Dimitri percebeu que alguma coisa estava errada. " O que? O que foi?" Eu ouvia o desespero em sua voz.
" Strigois. Estão perto. " Eu disse, minha voz tremendo.
Eu não poderia lutar grávida. Dimitri sabia disso também.
"O quão perto eles estão? " Ele perguntou, já saltando da cama e trocando de roupa.
Verifiquei a náusea e constatei que não estava tão forte. "Provavelmente parados, a nove metros."
Ele franziu a testa, mas assentiu. " Não é tão ruim. Mas não é uma manhã de Natal."
Ele tirou de uma mochila duas coisas prateadas. Estacas. Ele me entregou uma e se dirigiu para a porta. " Vou falar com Mikhail. Ele vai vir para cá e eu vou atrás da sua irmã. Quando ela estiver aqui, vou caçar. "
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele saiu. Eu suspirei, exasperada, e fiquei no canto mais distante do quarto, o maia longe possível da porta. Com a estaca pronta para qualquer coisa.
Em cerca de vinte segundos, Mikhail irrompeu no quarto e me deu um olhar irritado. " Tranque a porta da próxima vez."
Eu revirei os olhos. " Não tenho medo de nada que se assuste com uma porta trancada."
Ele franziu o cenho, mas sorriu. " Ponto para você."
Ele assumiu posição ao meu lado, pronto para qualquer coisa.
"Minha irmã está no quarto? " Perguntei.
Ele franziu o cenho e então arregalou os olhos. " Ela está no restaurante. Droga!"
Meu sangue virou gelo instantaneamente. Helena estava lá fora sozinha e desprotegida, sem saber da ameaça que espreita. Uma refeição com luzes neon para os strigois.
Xinguei alto e Mikhail ficou tenso. " Relaxe. Dimitri vai encontrá-la."
Eu tentei relaxar, mas não podia. Não até ter os dois ao meu lado e os strigois mortos.
Senti a náusea aumentar e minha expressão avisou Mikhail. Ele ergueu a estaca e ficou tenso, me posicionando atrás dele.
A náusea ficou cada vez mais forte e então eu os ouvi. Eram dois homens, que poderiam ter passado sem problemas no teste se não fosse o tom frio e calculista que eles usavam.
" Devemos chegar lá amanhã de tarde. Então esperamos até que a noite chegue. " Um disse.
" Não seja idiota! O chefe nos espera, não podemos perder tempo. Temos que achar um jeito de ir mais cedo." O outro disse e eu me encolhi.
" Sim senho..." Ele foi cortado pelo outro.
"Cale a boca. Está sentindo o cheiro? " O chefe perguntou. " Sangue vampiro aqui. Dhampirs. " Ele riu, um riso sem humor nenhum, frio.
" Não estou sentindo, senhor. Eles devem estar se afastando. Venha, acho que ouvi alguma coisa no fim do corredor. " O outro disse.
À medida que as vozes diminuíam, minha náusea também. Me permiti soltar o ar que eu nem percebi que estava segurando. Vi Mikhail relaxar e suspirar. " Essa foi perto."
Assenti. Ficamos em silêncio por cerca de dez minutos, a ansiedade, o medo e a preocupação me corroendo aos poucos. Então a porta abriu e eu saltei da cama.
Helena entrou no quarto, mais pálida que o normal, com Dimitri em seu encalço. Eu corri e abracei os dois. " Nunca mais me matem de susto!" Acusei-os.
" Não prometo. Agora que sia irmã esta à salvo, vou com Mikhail caçar os Strigois. " Dimitri disse e meu peito murchou.
Por sorte eram apenas dois. Dizendo isso e dando instruções mínimas sobre para onde eles haviam seguido, eles se foram.
Eu fiquei com Helena no quarto. Ela tinha uma estaca de prata na mão e um olhar protetor no rosto.
Coloquei a mão em seu braço e ela relaxou e se sentou ao meu lado.
Ficamos assim, em silêncio, até que os homens voltassem quase vinte minutos depois. " Trabalho feito. Foi fácil. " Mikhail disse.
" Bem,boa noite pessoal. Eu vou descansar porque amanhã chegamos em Omsk." Helena disse, saindo do quarto, seguida por Mikhail.
Eu abracei Dimitri e ele me segurou em seus braços. "Fiquei preocupada."
Ele sorriu. " E quando não fica?"
Bufei e ele alargou seu sorriso. " Foi fácil, Roza. Nada para se preocupar. Eram só dois."
"Só dois que podiam ter fatiado vocês dois."
"Não seja boba. " Ele afagou minha bochecha. " Agora, volte a dormir e descanse para amanhã. "
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Chegamos em Omsk uma hora da tarde no horário humano. A cidade era bonita e logo achamos Kali, o motorista que nos levaria para Baia.Depois de quase cinco horas de viagem, reconheci a casa dos Belikov. Meu peito inflamou e vi o rosto de Dimitri brilhar. Ele estava em casa.
Ele saltou do carro, sem se despedir do motorista, o que era incomum. Eu o segui e o vi irromper pela porta, causando ofegos e gritinhos das mulheres.
Eu entrei na casa e vi Dimitri abraçar Olena e Yeva. Viktoria se atirou para mim e me abraçou. Ela estava enorme.
Depois de darmos oi para todas, nos sentamos na mesa e Olena olhou para nós, enquanto segurava a mão de Dimitri. "Dimka, Roza, o que os trazem aqui? "
Olhei para Dimitri e ele assentiu. " Bem, como sabem, Lissa usa Espírito. Estamos aqui para achar uma cura para um mal que o Espírito traz consigo."
"Mas você está grávida! Não pode sair em missões. " Karolina exclamou.
" Não se preocupe. Minha irmã, Helena, veio com a gente para garantir que eu ficarei bem. Preciso falar com Oksana, ela ainda está no mesmo endereço? "
Todas trocaram olhares cautelosos. " O que? O que foi?" Perguntei.
Sonya virou para mim. " Oksana teve um acidente meses atrás. Mark não sobreviveu. Então ela partiu para a Inglaterra. "
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Royal Darkness
DiversosSe você não leu o sexto livro de Vampire Academy, sugiro que leia antes de ler essa continuação. Contém spoilers. Segundo livro da minha continuação para o sexto livro de Vampire Academy. Quando a escuridão de Lissa começa a demonstrar sinais de...