Catorze

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As férias de Natal passam a correr, e ainda bem porque ter família vinda do cu de judas toda enfiada na nossa casa, faz-nos apetecer morrer.

Enfim, saiu de um inferno para me meter noutro.

Entro na Universidade juntamente com os meus novos 10-quilos-pós-natal e a primeira pessoa que vejo é um rapaz alto e esbelto a sair de um carro. Olá, houve mudanças por aqui?

"Azulinha!" O rapaz chama-me. Mas eu conhece-o? Ele vem a correr até mim, devo fugir? "Então sua tola, três semanas fizeram-te esquecer de mim?"

"Ben?!" Eu nem sei se quero acreditar no que estou a ver. Nem parece o mesmo. Okay, não está um Deus grego todo musculado. Apenas está, e devo frisar, muito mais magro. E sem óculos. E com algum estilo. E, oh meu Deus, isto é mesmo ele?

"Eu mesmo."

"Uau?" Digo ainda perplexa. "O que te aconteceu? Já não és mais o mestre do comer?" Ele ri.

"Decidi mudar um pouquinho. Agora sou 100% alface."

Depois do meu drama todo com o novo Ben, entramos na escola. E sim, todas as putas mal comidas estão a babar, literalmente, o Ben. Era isto que ele queria? Eu sei que ele antes estava longe de ser um sex simbol, se calhar fartou-se de ser ninguém (perante estas putas que não podem ver um gajo bom) (p.s: desculpa lá a indireta) e decidiu mudar.
Mas para mim ele continua o mesmo rapaz pervertido e engraçado que conheci no primeiro dia.

"Mr. Alface, devo de lhe informar que estas gajas estão a matar-me com os olhos só por eu estar perto de si." Ele sorri para mim.

"Então isso quer dizer que eu estou mesmo bom." Reviro os olhos.

"Bom e convencido."


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