando para pensar, o seu vestido não parece nem um pouco sujo. Como pode?"

"Hm? É porque as roupas de um vampiro são como partes de seu corpo."

A pergunta havia sido feita por alguém cuja manga esquerda havia sido arrancada por Dramaturgie, e que devia estar parecendo vagamente com um vocalista de rock. Kissshot me respondeu, vestida com o vestido de sempre.

"Dramaturgie também transformou suas roupas em névoa, não?"

"Como as espadas curvas, as roupas também eram parte do corpo dele?"

"Se eu tivesse de opinar, diria que as roupas são produtos do poder de criação de matéria. Eu também, quando luto, posso escolher utilizar uma espada, mas, no meu caso, é bem diferente de Dramaturgie – mesmo nessas ocasiões eu não utilizo a transmutação – prefiro optar pelo poder de criação de matéria."

Kizumonogatari (Monogatari Series V.3)Onde histórias criam vida. Descubra agora