Cap. 12: Josh e Sophie Roberts

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*Pov Bryan*

-Comigo vais falar.- disse Sophie entrando na sala, acompanhada de Josh.- Tenho péssimas notícias.

-Precisamos da tua ajuda.- disse Josh.

-O que estão aqui a fazer? E a vossa matilha, onde está?- disse eu.

-O que sobrou da matilha está lá fora...- disse Josh.

-O que sobrou?- disse eu.

-Digamos que é melhor chamarmos o Sean.- disse Sophie.

-Alguém disse o meu nome?- disse Sean entrando na sala.- Bryan tenho más notícias...Aliás, péssimas notícias.

-Então hoje vai ser um dia de más notícias.- disse Sophie.

-Sophie, Josh, o que fazem aqui?- disse Sean.- A Scarlet?

-É melhor sentares-te.- disse Josh.

-Esperem, o que se passa aqui!?- disse eu.

-Muita coisa...mas nenhuma boa.- disse Sophie.

-Muito bem, nesse caso, vamos por partes. Sean, conta-nos o que se passa.- disse eu.

-Muito bem.- disse Sean.- Eu estava a dormir quando...

*Pov Sean*
Muito bem, antes de começar a explicar o que me aconteceu é melhor começar a história do início.

Eu sou o Sean Freeman e sim, eu trabalho para os lobisomens. Não sou nenhum lobisomem mas estou a tentar proteger um. Tudo começou há uns anos quando eu e a minha irmã, Scarlet, nos mudámos para uma cabana na Sibéria. Vivemos lá durante uns dias e estava tudo bem...até que deixou de estar...Fomos apanhados no meio de uma luta entre os caçadores e os lobisomens. Eu tentei proteger a minha irmã mas, no meio da confusão, uma seta de prata que tinha sido dirigida a um lobisomem atingiu Scarlet. Os caçadores, aflitos por ter morto uma criança tão nova, foram embora. Scarlet sangrava muito e pensei mesmo que a ia perder...Foi quando encontrei Bryan. Ele transformou Scarlet e eu fiquei tão feliz por a ter viva que decidi que iria ajudar os lobisomens em tudo o que pudesse. Foi então que me tornei num caçador com a desculpa de me querer vingar da espécie que matou a minha irmã. Nenhum caçador desconfiou de mim e eu fiz os possíveis para manter a farsa. Assim que descobria onde os caçadores planeavam atacar, avisava Bryan e ele evacuava a zona. Em troca desta informação, Bryan mantinha a minha irmã segura. Para cumprir essa promessa, Bryan enviou a minha irmã para a matilha mais segura que ele tinha: uma matilha na Sibéria que tinha dois alphas a comandá-la, a matilha da Sophie e do Josh.

O meu trabalho como infiltrado estava a correr bem até ontem à noite. Eu já estava a dormir quando oiço o alarme soar. Fui até à sala de controlo e descobri o motivo de tanto alarido: eles haviam terminado a arma mais poderosa alguma vez criada: uma espécie de bomba que, quando ativada, disparava farpas de prata e gotas de água de acónito. Essa arma era capaz de dizimar uma matilha inteira num espaço de segundos. Descobri que eles planeavam atacar uma matilha mas, como não descobri qual era, decidi que iria contar tudo a Bryan...Mas esta era uma notícia que tinha de ser dada pessoalmente.

*Pov Bryan*
-Vim o mais rápido possível até aqui..- continuou Sean.-...O resto já tu sabes.

-Deixa-me ver se percebi.- disse eu.- Eles conseguiram criar uma arma letal que pode acabar com a nossa espécie?

-Não só com a vossa. Com os vampiros também... E planeiam atacar uma matilha com ela. Mas não descobri qual era a matilha.- disse Sean.

-Mas nós sabemos.- disse Sophie e Josh.

-Qual é? Ainda podemos detê-los...- disse eu.

-É tarde demais...- disse Josh.- A matilha era a nossa...nós já fomos atacados.

-Sobrevivemos poucos e os que sobreviveram ainda não recuperaram totalmente.- disse Sophie mostrando o braço que ainda estava ferido pela prata.

-E a minha irmã?- disse Sean.

Os Roberts não quiseram responder.

-O que se passou? Onde é que ela está?- gritou Sean.

-Nós não sabemos onde é que ela está.- disse Sophie.

-O que se passou?- disse eu.

-Os caçadores atacaram-nos. Tentámos tirar a Scarlet da sala, uma vez que era a mais nova, e protegê-la como fazemos sempre. Eu, a Sophie e mais três membros protegê-mo-la e conseguimos tirá-la do edifício.- disse Josh.- Mas os caçadores descobriram-nos e seguiram-nos. Ficamos para trás a lutar com os caçadores e dissemos à Scarlet para fugir. Ela assim fez.

-Quando finalmente conseguimos acabar com os caçadores que nos seguiram, tentámos procurar a Scarlet.- disse Sophie.- Mas não a encontramos. Perdemos o cheiro e não tínhamos rasto dela. Procuramos durante uns minutos mas apenas encontrámos uma mancha de sangue. Nem encontrámos o corpo nem a ela... Não sabemos se sobreviveu ou não.

Sean começou a chorar.

-Isso quer dizer que ela poderá estar viva?- disse Sean.

-Duvido...Ela... A Sibéria é um sítio frio e ela estava sozinha...Mesmo que tivesse sobrevivido ao ataque morreria de frio.- disse Josh.- Lamento.

-Ela ainda está viva...Eu sei que sim.- disse Sean.

-O que aconteceu a seguir?- perguntei.

-Não podíamos continuar à procura dela.- disse Sophie.- Voltámos para o refúgio e deparámo-nos com a porta fechada. Eu abri-a e, no preciso momento em que a abri, a nova arma dos caçadores explodiu. Morreu toda a gente que estava na sala e eu ainda apanhei um boa dose. Demorei horas até começar a cicatrizar. Tiveram de me tirar todas as estacas e mesmo assim ainda não cicatrizei plenamente. Apenas sobreviveram os que tentaram ajudar a Scarlet a fugir. Mais ninguém... Decidimos vir aqui pedir ajuda.

-Fizeram bem.- disse eu.-Quantos sobreviveram no total?

-Eu, a Sophie, o Edmund e o Dante.- disse Josh.

-Não tinham sido cinco a sair com a Scarlet? - perguntei.

-Sim mas o Timothy acompanhou a Scarlet. Infelizmente, também perdemos o rasto dele.- disse Josh.

-Muito bem.- disse eu.- Serão acolhidos aqui. Estou feliz por estarem vivos. O Alfred mostrar-vos-á o vosso quarto. Alfred!

-Sim, senhor.- disse Alfred entrando no quarto.

-Acompanha estes senhores e dá-lhes quartos. A eles e a toda a alcateia.- ordenei.

-Sim, senhor.- disse Alfred saindo da habitação com os Roberts.

Apenas restávamos eu e Sean no quarto. Sean levantou-se e dirigiu-se à porta.

-Onde vai?- perguntei eu.

-Fazer justiça.- disse ele saindo da habitação.

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